Mobilidade profissional: Confea e OEP intensificam estratégias de inserção internacional

Salvador, 13 de novembro de 2018.

"Último dia da Cimeira Bilateral, em Salvador"

Os profissionais brasileiros tiveram oportunidade de entender um pouco mais do exercício profissional em Portugal, na tarde do último dia da Cimeira Bilateral, que teve a participação de delegações do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e da Ordem dos Engenheiros de Portugal (OEP), nos dias 12 e 13 de novembro, em Salvador (BA).

"Vice-bastonário da OEP"

Ao falar de desenvolvimento curricular, o vice-bastonário da Ordem pontuou o projeto Valorização do Engenheiro ou VALORIe como também é conhecido o sistema de creditação e qualificação das competências, um projeto em parceria com a Espanha e que reconhece o percurso profissional desde a formação acadêmica de base, passando pela experiência específica continuada até a formação contínua e gestão de Engenharia.

Também foi adiantado ao público o projeto Curriculum Vitae Certificado do Engenheiro. Previsto para o ano de 2024, ele representa o topo da pirâmide de desenvolvimento profissional. Na visão do vice-bastonário Fernando Santos, “é uma ferramenta de fácil avaliação, tem a credibilidade da OEP, confere prestígio ao profissional e garante confiança pública à sociedade”.

 

Conheça aqui os detalhes dessas iniciativas de Portugal

 

Inserção internacional

“A Engenharia não tem fronteiras; os estados é que têm fronteiras”, comentou o vice-bastonário ao afirmar que a OEP tem trabalhado para ampliar a expressão internacional. “Trabalhamos principalmente em conjunto com Brasil e Espanha nessa linha, mas queremos ir mais longe”, disse levando em consideração que o idioma português é falado em nove países e o castelhano abrange cinco nações.

"Conselheiro federal e coordenador do debate, Osmar de Barros Junior agradeceu a apresentação da OEP ressaltando o quanto o “Confea tem aprendido na área de organização com os portugueses”"

Na oportunidade, o presidente Joel Krüger expôs a estratégia de inserção internacional do Confea à plateia formada por brasileiros e portugueses interessados em trânsito profissional. “Temos nos preocupado principalmente com a mobilidade e a regulação, atividades que competem ao Conselho. Nosso olhar está voltado para as parcerias com países de língua portuguesa, especialmente Angola e Moçambique. A América Latina está no nosso radar pela questão do posicionamento geográfico e também porque não podemos virar as costas para nossos países vizinhos. Estamos avançando também na questão da certificação profissional.”

"Público teve oportunidade de esclarecer dúvidas sobre o termo de reciprocidade"

 

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Balanço
Fazendo uma breve retrospectiva da cimeira, o presidente do Confea avaliou como “produtiva a reunião” que possibilitou a assinatura do termo de reciprocidade complementar na área de Segurança do Trabalho, permitiu avanços no debate sobre o setor de Agronomia dos dois países e proporcionou a organização do 10º Encontro das Associações Profissionais de Engenheiros Civis dos Países de Língua Oficial Portuguesa e Castelhana, que será realizado nos dias 14 e 15 de março de 2019, no Rio de Janeiro.

"Presidente do Confea (à esq.)"

Mas para Krüger um dos pontos altos da cimeira foi o debate aberto ao público na tarde dos dois dias. “São momentos que trazem riqueza ao evento na medida em que apontam para nós do Confea e da OEP as questões do termo de reciprocidade que devem ser aprimoradas. E esse é um dos objetivos dessa reunião”, observou.

"Presidente do Crea-BA"

 

Já o vice-bastonário reconheceu esta cimeira como oportunidade para fortalecer a interação com o Brasil. “Temos evoluído muito em nossas relações bilaterais e ampliamos a dimensão da atuação internacional conjunta das nossas engenharias.”

Por fim, o anfitrião do evento e presidente do Crea-BA, Luis Edmundo Campos, agradeceu por ter sediado uma agenda tão expressiva e que permitiu a “troca de informações e o esclarecimento de dúvidas dos profissionais”.

 

 

O que diz o público

Questões sobre Certidão de Acervo Técnico, pagamento de anuidade e operacionalização do registro puderam ser esclarecidas ao público participante da cimeira durante os debates organizados nas tardes desses dois dias. Confira a opinião dos profissionais:

 

 

 

 

“Minha avaliação sobre esse debate é muito positiva porque me permitiu esclarecer dúvidas. Vim aqui trazer questões e recebi respostas. Pude perceber ainda que há um caminho a ser percorrido na reciprocidade Brasil/Portugal, mas pude ver que já há passos concretos e outros serão dados. Mas já estão no caminho certo. A palestra desta tarde foi fantástica, gostei muito e atendeu minhas demandas!” – Carlos Marques, engenheiro mecânico português que está no Brasil há um ano

 

 

 

 

“Já tenho o registro sênior para trabalhar em Portugal. Tenho o projeto de ir construir minha carreira lá também, mas como estou empregada aqui no Brasil, estou analisando as possibilidades de trabalho. E esse debate aqui foi excelente para mim, além de ter sido pertinente para outras pessoas obterem informações também.” – Márcia Angelo, engenheira mecânica e de segurança do trabalho

 

 

 

“Eu peguei o diploma em fevereiro e, assim que recebi a carteirinha do Crea, dei entrada no registro na OEP porque sempre tive vontade de morar em Portugal. Desde que conheci o país tive essa vontade especialmente por eu me identificar com o país e pela segurança do local. Agora estou analisando se é viável ir para lá porque neste momento estou empregado aqui no Brasil. Nesse sentido, o debate aqui foi muito bom, pois tive oportunidade de conversar com outras pessoas que estão na mesma situação que eu. Os presidentes do Crea, do Confea e OEP se mostram muito disponíveis para tirar dúvidas.” – Arthur Alves, engenheiro civil

 

 

 

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Julianna Curado
Equipe de Comunicação do Confea
Fotos: Suy Lima/Confea