Crea-MG defende o diálogo e a união da área tecnológica

Brasília, 5 de março de 2018.

"Presidente Lucio Borges: Crea-MG em gestão democrática"
Os mais de 187 mil profissionais registrados no Crea-MG passaram a contar com a experiência do engenheiro civil Lucio Fernando Borges, desde o início do ano. Até 2020, seu mandato procurará “manter o Crea aberto para o diálogo com os diversos setores que compõem a nossa base, como os conselheiros, as entidades, as instituições de ensino, as empresas, os profissionais e a sociedade”.

Conselheiro, diretor financeiro e ex-assessor da presidência do regional, Lucio também atuou em entidades como o Sindicato dos Engenheiros e a Associação Brasileira de Engenharia Civil, sempre em seu estado natal. Ex-secretário de Abastecimento de Belo Horizonte, ele também foi diretor da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) e da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), além de representar o Regional no Conselho Municipal de Meio Ambiente da capital mineira, área em que é consultor. 

Com pós-graduação em Administração (Fundação João Pinheiro, 1986) e em Administração de Cooperativas (Universidade Vale dos Sinos, 1993), o engenheiro civil formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 1982, o atual presidente do Crea-MG tem experiência em projetos ligados à administração e fomentos de criação e desenvolvimento de cooperativas, sendo ex-diretor e presidente do Siccob Engecred. 

Na entrevista a seguir, Lucio Borges garante que pretende estimular o diálogo com os profissionais e a sociedade em sua gestão.  E considera o papel do Sistema Confea/Crea fundamental para a defesa da sociedade ao garantir a atuação do profissional habilitado. “O papel exercido por essa instituição fomentou, por diversas vezes, o desenvolvimento econômico e social no país”. Protagonismo indispensável no contexto atual. “No momento pelo qual o Brasil passa, é preciso a união de todos da área tecnológica para que ela seja cada vez mais fortalecida e apta para contribuir com o desenvolvimento das nossas cidades, estado e país”.

 

Site do Confea: Neste triênio à frente do Crea, quais os principais desafios já mapeados que demandam esforço e atuação? Eles constam da agenda de prioridades, como serão tratados e quais resultados positivos irão gerar?

Lucio Borges - Assumir a presidência do Crea-Minas é uma grande responsabilidade, vamos representar mais de 180 mil profissionais registrados no Conselho. Queremos manter o Crea aberto para o diálogo com os diversos setores que compõem a nossa base, como os conselheiros, as entidades, as instituições de ensino, as empresas, os profissionais e a sociedade. No momento pelo qual o Brasil passa, é preciso a união de todos da área tecnológica para que ela seja cada vez mais fortalecida e apta para contribuir com o desenvolvimento das nossas cidades, estado e país. O Crea-Minas, nas duas últimas gestões, buscou abrir espaço aos atores que contribuíssem para a construção de alternativas para as demandas da engenharia e da sociedade. Vamos potencializar essas ações ampliando ainda mais o diálogo. Durante a campanha para presidência do Crea-Minas, conversamos com todos os segmentos, visitando todos eles e percorrendo mais de 90 cidades mineiras. Como presidente, já estamos fazendo este diálogo que foi compromisso assumido. Esse contato direto vai nos permitir ouvir, de forma ativa, ideias e propostas vindas dos profissionais, empresários, professores e sociedade no sentido de convergir em escolhas que contemplem o maior número de demandas.

Site do Confea: O senhor acredita que o Sistema Confea/Crea e Mútua demanda uma readequação de seus procedimentos? Por quê? Se sim, qual tipo de reestruturação é necessária e como a gestão do senhor(a) irá atuar neste sentido?

Lucio Borges - O momento atual é de unir forças para garantir o devido reconhecimento e valorização da área tecnológica no Brasil, uma vez que o setor é o principal agente de desenvolvimento da sociedade e do crescimento econômico do país. Todavia, estamos convictos de que o desenvolvimento do Sistema Confea/Crea desafia ainda muitos enfrentamentos. O Sistema é composto por setores representativos, os quais precisam de apoio para a sua ação operacional, como as entidades de classe, que atuam na valorização profissional, na defesa do trabalho para o engenheiro e seus direitos profissionais e sociais; as instituições de ensino, que atuam na defesa da melhoria da qualidade da formação profissional; as empresas, que defendem a simplificação dos processos e melhoria da sua cadeia produtiva; e dos sindicatos, que atuam na defesa do emprego e dos interesses econômicos das categorias. Neste sentido, a minha gestão no Crea-Minas será voltada para propor soluções conjuntas a todos, gerando ações para garantir a unicidade destas unidades representativas. 

Site do Confea: Acredita que a integração dos Creas dentro da região geográfica e de forma nacional é importante? Se sim, quais caminhos possíveis, dos pontos de vista institucional e político? Quais vantagens esse movimento pode gerar para o Sistema e para os profissionais do setor?

Lucio Borges - O envolvimento de todos os Creas é essencial para uma gestão democrática e um planejamento participativo. É preciso promover a integração dos Creas em função das melhores práticas e acúmulos de conhecimento tanto das atividades-fins quanto das atividades de suporte. A adoção de uma gestão estratégica é essencial para mapear processos, medir resultados e acompanhar desempenhos do modelo de trabalho seguido. Em função disso, é necessário adequar as ações planejadas, programas e projetos a fim de aprimorar o funcionamento do Sistema Confea/Crea. Nesse sentido, é preciso também que as estruturas de suporte - como os colégios, comissões, grupos de trabalhos, entre outros - contem com um assessoramento técnico para a implementação das melhores práticas em cada segmento. Outro caminho também é promover a participação e representação do Sistema Confea/Crea nos vários conselhos paritários, divididos nos níveis federal, estadual e municipal, ampliando a representação da área tecnológica.

Site do Confea: Muito se fala na responsabilidade e habilidades dos profissionais registrados no Sistema Confea/Crea como contribuições diretas para o desenvolvimento do Brasil e para a implantação de políticas públicas que levem à retomada do crescimento nacional. Qual a opinião do(a) senhor(a) sobre essa viabilidade?  

Lucio Borges - O sensível quadro da atual conjuntura econômica brasileira impõe ao país uma série de desafios. O setor produtivo, infalivelmente, está entre as áreas mais afetadas por essa instabilidade. Acreditamos que para reverter esse quadro é preciso fortalecer a autoridade técnica da engenharia com sua força para promover o desenvolvimento econômico e social. É preciso inovar na proposta de soluções. Os profissionais da área tecnológica são os protagonistas na retomada do desenvolvimento e do crescimento no Brasil com a responsabilidade de contribuir para o crescimento da nação, respeitando o bem-estar social e humano, os critérios de segurança e o equilíbrio ambiental. O Sistema Confea/Crea é uma instituição sólida que carrega consigo uma trajetória de defesa da sociedade ao garantir a atuação do profissional habilitado, com as atribuições devidas, no exercício das profissões da área tecnológica. O papel exercido por essa instituição fomentou, por diversas vezes, o desenvolvimento econômico e social no país. Diante dos desafios que nos são impostos, fica clara a nossa obrigação, enquanto representantes da área técnica, de discutir um modelo de desenvolvimento planejado que gere sustentabilidade e cadeias produtivas robustas. 

 

Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea

 

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