Confea se engaja na batalha para eliminar o Aedes aegypti

Brasília, 25 de fevereiro de 2016

 

O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) também está engajado na batalha contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Zica e chikungunya, doenças que têm se espalhado pelo País. Segundo o Presidente da entidade, José Tadeu da Silva, esta luta é de todos: “cada um na sua função, na sua profissão, no cargo que ocupa, nas responsabilidades que tem, somos todos cidadãos. Aos 370 mil profissionais das áreas como saúde, defesa e segurança envolvidos na força-tarefa organizada pelo governo federal para combater o mosquito Aedes aegypti, devem se somar engenheiros de muitas modalidades, como da civil, da elétrica, da computação, sanitaristas, florestais, geógrafos, geólogos, geógrafos, estudantes, políticos, autoridades, o cidadão comum. Consciência e mobilização no rumo certo são fundamentais para a redução da incidência do mosquito e das doenças transmitidas por ele”.

José Tadeu lembra que o tema da campanha da fraternidade deste ano tem como lema “Casa Comum, nossa responsabilidade”  e foca na questão do saneamento e limpeza urbana. Tadeu lembra da importância da atuação dos profissionais reunidos pelo Sistema Confea/Crea para conscientizar da importância da limpeza urbana no combate ao mosquito. Para ele, as obras em andamento ou mesmo as reformas mais simples devem ser mantidas limpas e essa responsabilidade cabe a quem está envolvido, do engenheiro, ao pedreiro, ao mestre de obra, ao proprietário:

“É dessa força tarefa que precisamos. Não importa se estamos num município grande ou pequeno, em áreas onde a incidência do mosquito Aedes aegypti   é maior ou menor. O Centro Nacional de Gerenciamento de Risco e Desastres deve ser a casa de cada brasileiro, para facilitar a multiplicação dos agentes de vigilância e o combate”, afirmou.

Aos engenheiros que lidam com a construção civil, o presidente do Confea pede atenção à limpeza do terreno. “Mantenham sua obra livre de focos que possam facilitar a proliferação dos mosquitos. Deem destinação certa ao entulho, providenciem o escoamento correto da água utilizada, mantenham o terreno limpo”.

Participação dos profissionais do Sistema Confea/Crea
Em canteiros de obras, há diversos focos de acúmulo de água, como betoneiras, lonas, latas de tinta e carrinhos de cimento. Conscientizar os milhares de trabalhadores da construção civil é importante, pois as informações chegam às suas famílias e comunidades.

Entre as orientações, estão: não deixar entulhos e outros materiais descartáveis espalhados na área da obra; drenar a água que se acumula em lajes, sapatas, calhas e fossos do elevador;  manter caixas d’água e tonéis de depósitos sempre bem tampados.

Inserir pedra e terra em locais em que ainda não se está construindo é uma forma de drenar a água. Onde inevitavelmente se acumula água, a orientação é jogar uma solução de cal e cloro (na proporção de 8 partes de cal para 2 de cloro), que mata e repele a larva do mosquito.

Saneamento
A presença de resíduos sólidos nos domicílios e as deficiências em drenagem de águas pluviais são alguns dos problemas no que tange a saneamento. O engenheiro sanitarista e professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Clifford Ericson explicou ao Diário de Pernambuco o contexto geral. "É importante entender saneamento como uma ação muito mais ampla do que apenas coleta de esgoto. Envolve, pelo menos, cinco atividades importantes: esgotamento sanitário, coleta de lixo, drenagem de água pluvial, controle de vetores e abastecimento de água”. Quando há falta de abastecimento, a família estoca água, criando focos desnecessários. Saneamento básico é o tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano, da qual o Confea faz parte.

Beatriz Leal e Maria Helena de Carvalho
Equipe de Comunicação do Confea