Brasília, 8 de fevereiro de 2018
Ao acessar o site do Crea-CE, deparamo-nos com a mensagem do novo presidente do regional, Emanuel Maia Mota, sobre a remodelação do portal: “Iremos sintetizar o seu conteúdo e restringi-lo apenas aos sistemas de serviços online e outras informações diretas e necessárias”. Objetividade é característica ressaltada do novo presidente do regional cearense: na primeira pergunta, em primeira entrevista concedida ao Confea, o engenheiro civil já escreveu suas prioridades de mandato em forma de itens. Qualidade no atendimento, organização administrativa e inserção do Sistema Confea/Crea na sociedade constituem o rol das ações que recebem atenção imediata.
O presidente pretende aprimorar a qualidade do atendimento utilizando aplicativos informatizados, de fácil alcance e eficácia. “Os profissionais regulados pelo Sistema são os maiores responsáveis pela produção e consumo das novas tecnologias. Portanto, cabe ao Sistema utilizar essa premissa e oferecer serviços antenados com as novidades no ramo, seja para o benefício dos profissionais em ação, seja para a própria sociedade”.
O gosto por tecnologia de Mota é reflexo do Ceará, que tem destaque na história da pesquisa astronômica brasileira: é lá, no município de Eusébio, onde está instalado o maior radiotelescópio do Brasil. O envolvimento da população do estado com tecnologia fica evidente na formação dos jovens cearenses: no vestibular em 2014, 42% das vagas do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) foram preenchidas por estudantes advindos do estado. O Ceará possui, ainda, um dos maiores índices de aprovação do país no vestibular do Instituto Militar de Engenharia (IME).
Tendo como capital o município que tem o maior PIB do Nordeste, o Ceará se destaca por ser o estado que mais produz energia eólica do país. Em 2011, ele ocupava a posição de maior produtor mundial. Na entrevista, o novo presidente do Crea menciona a importância de que a transformação da natureza em desenvolvimento seja realizada com responsabilidade. “As profissões reguladas pelo Sistema são determinantes para o desenvolvimento social e econômico de qualquer nação. Sempre quando se fala em crescimento econômico, fala-se em investimentos em infraestrutura e na indústria da construção civil. Cabe estabelecer padrões de qualidade e sustentabilidade, para que as gerações futuras não sejam prejudicadas com o manejo inadequado desses recursos naturais”. Confira a íntegra da entrevista com o novo presidente do Crea-CE:
Site do Confea: Neste triênio à frente do Crea, quais são os principais desafios já mapeados que demandam esforço e atuação? Eles constam da agenda de prioridades? Como serão tratados e quais resultados positivos irão gerar?
Emanuel Maia Mota:
a) Qualidade do atendimento, tanto em termos de atenção ao profissional, quanto na qualidade e na agilidade. Isso já está sendo tratado:
- Com a eliminação de entrave físicos no acesso à área destinada a atendimento;
- Facilitando o contato com os colaboradores responsáveis pelo tratamento da demanda;
- Verificando os procedimentos de modo a eliminar, também, a burocracia e as exigências que excedem o normativo regular expedido pelo Sistema;
- Incrementando o uso de aplicativos informatizados, de forma a disponibilizar aos profissionais acesso ao serviço por meio de instrumentos que dispensem seu deslocamento para atendimento presencial.
b) Organização administrativa e financeira, para obtenção de um trabalho de melhor qualidade e com redução de custos. Faremos isso:
- revisando contratos;
- melhorando fluxos administrativos;
- treinando colaboradores;
- e mantendo um controle interno eficiente.
c) Maior inserção do Conselho no meio da sociedade. Queremos melhorar a percepção da importância das profissões reguladas e, por consequência, obter maior valorização dos profissionais. Vamos buscar a participação do Crea nas diversas instâncias em que as profissões reguladas se fazem presentes, seja apresentando soluções para os complexos problemas do estado, seja demonstrando a importância da realização de serviços incorporados por essas profissões, através de profissionais habilitados e sob controle do Conselho.
Site do Confea: o senhor acredita que o Sistema Confea/Crea e Mútua demanda uma readequação de seus procedimentos? Por quê? Se sim, qual tipo de reestruturação é necessária e como a gestão do senhor irá atuar nesse sentido?
Emanuel Maia Mota: Sim. O mundo está em constante evolução e a tecnologia se faz cada vez mais presente nesse caminhar. Assim, o Sistema Confea/Crea e a sua entidade protetora dos profissionais, a Mútua, não podem parar no tempo, considerando que os profissionais por ele regulados são os maiores responsáveis pela produção e consumo das novas tecnologias. Portanto, cabe ao Sistema se utilizar do resultado dessa premissa e oferecer serviços antenados com as novidades no ramo, seja para o benefício dos profissionais em ação, seja para a própria sociedade.
Como, já mencionado anteriormente, pretendo incentivar a readequação dos procedimentos, principalmente os relativos aos serviços prestados aos profissionais e demais usuários, utilizando-se dos modernos sistemas aplicativos informatizados, de fácil alcance e eficácia.
Site do Confea: Acredita que a integração dos Creas dentro da região geográfica e de forma nacional é importante? Se sim, quais são os caminhos possíveis, dos pontos de vista institucional e político? Quais vantagens esse movimento pode gerar para o Sistema e para os profissionais do setor?
Emanuel Maia Mota: O próprio fato de se tratar de um Sistema exige uma perfeita integração para o cumprimento da missão para qual foi criado. O caminho institucional mais adequado consiste numa maior interação entres as unidades regionais, propiciando, através de uma ação aglutinadora do Confea, uma melhor harmonização de procedimentos e divulgação de práticas exitosas.
Site do Confea: Muito se fala na responsabilidade e habilidades dos profissionais registrados no Sistema Confea/Crea como contribuições diretas para o desenvolvimento do Brasil e para a implantação de políticas públicas que levem à retomada do crescimento nacional. Qual é a opinião do senhor sobre essa viabilidade?
Emanuel Maia Mota: Essa é uma afirmação que se lastra na própria história da humanidade. As profissões reguladas pelo Sistema são determinantes na melhoria da qualidade de vida das pessoas através de transformações na natureza que contribuem para o desenvolvimento social e econômico de qualquer nação. Sempre quando se fala em crescimento econômico, fala-se em investimentos em infraestrutura e na indústria da construção civil. Cabe estabelecer padrões de qualidade e sustentabilidade em que as gerações futuras não sejam prejudicadas com o manejo inadequado desses recursos naturais que não se regeneram em curto ou médio prazo. O Sistema Confea/Crea tem muita responsabilidade de esclarecer e pugnar junto aos profissionais para a observância dessas regras de ouro.
Beatriz Craveiro
Equipe de Comunicação do Confea
