Pensar o Brasil - Região Norte alcança metas

Manaus (AM), 24 de julho de 2006

Manaus sediou durante dois dias, 20 e 21 de julho, a Conferência Pensar o Brasil, construir o futuro da nação – da Região Norte, que aconteceu das 8h às 18h, no salão nobre do Studio 5 Centro de Convenções. Cerca de 200 pessoas, por dia, acompanharam os debates, entre estudantes, representantes de organizações civis e de entidades de classe, conselheiros, presidentes dos Creas de Roraima e Amapá, participaram de nove palestras que abordaram os temas principais ligados a energia, comunicação, desenvolvimento humano, científico e tecnológico, e ocupação do território nacional.

Numa análise geral, o coordenador nacional do Pensar o Brasil, Luiz Carlos Correa Soares, disse que Manaus foi o segundo passo do processo. Isso porque o primeiro ocorreu na Região Sul, em Águas de Lindóia (SP), de 6 a 8 deste mês, e se repete em Florianópolis (SC) de 26 a 28 de julho; em Brasília de 1 a 3 de agosto e em Recife (PE), de 7 a 9 de agosto. “Esse passo já foi maior do que o primeiro, espero que os demais sejam, pelo menos, do mesmo tamanho e que a gente chegue à Semana da Engenharia com propostas para o futuro presidente do País”, afirmou. A presença efetiva da classe estudantil mereceu destaque. “Nosso País com certeza será colocado em boas mãos daqui há alguns anos.”

Para Soares, a avaliação do seminário é boa. Durante os debates, surgiram encaminhamentos importantes para que o Norte possa estar presente no contexto nacional, e tenha mais retorno, menciona. “Ele tem sido um pouco esquecido, porque o Brasil é um pouco torto, muito para o Sul e Sudeste”, comenta o coordenador nacional, citando que não se expandiu de forma equilibrada por todo o território. Ele conclui, dizendo que a ocupação do território brasileiro de modo igualitário para toda a sociedade brasileira é um sonho. 

Palestras
No primeiro dia, dois assuntos chamaram a atenção do público: as potencialidades de utilização de energia elétrica, ministrada pelo presidente do Fisenge, o engenheiro eletricista Olímpio Santos. E a questão fundiária, apresentada pelo secretário de Política Fundiária do Estado do Amazonas, George Tasso. De acordo com ele, falar sobre ocupação de terras, sempre esbarra em problemas como áreas indígenas e federalismo.

No segundo e último dia, o debate em torno de Habitação, apresentado por Clóvis Nascimento, trouxe à tona problemas antigos como ausência de planejamento e de saneamento no País. De acordo com ele, na Região Norte existem apenas 8,5% de coleta de esgoto. No Brasil, acrescenta Nascimento, apenas 31,3% dos esgotos são tratados. Com esses dados, ele ressalta a necessidade de mudança em relação a uma questão tão séria.     

Da Assessoria de Comunicação
Crea/AM