Brasília, 27 de maio de 2019.

A Associação Catarinense de Engenheiros (ACE) celebrou, na última sexta (24), seus 85 anos de atividades. Uma das 40 entidades precursoras do Sistema Confea/Crea, com atuação anterior à criação do Crea-SC, do Senge-SC e do próprio curso de engenharia da Universidade Federal de Santa Catarina, a ACE pretende continuar lutando pela valorização da Engenharia, promovendo eventos e debates em torno de temas de interesse dos profissionais e de toda a sociedade.

“A Casa da Engenharia Catarinense promove, ao longo dessas mais de oito décadas, a formação contínua dos profissionais do Estado, o que pode ser considerado um instrumento indispensável para a confraternização e ainda para o incremento das atividades dos jovens e também dos profissionais veteranos. Tive o prazer de congratular o presidente Nakazima, entregando-lhe um diploma de honra ao mérito. Nakazima é um antigo parceiro de lutas, cuja atuação à frente da ACE desde de 2015 vem obtendo resultados excelentes. São realizações que também estão sendo disseminadas junto às demais entidades precursoras do Sistema”, comentou o presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), eng. civ. Joel Krüger.

Desafios

Para o engenheiro civil Carlos Nakazima, o país enfrenta hoje muitos desafios, encampados pela entidade e pelo Confea. “Temos que mostrar o nosso trabalho para a sociedade, tudo o que está sendo feito e será feito depende da área técnica, mas, infelizmente, o atual sistema político-partidário está esquecendo da Engenharia. Os políticos e outras classes estão esquecendo da Engenharia porque não estamos incomodando, aí apenas quando há um incidente, cobram da gente, mas hoje o Confea, assim como a ACE, está lutando para termos o nosso lugar. Todo o Sistema Confea/Crea tem que estar lá na frente”, diz Nakazima.  

Feliz com a participação de autoridades como o presidente do Confea, Joel Krüger, durante a cerimônia que celebrou os 85 anos da entidade, o presidente da ACE considera ainda a importância da valorização da engenharia e dos engenheiros desde a formação. “Existe a criação de muitos cursos de engenharia sem a comprovação do corpo técnico, visando mais o lado financeiro do que o ensino de qualidade, principalmente por conta da forma como o ensino a distância está sendo feito hoje. Deveria ser o contrário, 70 por cento presencial e 30 a distância, no máximo. Tem-se que estudar bastante para ser engenheiro, e o atual modelo não contempla essa necessidade”.

Projetos

Para o presidente da ACE, a entidade ganha com a realização de eventos e ainda com a troca de experiências com as demais entidades precursoras do Sistema. “Temos entidades mais antigas, como os clubes do Rio de Janeiro e Pernambuco, e ainda outra na Bahia e o IEPR. Mas pelo trabalho que estamos fazendo, estamos bem no cenário nacional, difundindo a nossa experiência para todo o país e contando com a ajuda do Confea”, diz.
Nakazima descreve que a entidade promove cerca de nove eventos por ano, inclusive um evento nacional por ano. “Este ano vamos ter cinco eventos contemplados pelo edital de chamamento público do Confea. Já realizamos dois, sobre mobilidade urbana e lei de licitações, e no final do mês vamos ter um sobre segurança de alimentos. Depois, sobre reúso de água (Seminário Nacional do Meio Ambiente, Reúso e Gestão de Águas na Indústria e Segmentos Produtivos Organizados) e sobre os PLs 3924/2012 e 6903/2017. Queremos movimentar e divulgar mais o debate público que o Confea está promovendo, para o acompanhamento dos nossos associados”. Em outubro, a entidade promove ainda o IV Congresso Técnico-Científico da Engenharia Civil.

Autoridades

A cerimônia de 85 anos da ACE contou com a participação de outras lideranças da Engenharia, dos ex-presidentes do Crea-SC, Carlos Alberto Kita Xavier e Raul Zucatto, que também representou a Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab), como seu vice-presidente. “Tivemos aqui também a presença de lideranças do Senge, do ex-presidente do Confea, José Tadeu da Silva, e de várias associações presentes”, afirma.

Equipe de Comunicação do Confea