Brasília, 1º de julho de 2016.

O plenário federal decidiu nesta quinta-feira (30) reconhecer a certificação profissional, com base nos requisitos da NBR ISO/IEC 17024, da Associação Brasileira de Normas Técnicas. A decisão orienta que as instituições registradas no Colégio de Entidades Nacionais (Cden) que pretendam o reconhecimento dos processos de certificação profissional pelo Sistema Confea/Crea deverão atender às diretrizes e procedimentos definidos na referida norma. Clique aqui para ler a Decisão Plenária PL-0787/2016.
 
Como funciona
De acordo com a deliberação, o reconhecimento não implica a certificação do profissional também por parte do Confea, mas apenas legitima que o processo seguiu a norma da ABNT.
 
Os requerimentos de entidades de caráter nacional que não sejam registradas no Cden deverão ser submetidos à análise do colegiado, antecedendo a instrução e decisão do Plenário do Confea.
 
Os documentos hábeis a comprovar o atendimento à NBR ISO/IEC 17024 deverão ser remetidos ao Confea para análise e decisão do Plenário.
 
Apenas serão reconhecidos pelo Sistema Confea/Crea os procedimentos de certificação que exijam, além do atendimento às diretrizes da norma, a comprovação do registro e quitação profissional no Sistema e a validação de exercício profissional por meio da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).
 
Validação de compertências
A certificação é um instrumento padronizado que serve para medir a competência de um profissional. Esse reconhecimento funciona como uma garantia. Por exemplo, se uma empresa precisa contratar um engenheiro eletricista que seja certificado em torres de aeroportos, esse profissional faz uma prova em alguma instituição dessa especialidade para obter a certificação. No Brasil, esse tipo de certificação é feito na Medicina, em que há instituições para certificarem as especialidades dos médicos. Outro exemplo é o exame de proficiência em línguas estrangeiras, como o TOEFL (Test of English as a Foreign Language).
 
A certificação como padronização está alinhada à tendência de mobilidade profissional. Esse reconhecimento é cada vez mais exigido por empresas na Europa e nos EUA, a fim de avaliar se a titulação do profissional está em conformidade com o exercício de determinada atividade ou a elaboração de serviço.
 
Precursoras
Também nesta quinta-feira o plenário federal reconheceu a Universidade Federal do Paraná (UFPR) como entidade precursora do Sistema Confea/Crea, por ter participado da criação do Crea-PR. Desde 2012, o Confea manifesta reconhecimento e gratidão às entidades que constam como signatárias nas atas das reuniões de instalações dos Creas. Saiba quais são as entidades precursoras.
 
Beatriz Leal e Julianna Curado
Equipe de Comunicação do Confea