Prêmio distribui recursos para projetos de desenvolvimento da Amazônia

Brasília (DF), quinta-feira, 23 de setembro de 2004.

Promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia, através da interação permanente entre governos, empresários, universidades e sociedade civil. Esse é o principal objetivo do Prêmio para Amazônia Professor Samuel Benchimol, que vai distribuir R$ 150 mil entre as instituições selecionadas. Além do valor em dinheiro, os projetos serão divulgados junto a potenciais financiadores públicos e privados.

Serão premiados trabalhos em três categorias: aspectos econômicos/tecnológicos, aspectos sociais e aspectos ambientais. Para cada uma delas, o prêmio é de R$ 50 mil, podendo ser selecionados até três projetos por categoria. Nesse caso, o primeiro colocado receberá R$ 25 mil, o segundo R$ 15 mil e o terceiro R$ 10 mil. As inscrições devem ser feitas até 6 de outubro, na página do Prêmio na Internet (www.amazonia.desenvolvimento.gov.br).

Qualquer cidadão brasileiro ou estrangeiro vinculado a uma instituição nacional e associado a um cidadão brasileiro pode participar. O governo federal e seus parceiros irão incentivar as inscrições de instituições de representação empresarial, sindical ou profissional; instituições universitárias ou de pesquisa sediadas; instituições de crédito e financiamento de direito público ou privado, inclusive as multilaterais; instituições públicas ou privadas de desenvolvimento sustentável da Amazônia; e instituições que promovam o desenvolvimento regional, nacional ou internacional.

O Prêmio será entregue no dia 26 de novembro, durante o Fórum Anual sobre a Amazônia, que vai acontecer em Manaus (AM). O Fórum vai reunir governo, empresas e outras entidades para debater o modelo de desenvolvimento amazônico. Os projetos vencedores serão expostos nos painéis temáticos.

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) apóia a iniciativa, que é promovida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Vários outros ministérios também estão envolvidos: Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ministério na Integração Nacional, entre outros. O governo do Amazonas também participa. Além dos governos federal e estadual, várias empresas e entidades participam da organização: Pró-Amazônia (instituição integrada pelas federações das indústrias da região amazônica), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Embrapa, Banco Itaú, Banco da Amazônia, CNPq, Suframa, Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional).

Modalidades
Na categoria Aspectos econômicos e tecnológicos, os projetos deverão beneficiar a economia regional, o conhecimento científico e tecnológico e as estruturas produtivas da Amazônia durante ou após a sua execução, propiciando aumento no PIB regional, na balança comercial, arrecadação de impostos, geração de emprego e renda, na qualidade de produtos da região ou ainda na ampliação da oferta e da diversidade de produtos e serviços gerados e consumidos na Amazônia.

Os projetos apresentados na categoria Aspectos sociais deverão gerar impacto positivo no tecido social, melhorando as condições e a qualidade de vida da população amazônica, de forma a promover o acesso de todos à saúde, à educação, à habitação, ao entretenimento e à cultura, bem como melhorar a distribuição de renda, diminuindo as diferenças sociais.

Já as propostas apresentadas na modalidade Aspectos ambientais deverão demonstrar os impactos ambientais gerados, mais explicitamente os impactos sobre a biodiversidade e a poluição ambiental. As propostas poderão ainda perseguir os objetivos mais ambiciosos da questão ambiental, como recuperação de áreas degradadas, preservação de espécies, desenvolvimento de tecnologias limpas, reintrodução de espécies nativas e sensoreamento de recursos naturais.

O Prêmio para Amazônia Professor Samuel Benchimol é uma homenagem ao empresário, professor, escritor, pesquisador e um dos maiores conhecedores da Amazônia, falecido em 2002 aos 78 anos. Natural de Manaus, Samuel Isaac Benchimol estudou a fundo a formação econômica da região, com destaque para o período histórico da borracha, e discorreu sobre os pólos de crescimento, a Zona Franca de Manaus, a política florestal e as estratégias de integração. Apaixonado pela Amazônia, escreveu 109 livros, todos relacionados à vida, economia e sociedade da região. Para o professor, o desenvolvimento da Amazônia deve se sustentar em quatro parâmetros fundamentais: ser economicamente viável, ecologicamente adequado, politicamente equilibrado e socialmente justo.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome