Engenheiro Civil pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em 1971; Mestre em Geotecnia pela UFPB, em 1978.

Nascimento: Bananeiras, Paraíba, 2 de janeiro de 1948
Indicação:  Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Paraíba (Crea-PB)

Perfil 
Engenheiro civil, professor, palestrante tudo que servir para disseminar a importância da Engenharia terá em Valdês Borges Soares um porta-voz. Com quase 50 anos de carreira, o seu entusiasmo pela profissão continua a tocar muitos estudantes, colegas e até mesmo os filhos, que resolveram fazer parte e dar sequência a esse legado e se enveredaram pelo mundo dos cálculos, do planejamento, tornando-se engenheiros também.

Com quase 50 anos de carreira, o seu entusiasmo pela profissão continua a tocar muitos estudantes e colegas.

Ao relembrar sua trajetória, Soares identifica que a escolha pela profissão foi natural, pois suas aptidões para a área de exatas já serviram para direcioná-lo para o mundo cartesiano da engenharia. E a Paraíba agradece a esse dom, pois 80% das fundações dos prédios de João Pessoa têm a assinatura, a dedicação e o suor desse engenheiro. Tamanha dedicação foi reconhecida em 2010 por meio da homenagem da Câmara Municipal de João Pessoa ao outorgá-lo com o Título de Cidadão Pessoense, devido aos relevantes serviços prestados ao estado. Na época muito do desenvolvimento econômico da cidade foi atribuído à atuação do engenheiro Valdês. 

No decorrer de sua vida profissional, a atuação do engenheiro também está presente em outras cidades do Nordeste totalizando cerca de dois mil projetos de fundações executados. No Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Bahia, capitais onde desenvolve a maioria dos projetos, existem os chamados solos bons, já ocupados, e os solos problemáticos, aqueles que ainda não estão muito ocupados e ficam geralmente próximos de mangues e de margens de rios. Esse tipo de solo exige mais pesquisa, estudo e, consequentemente, novas soluções. Essa vasta experiência faz com que o engenheiro seja categórico ao afirmar que “A engenharia estrutural e de fundações da Paraíba é uma das mais avançadas do Brasil”. João Pessoa figura na relação das cidades brasileiras com prédios mais altos, no caso 54 pavimentos, o que demonstra a capacidade da engenharia paraibana. 

A trajetória desse profissional também merece destaque como acadêmico, pois além de produzir inúmeros artigos científicos na área de geotecnia e fundações publicados no Brasil, na Argentina, nos Estados Unidos, ele ganhou notoriedade como professor.

“No decorrer de 30 anos dedicados à universidade, atuei como orientador de vários alunos em teses de mestrado. Acaba que foi mais um jeito de propagar a engenharia”.

Parte do conhecimento do homenageado está documentado no livro “Estacas de compactação - melhoramento de solos arenosos com estacas de compactação”, que tem Soares, juntamente com seu filho Wilson, como autores. A obra literária é considerada uma referência na área. 

Professor aposentado da Universidade Federal da Paraíba, onde lecionou geotecnia, engenharia de fundações e dirigiu o Centro de Tecnologia, ele nem pensa em se afastar da engenharia. Atualmente, Soares se dedica às empresas que fundou, Concresolo e Copesolo – Geotecnia e Fundações, que desenvolvem projetos e executam serviços de fundação e contenção, para obras de construção civil e industrial. As cinco décadas de profissão – devidamente registradas nas obras da sua querida João Pessoa, nos livros, nos alunos – agora recebem a condecoração de todos os pares por meio da Medalha do Mérito, que reconhece os relevantes serviços prestados para o desenvolvimento do país. 

Trajetória Profissional
Na Universidade Federal da Paraíba, além de professor (1974¬-1999), exerceu diversos cargos de destaque como chefe do Laboratório de Solos do CCT – UFPB (1973 - 1976); Chefe do Departamento de Engenharia Civil no Centro de Tecnologia da UFPB (1977- 1978); Vice-diretor do Centro de Tecnologia (1978 – 1979); Foi conselheiro do Crea Paraíba (1975-1978); Fundou a Consultoria em Concreto e Solos – Concresolo (1977); Engenheiro consultor do Departamento de Estradas de Rodagem da Paraíba – DER-PB (1978-1980); Diretor do Centro de Tecnologia da UFPB (1979); Membro do Conselho Superior  de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da UFPB (1978); Fundou a Copesolo Estacas e Fundações (1984); Recebeu Troféu do Sindicato da Indústria da Construção Civil da Paraíba (Sinduscon) como Engenheiro do Ano (2004) e como Destaque da Engenharia (2014); Acadêmico titular fundador da Academia Paraibana de Engenharia – Apenge (2015).