Revisão do marco regulatório e do modelo do setor elétrico na pauta da CCEEE

Brasília, 8 de março de 2019.

Funcionário da Eletrobras/Eletrosul desde 1978, o engenheiro eletricista é o novo coordenador da Coordenadoria Nacional de Câmaras Especializadas de Engenharia Elétrica (CCEEE). A indicação chega após sua gestão à frente da Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas (ABEE). Ele também já havia dirigido o braço catarinense da entidade, além do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Santa Catarina (Senge-SC). E também havia sido coordenador nacional das Comissões de Ética dos Creas.

Com participação em vários estudos sobre temas como aproveitamentos hidroenergéticos e energias alternativas e grupos de trabalho sobre desenvolvimento de tecnologia e mercados alternativos, o catarinense é formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – onde atua no colegiado do curso de Engenharia Elétrica. Latrônico tem especialização em Operação de Sistemas Hidrotérmicos pela Coordenação de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe) do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A seguir, ele descreve as metas de suas atividades à frente da CCEEE em 2019.

"José Antônio Latrônico Filho ao lado da coordenadora adjunta Adriana Rabelo"

 

Confea: Entre os assuntos tratados pela Câmara, qual o senhor acha que precisa de um olhar mais urgente e apurado?
José Antônio Latrônico Filho:
Na primeira reunião do ano, que ocorreu durante o 8º Encontro de Líderes, foi discutido com todos os Coordenadores Regionais, um plano de ação para o exercício de 2019. Como destaque temos a revisão do marco regulatório e do modelo do setor elétrico que já está em curso no Congresso Nacional, e sobre o qual o Sistema Confea/Crea tem que se posicionar, no menor espaço de tempo. Caso contrário, perderá a oportunidade de apresentar seu entendimento técnico sobre importante matéria. Outra questão a ser dada prioridade pela Câmara é quanto ao avanço do Sistema de Ensino a Distância – EaD, na área tecnológica. Muito se reclama, mas ainda não foi apresentada uma resposta concreta para o Sistema se posicionar quando demandado. Entendo que essa prioridade deveria estar em todas as Câmaras Especializadas do Sistema. É de fundamental relevância conhecer o que não pode ser ministrado a distância na área tecnológica para então sair a campo defendendo uma posição segura da melhor educação para o Brasil, em nossas áreas.

Confea: Para este ano, o que o senhor destacaria no plano de trabalho da Câmara?
José Antônio Latrônico Filho: Temos que tratar o plano com dois olhares. Um voltado ao exterior do Sistema, contribuindo com o aprimoramento de demandas da sociedade. A exemplo das sugestões para o setor elétrico, onde vamos opinar sobre a importância do Grupo Eletrobras para o país. Devemos debater também o nivelamento das normas utilizadas pela corporação do Corpo de Bombeiros, nos respectivos estados. Num olhar para dentro do Sistema, temos que focar nossa participação para continuar o aprimoramento de resoluções, e sua aplicação correta nos Plenários, impedindo que uma determinada modalidade, quando em maioria, faça uso desvirtuado da legislação. Sob qualquer ponto de vista, o Sistema Confea/Crea tem uma finalidade que é a proteção da sociedade.

Confea: Quais são as suas perspectivas à frente da Coordenação?
José Antônio Latrônico Filho: Junto com todo o Grupo de Coordenadores das Câmaras Especializadas dos Regionais, debater propostas no sentido de dar uma resposta efetiva para a sociedade e mostrar o real papel do nosso Sistema, tão reclamado nos últimos anos pelos órgãos de controle externo, a exemplo da CGU E TCU.

 

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Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea