Florianópolis, 12 de maio de 2011.
A solenidade contará com a presença do presidente do Confea, Eng. Civil Marcos Túlio de Melo, dos 27 presidentes de CREAs, do presidente da Mútua Nacional, além de lideranças políticas, empresariais e profissionais do estado. Na oportunidade será lançado também o selo e carimbo comemorativo do evento. Paralelamente acontece, a 2ª Reunião Ordinária do Colégio de Presidentes do Sistema Confea/Crea no Majestic Hotel, de 16 a 18.05. No dia 17, ás 14h, haverá uma coletiva para imprensa no Majestic Hotel.
68ª SOEAA - A 68ª SOEAA acontecerá de 27 a 30 de setembro no Centrosul, em Florianópolis, com o tema “Pesquisa e Inovação Tecnológica: Conhecimento Profissional a Serviço do Desenvolvimento Sustentável. Realizado pelo CREA-SC, Confea e Mútua Caixa de Assistência, com apoio do CEDEC Colégio Estadual das Entidades de Classe, o evento reunirá um público de mais de 3 mil profissionais e 500 estudantes da área tecnológica.
A Semana abrigará também a EXPOSOEAA Feira Tecnológica, onde empresas privadas, públicas e ONGs apresentarão suas últimas novidades, com previsão de 5 mil visitantes. Esta será a quarta edição do evento em Santa Catarina. As duas primeiras aconteceram em 1962 e 1979, ambas na capital, e a terceira no ano de 1995, em Blumenau.
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Pesquisa, Inovação e Conhecimento - Cinco macrotemas direcionarão os painéis e conferências do evento: Pesquisa e Inovação no Enfrentamento do Aquecimento Global e dos Desafios Socioambientais - Rio +20; Desenvolvimento Tecnológico, Responsabilidade Social e Ambiental; Desafio da Pesquisa Tecnológica para o Desenvolvimento Brasileiro; Estruturação do Setor Governamental em Ciência, Tecnologia e Inovação; e Inovação no Enfrentamento de Desastres Naturais Socioambientais (Japão / Brasil).
"Ressaltamos a grande importância e o que representa para o desenvolvimento sustentável, o êxito das pesquisas e inovações tecnológicas no estado. Usaremos todas as nossas energias para realizar um grande evento, que seja um marco de inovações, criatividade, representatividade e participação democrática”, assinala o presidente do CREA-SC, Eng. Agr. Raul Zucatto.
O Presidente do Confea, Eng. Civil Marcos Túlio de Melo, lembra que a 68ª SOEAA será um momento de reflexões ricas para o desenvolvimento brasileiro. “Nós sabemos que a competitividade para a internacionalização da economia depende deste conhecimento profissional que será colocado à disposição da sociedade e de todos nós. Estaremos discutindo os desafios da inovação e da pesquisa nesta realidade que se aproxima, contribuindo para um novo País que se avizinha”.
Para o Secretário Executivo do evento e Chefe de Gabinete do CREA-SC, Eng. Agr. Leonel Ferreira Júnior, a SOEAA é um momento de reflexão e de renovação de conceitos. “A participação de profissionais do Brasil e de outros países enriquecerá a discussão dos assuntos propostos e trará debates de forma mais abrangente. A troca de experiências será fundamental para a atuação dos profissionais em todos os segmentos, destacando ainda mais Santa Catarina como um berço de inovação tecnológica, o que dará maior espaço para os profissionais e empresas do setor no Estado, tanto nacionalmente quanto internacionalmente”, lembra.
O engenheiro destaca também a importância do envolvimento dos profissionais neste desafio. “Os profissionais tem o compromisso de diagnosticar e levantar as demandas, utilizando estas informações para realizar um planejamento de médio e longo prazo, auxiliando na execução e controle deste planejamento, pois os investimentos aplicados em inovação refletem sempre em maior segurança, economia e desenvolvimento”.
Um olhar para a inovação tecnológica Um dos 16 projetos apresentados em 2010 pelo CREA-SC na 2ª edição do documento Pensando Santa Catarina Contribuições das Áreas Tecnológicas para o Desenvolvimento Sustentável é “Um olhar para a Inovação Tecnológica”, onde o Conselho propõe ao próximo Governador que faça um diagnóstico para conferir o potencial econômico para o Estado com o crescimento do setor de inovação tecnológica. Segundo o documento, o próximo passo é tomar iniciativas concretas para incentivar o crescimento do setor e dar suporte para a produção dos novos produtos nascidos nas empresas inovadoras catarinenses, evitando que bons produtos gerados aqui sejam precocemente adquiridos e produzidos em escala industrial no exterior.
Contexto nacional e estadual - Por muito tempo a atividade de inovação foi vista como coisa de países ricos. Nos últimos anos, a China e a Índia têm ganhado espaço nessa área, como gigantes emergentes capazes de criar produtos e serviços de classe mundial. Agora, timidamente, o Brasil começa a fazer parte desse time. Uma indicação é a entrada da Petrobras no ranking das 50 empresas mais inovadoras do mundo.
No entanto, a baixa inovação no setor produtivo nacional ainda é grande, em função de que apenas 16% dos cientistas do país estão em empresas, enquanto que nos EUA e Coreia do Sul, por exemplo, o percentual é de 80%. Outra necessidade é a de elevar de 1% para 3% o percentual do PIB aplicado em P&D. O país investe anualmente em pesquisa e desenvolvimento cerca de 1% do Produto Interno Bruto, o que o coloca muito longe da média da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os países desenvolvidos e alguns emergentes.
De acordo com o relatório Unesco sobre ciência 2010, uma boa notícia é que o número de doutores diplomados cresceu de 554, em 1981, para cerca de 12 mil, no ano passado. Isso estimula a instalação de grandes laboratórios de pesquisas no País, colocando o Brasil na rota mundial da inovação tecnológica.
Outra novidade é que o Banco Central já deu a autorização prévia - chamada carta patente - para que a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) se transforme em um banco público. O objetivo desse novo "banco da inovação" é financiar empresas e instituições de pesquisa que desenvolvam projetos de inovação tecnológica. A implantação, anunciada juntamente com outras medidas a serem adotadas pelo atual governo no campo da ciência e tecnologia, deverá demorar de dois a três anos.
E no momento em que se discutem estes novos rumos da inovação tecnológica em âmbito nacional, é importante que Santa Catarina esteja na vanguarda das informações, buscando sempre o bem coletivo e resguardando as necessidades da sociedade. Para o Estado, Ciência e Tecnologia é um assunto estratégico. Santa Catarina é o segundo polo de tecnologia do Brasil, ficando atrás somente de São Paulo.
No início de 2008 foi sancionada no estado a Lei de Inovação Tecnológica, aprovada pela Assembleia Legislativa estadual em dezembro de 2007. A medida prevê, entre outras coisas, a aplicação de 2% da receita líquida do Estado em pesquisas. A nova legislação busca reduzir a distância entre as iniciativas públicas e privada, estimulando a pesquisa e a rápida absorção desses conhecimentos pelo setor produtivo.
Fonte: Crea-SC