Joanesburgo, África do Sul, terça-feira, 3 de setembro de 2002. A comitiva do Confea participou na última sexta-feira (30/08) em Nazarec - um dos locais em Joanesburgo onde estão sendo realizados os eventos paralelos da Convenção Mundial Rio+10 - da reunião do Fórum de Organizações Governamentais Brasileiras. O objetivo do encontro foi analisara o andamento da Convenção Mundial e a Manifestação dos Países de Língua Portuguesa, ocorrida na tarde do mesmo dia, pedindo a inclusão desse idioma nos eventos mundiais.Na avaliação do presidente do Crea-PI, eng. civil Marcelo Moraes, um dos comentários interessantes do encontro foi sobre o alijamento que o Kuait e a África estão sofrendo no processo de negociação, mesmo inseridos no G77 - Grupo de Países em Desenvolvimento. Para resolver a situação foi proposta uma sugestão ao G77 de mudança na estratégia política de atuação, para viabilizar melhor forma de negociação com a União Européia e os Estados Unidos.No entendimento de Marcelo Moraes a manifestação dos Países de Língua Portuguesa foi perfeitamente fundamentada. "A língua portuguesa tem que passar a ser considerada nas grandes conferências. Não é mais possível que quase 300 milhões de pessoas no mundo que falam português sejam desconsideradas no processo preparatório das convenções mundiais, onde as traduções para a língua portuguesa não ocorrem. O documento reivindicatório da manifestação será entregue a todos os presidentes dos países de língua portuguesa, para que incluam essa solicitação das delegações nas suas negociações", informou.Para a eng. civil conselheira federal Neuza Trauzzola, a manifestação está num contexto mais amplo do que a comunicação e o conhecimento dos assuntos que estão sendo discutidos. "As línguas existentes - inglês, francês, espanhol - nos eventos mundiais são dos países que têm uma influência política e econômica grande. Com a inserção da língua portuguesa num evento desses, os países que falam esse idioma passariam a ser reconhecidos como nações que também têm influência no desenvolvimento do mundo, e não mais como países excluídos que têm a obrigação de conhecer outros idiomas para poderem participar da discussão e do contexto global", explicou. Bety Rita Ramos - Da equipe da ACS
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