Sistema Confea/Crea pode ter selo de acessibilidade

Brasília, 6 de dezembro 2006

As mais de 40 pessoas presentes no auditório do Crea-DF trocaram experiências sobre as ações de cada Crea na área da acessibilidade e principalmente, planejaram ações conjuntas que possam trazer resultados mais efetivos.

Para o Presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia [Confea], engenheiro Marcos Túlio de Melo, o tema da acessibilidade deve ser uma das principais preocupações do Sistema Confea/Crea e ainda, que os profissionais das áreas tecnológicas precisam mostrar à sociedade que estão sensibilizados em relação às suas demandas. Marcos Túlio deixou claro que todos, mas principalmente os engenheiros, arquitetos, técnicos e tenólogos precisam assumir suas responsabilidades na questão da acessibilidade. Ele também chamou a atenção para o fato de que não são apenas os deficientes que precisam de cidades acessíveis, pois segundo ele, na terceira idade todo ser humano acaba se beneficiando das estruturas criadas para os deficientes. “A questão da acessibilidade não está restrita aos 14/15% da população com deficiência, precisamos pensar que nós, ao chegarmos à terceira idade também vamos sofrer com a falta de acessibilidade. Então, isso significa que a questão é ampla e diz respeito a todos nós”.

O principal objetivo da reunião, de acordo com a Presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Distrito Federal [Crea-DF], engenheira civil Lia Sá, é promover dentro do Sistema Confea/Crea um planejamento integrado e articulado  de ações que permitam a implementação de projetos de acessibilidade em todos os Estados do Brasil e que conscientizem os profissionais das áreas tecnológicas do importante papel que eles têm dentro do contexto da acessibilidade. “Acredito que a questão da acessibilidade deve ser prioridade e desafio para todos os Creas em 2007. Nós, profissionais do Sistema Confea/Crea, precisamos nos conscientizar do nosso papel social e nos atentar para o fato de que as nossas cidades precisam ter as suas estruturas físicas adequadas para atender a toda a população e não apenas parte dela”, frizou Lia Sá.

O Coordenador do Colégio de Presidentes do Sistema Confea/Crea, arquiteto José Wellington Neto lembrou aos presentes que os profissionais têm as ferramentas necessárias para transformar a realidade das cidades brasileiras e dar mais segurança à população que precisa de espaços acessíveis.

Já o Presidente da Mútua - Caixa de Assistência dos profissionais do Sistema Confea/Crea, engenheiro civil e de segurança Anjelo da Costa enfatizou a importância da reunião. Para ele, o primeiro passo é sempre o mais importante por levar as pessoas a saírem da inércia. “Tenho certeza de que esse o primeiro passo vai desencadear uma série de ações importantes não só para a sociedade, mas também para nós profissionais”, avaliou Anjelo da Costa.

Importantes ações como a criação de um Centro de Habitação de Assistência Técnica [CHAT] para construção de um conjunto habitacional totalmente dentro das normas de acessibilidade no Estado do Mato Grosso do Sul e o Prêmio Crea-MG de Acessibilidade que em 7 de dezembro de 2006 vai identificar e premiar as iniciativas espontâneas  de pessoas físicas e jurídicas na área, como forma de levar a sociedade a mudanças de atitudes em relação ao tema foram ações apresentadas durante a  primeira reunião dos Coordenadores de Comissões e de Grupos de Trabalho de Acessibilidade do Sistema Confea/Crea.

Ao final do encontro, os representantes efetivaram as discussões na “Carta de Brasília” que será apresentada na próxima reunião do Colégio de Presidentes do Sistema Confea/Crea. A carta pede que todos os Creas priorizem a questão da acessibilidade e da engenharia e arquitetura públicas, além de prever a criação de um selo Confea/Crea de acessibilidade que será fornecido pelos Creas às edificações e projetos que atenderem às normas de acessibilidade.   

Ana Karienina
GCO/ Crea-DF