Ampliar a fiscalização é prioridade para presidente reeleito em Minas Gerais

Brasília, 23 de novembro de 2020

Engenheiro civil formado pela Universidade Federal de Minas Gerais, Lucio Fernando Borges, atual presidente do Crea-MG, foi reconduzido ao cargo por meio do voto de 80,59% dos profissionais mineiros que participaram do processo eleitoral do Sistema Confea/Crea para o triênio 2021-2023. O resultado é fruto de intenso trabalho para aprimorar a fiscalização no estado, por meio da aplicação da Resolução nº 1.047/2013 e da unificação dos sistemas informatizados. “Antes tínhamos 17 sistemas diferentes. Agora temos um só, uniformizado”, disse, em entrevista ao site do Confea, que pode ser conferida abaixo.

Eng. civ. Lucio Fernando Borges, presidente reeleito do Crea-MG

Borges é especializado em Administração e, durante sua trajetória profissional, trabalhou com projetos ligados à criação, ao desenvolvimento e ao fomento de cooperativas. No âmbito da gestão pública, foi secretário municipal de Abastecimento de Belo Horizonte e diretor nas Superintendências de Limpeza Urbana e de Desenvolvimento da Capital. Sua atuação no sistema profissional teve início no Sindicato de Engenheiros de Minas Gerais (Senge-MG), de onde foi diretor. Depois, foi conselheiro regional, período em que representou o Crea-MG no Conselho Municipal de Meio Ambiente de Belo Horizonte. 


Site do Confea: quais os maiores desafios nesse próximo mandato?
LFB: Será continuar nossa fiscalização, ampliar a fiscalização, que foi o carro-chefe dessa gestão. Antes o Crea-MG não aplicava a Resolução nº 1.047 [de 2013]. A partir de janeiro de 2018, passamos a aplicar. Fizemos vários convênios, com a junta comercial e com outros órgãos de controle, e atuamos muito firmes na fiscalização. 

Também licitamos um sistema de informática – antes tínhamos 17 sistemas diferentes e, agora, temos um só, uniformizado. Agora, podemos prestar um melhor serviço aos profissionais e à sociedade.


Site do Confea: Na sua avaliação, o Sistema Confea/Crea e Mútua demanda uma readequação de procedimentos? Por quê? Se sim, qual tipo de reestruturação é necessária e como sua gestão irá atuar neste sentido?
LFB: Estamos no Sistema Confea/Crea e Mútua. O Confea tem um papel muito importante, pois é quem determina os procedimentos, as resoluções. Temos que interagir cada vez mais. É muito importante esse aprimoramento.

Site do Confea: Neste pleito, seis mulheres foram eleitas para os Creas do Acre, Alagoas, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Antes, apenas quatro Regionais eram presididos por engenheiras. Qual a sua análise sobre esse crescimento da representação feminina e qual a importância de se fomentar a pauta equidade de gênero no Sistema?
LFB: Acredito que a representação feminina tem aumentado. Em Minas Gerais, nesses três anos de mandato, temos incentivado o papel da mulher na Engenharia, tivemos diretoras mulheres. É muito importante essa participação.

Site do Confea:  Acredita que a integração dos Creas dentro da região geográfica e de forma nacional é importante? Se sim, quais caminhos possíveis, dos pontos de vista institucional e político? Quais vantagens esse movimento pode gerar para o Sistema e para os profissionais do setor?
LFB: Implementamos o Crea Sudeste nesta gestão. Nestes anos todos, foi fundamental. O Crea Sudeste funcionou perfeitamente bem, é uma troca de experiências importante: cada Crea aprende com seu vizinho, essa troca tem sido fundamental. Temos conversado muito entre nós, realizamos visitas técnicas, tratamos de procedimentos. A divisão por região faz sentido, pois os estados têm realidades similares. Incentivamos isso e achamos importante essa união. União é fundamental para que o Sistema saia mais forte. 

Site do Confea:  Muito se fala na responsabilidade e habilidades dos profissionais registrados no Sistema Confea/Crea como contribuição direta para o desenvolvimento do Brasil e para a implantação de políticas públicas que levem à retomada do crescimento nacional. Qual sua avaliação sobre essa viabilidade?
LFB: Nossas profissões estão ligadas ao desenvolvimento e cada vez mais nosso papel é fundamental nessa retomada. Com essa crise que estamos atravessando, com a covid, estamos vendo a importância tanto da Engenharia e da Agronomia, como das Geociências. Nesta eleição vimos como podemos ajudar os municípios, onde a vida ocorre, para que eles retomem o desenvolvimento e o crescimento. Somos fundamentais neste momento do país.

Beatriz Craveiro
Equipe de Comunicação do Confea