Gestão do Crea-ES será marcada pelo diálogo e incentivo ao emprego

Brasília, 8 de dezembro de 2020.

Com 44 anos de vida profissional, o eng. agr. Jorge Luiz e Silva assume a partir de janeiro de 2021 o mandato de três anos da presidência do Crea-ES. Com experiência nas áreas pública e privada, a nova liderança pretende trabalhar pela valorização profissional, inovação, desburocratização, abertura de mercado de trabalho e fomento do desenvolvimento sustentável do Espírito Santo.

Na entrevista a seguir, Jorge Silva aponta propostas de melhorias para o Sistema Confea/Crea, incentiva projetos de equidade de gênero e reconhece a relevância dos profissionais da Engenharia, Agronomia e Geociências para o funcionamento do país.

 

Site do Confea:  Qual sua agenda de prioridades para o mandato? Como serão colocadas em prática e quais resultados positivos irão gerar?

JS: Vamos trabalhar ativamente na fiscalização do trabalho leigo, abrindo, assim, o mercado de trabalho e gerando mais oportunidades de emprego e renda para os profissionais do Sistema. Iremos proporcionar a inclusão digital do Crea-ES, oferecendo aos profissionais todas as informações de que eles precisarem de maneira rápida e prática, além de deixá-los por dentro das ações do Conselho, por meio dos canais digitais. Outra prioridade é fortalecer as inspetorias existentes e criar novas em vários pontos do Espírito Santo, a fim de dar mais suporte ao profissional. Vamos abrir o diálogo com órgãos públicos e empresas privadas, para formar novas parcerias e criar novas oportunidades para os profissionais da Engenharia, Agronomia e Geociências do Estado.

 

Site do Confea: Na sua avaliação, o Sistema Confea/Crea e Mútua demanda uma readequação de procedimentos? Por quê? Se sim, qual tipo de reestruturação é necessária e como sua gestão irá atuar neste sentido?

JS: Sim, principalmente no que diz respeito à fiscalização do trabalho leigo, salário profissional justo, criação da engenharia pública, desconto progressivo nas ARTs e desconto nas anuidades para profissionais com até dois anos de formação e aqueles com mais de 30 anos de contribuição. Na Mútua, precisamos facilitar o crédito aos profissionais, diminuindo a burocracia, a taxa de juros e aumentando a carência.
Estaremos sempre à disposição para dialogar, defender e colocar em prática esses interesses que beneficiarão a todos os profissionais do país.

Jorge Silva foi servidor da Emater-ES, presidente da Sociedade Espiritossantense de Engenheiros Agrônomos (SEEA) e um dos fundadores do Sindicato dos Engenheiros no Espírito Santo (Senge-ES), além de coordenador nacional das Câmaras Especializadas de Agronomia do Sistema, conselheiro no Confea e no Crea-ES. Atualmente é consultor técnico e produtor rural

Site do Confea: Neste pleito, seis mulheres foram eleitas para os Creas do Acre, Alagoas, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Antes, apenas quatro Regionais eram presididos por engenheiras. Qual a sua análise sobre esse crescimento da representação feminina e qual a importância de se fomentar a pauta equidade de gênero no Sistema?

JS: Ficamos muito felizes com essa notícia, pois as mulheres do nosso Sistema merecem ser ouvidas e tratadas com igualdade e equidade. Desenvolveremos aqui no Espírito Santo ações específicas para as mulheres do Sistema, tais como: palestras, cursos, treinamentos e workshops. Essas ações se implantarão no Programa que batizamos de Mulheres do Crea-ES.

 

Site do Confea:  Acredita que a integração dos Creas dentro da região geográfica e de forma nacional é importante? Se sim, quais caminhos possíveis, dos pontos de vista institucional e político? Quais vantagens esse movimento pode gerar para o Sistema e para os profissionais do setor?

JS: Sim, com certeza essa integração é muito importante. Somos o maior Conselho profissional do país e quanto mais unidos estivermos, mais conseguiremos demostrar nossa força e voz. Acredito que podemos conseguir essa maior integração por meio do diálogo interno com os nossos profissionais e empresas do Sistema e externo, estreitando relações com os governos estaduais e federal, a fim de viabilizarmos projetos e parcerias que beneficiem nossos profissionais, por meio da abertura do mercado de trabalho e geração de emprego e renda, o que beneficiará também a sociedade em geral.


Site do Confea:  Muito se fala na responsabilidade e habilidades dos profissionais registrados no Sistema Confea/Crea como contribuição direta para o desenvolvimento do Brasil e para a implantação de políticas públicas que levem à retomada do crescimento nacional. Qual sua avaliação sobre essa viabilidade?

JS: Compactuo desse pensamento. Como disse anteriormente, somos o maior conselho profissional de todos e temos milhares de profissionais de áreas fundamentais para o pleno funcionamento e desenvolvimento do nosso país. O Brasil depende da Engenharia, Agronomia e Geociências em suas mais diversas atividades. O que devemos fazer cada vez mais é conscientizar a sociedade sobre a nossa importância e criar mecanismos de valorização profissional, bem como implementar e pôr em prática projetos de desenvolvimento e atualização profissional.


Julianna Curado
Equipe de Comunicação do Confea
Colaboração: Alcione Vazzoler, Crea-ES