Ângela Buchmann e André Costa assumem a coordenação da Câmara Especializada de Arquitetura

Brasília (DF), 09.03.2005

"André e Ângela"
A Câmara Especializada de Arquitetura teve uma eleição disputada. Pela manhã, houve empate entre as duas candidatas à coordenação  as arquitetas Jandira França, diretora do Sindicato da categoria, na Bahia, e Ângela Buchmann, professora da Universidade Estadual de Londrina (PR).

No início da tarde, após uma série de debates e apreciação de propostas, os integrantes da Câmara optaram pela realização de novo pleito, com a votação por chapa, ou seja, coordenador e coordenador-adjunto. Duas chapas concorreram: a encabeçada por Ângela Buchmann e o colega André Costa, do Crea-CE e a de Jandira França e Afonso Monteiro, do Crea-SP, respectivamente.

A chapa de Ângela foi vencedora, com 15 votos favoráveis. Diretora da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura, com mestrado em estruturas ambientais urbanas pela Faculdade Estadual de São Paulo (FAUSP), Ângela Buchmann disse que uma de suas metas é ampliar o trabalho existente no Paraná no sentido de fortalecer as entidades de classe e avaliar a atuação do profissional para que ele tenha o exercício pleno da profissão. Outro ponto importante, explicou, é a formação. “Entendemos que o Sistema Confea/Crea tem uma base de informação sobre a atuação profissional dos arquitetos que sistematizada e voltada para as instituições de ensino vai dar um feedback no sentido do que pode ser feito para melhorar, para que a competência seja o diferencial em relação à sua atividade e atribuição”.

A nova coordenadora enfatizou outro ponto da plataforma de ações, que trata da criação do conselho próprio da categoria. “Queremos e fazemos questão do respeito à manutenção do diálogo com o Sistema no sentido de efetivar e potencializar nossos objetivos em prol da atividade do arquiteto em benefício da sociedade”, comentou. Ela também defende a Arquitetura e Urbanismo como uma profissão única, válida em todo o país, tendo o diploma como exigência para sua habilitação.

Sobre a escolha de seu nome frente à Câmara de Arquitetura, Ângela observou que sua eleição começou a ser construída em Florianópolis (SC). “Me empenhei no entendimento da resolução 218, em levantar dados sobre os arquitetos, em fazer uma resolução conjunta com outras entidades. Acredito que meu desempenho levou à avaliação de que seria interessante minha participação como coordenadora”, relatou. A arquiteta ressaltou ainda que admira a atuação de Jandira França, anteriormente na coordenação adjunta da Câmara e do então coordenador, Newton Marçal, feita em conjunto. “Um trabalho de extrema qualidade”, resumiu.

Balanço - Para o arquiteto Newton Marçal, que após anunciar o resultado da eleição empossou a nova coordenadora, o ano de 2004 foi proveitoso. “Discutimos 19 propostas. São mais de 40 ações dentro das demandas. Priorizamos algumas, como a Resolução 218. Gastamos uma energia muito grande na produção de um documento que considero positivo, aprovado por unanimidade pelos conselheiros que representam os Creas dos estados”, citou. Marçal destacou outro documento produzido na reunião em Florianópolis e que tratou da questão da restauração e do patrimônio histórico. “Foi de extrema importância. Tanto que deverá se transformar em resolução dentro do Confea e atualmente encontra-se nas instâncias mais avançadas do Conselho Federal que consultará novamente os Creas”, enfatizou.

O ex-coordenador agradeceu a participação dos colegas nos debates e na apresentação de propostas, que, na sua opinião, sempre geraram discussões com um fechamento positivo e ainda a atuação de sua adjunta, Jandira França. “Ela sempre esteve presente às reuniões, participando, muitas vezes me substituindo em certas ocasiões, representando bem os arquitetos”, finalizou.


Por Adriana Baumgratz
Da equipe da ACOM