Comissão buscará solução à carreira de engenheiros do PR

Santa Catarina, 9 de agosto de 2012.

 
Uma comissão composta por representantes do Crea-PR, Secretaria de Administração, Senge-PR, Associação dos Engenheiros do Departamento de Estradas e Rodagens do Paraná (Aeder) e Associação dos Engenheiros Estatutários do Paraná estudará as possíveis soluções para a questão salarial e valorização da carreira da Engenharia Pública no Paraná.

O assunto foi tema de reunião realizada no final de julho, da qual participaram o presidente do Conselho, eng. civ. Joel Krüger, o secretário da Administração Jorge Sebastião De Bem; os presidentes do Senge, eng. Ulisses Kaniak, da Aeder, eng. Rui Quadros Assad; o eng. Newton Brixei Pereira, da Associação dos Estatutários e o eng. Valter Fanini, do Sindicato.

O Crea-PR entregou um ofício formal às solicitações e o Senge-PR um estudo realizado pela subseção do Dieese no Sindicato que avalia o salário dos engenheiros do serviço público do Estado. De acordo com o relatório, 144 profissionais recebem abaixo do piso salarial do engenheiro, regulamentado pela Lei 4.950-A, que prevê pagamento de nove salários mínimos para carga horária de oito horas.

Segundo o presidente do Crea-PR, o Estado, com ofertas de salários abaixo do piso salarial profissional, vem perdendo cada vez mais engenheiros para a iniciativa privada, que tem ofertado rendimentos superiores e garantido, desta forma, mão de obra experiente e, muitas vezes, qualificada com recursos públicos. “Propomos ao Governo um grupo de trabalho que possa contribuir com os estudos e possibilitar o avanço na questão desta valorização profissional”, diz.

De acordo com Jorge De Bem, o Governo tem percebido a perda e está trabalhando para que a carreira pública seja mais atrativa. Ele declarou que é difícil para o Estado adequar o salário do engenheiro sem realizar adequação a todos os demais profissionais servidores. Apesar disso, De Bem concorda que um dos problemas é o salário inicial. Segundo ele, o Governo estuda possibilidade de implantação de gratificação de função que pode dobrar os salários dos novos engenheiros do Departamento de Estradas e Rodagens (DER).

O secretário afirmou que o Governo está aberto à discussão e negociação, confirmando a possibilidade da realização de um trabalho da Secretaria em conjunto com as entidades. “A formação da comissão será o início dos estudos e busca dos possíveis avanços. Reconhecemos a importância da Engenharia e Agronomia do Estado e buscaremos o equilíbrio entre salário e função com vistas a avançarmos nesta questão”, diz o secretário.

Para o presidente do Senge-PR, Ulisses Kaniak, a instalação de uma comissão é o início de um debate da valorização profissional do engenheiro servidor na busca de uma solução a um problema que atinge também o estado e a população. "Foi um primeiro passo. Agora que o secretário abriu as portas à conversação, nos colocamos à disposição do Governo e da sociedade para debater a valorização profissional. Com a baixa remuneração, mais do que os engenheiros quem sofre é o Estado por não conseguir manter em seus quadros profissionais capacitados, que têm buscado e conseguido melhores oportunidades no mercado de trabalho", avalia Kaniak.


Assessoria de Comunicação / Crea-PR