Brasília, terça-feira, 4 de novembro de 2003. Mais de 400 empresários, dos quais 150 são brasileiros, participaram ontem (3/11) do Encontro Empresarial "Brasil-Angola Comércio e Investimento", realizado no Cine Tropical, em Luanda capital daquele país. A informação é do presidente do Confea, eng. Wilson Lang, integrante da missão empresarial que acompanha o Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, na visita a Angola.De acordo com Lang, na primeira parte do evento o Ministro Adjunto do Primeiro Ministro de Angola, Aguinaldo Jaime, ressaltou os aspectos geopolíticos decorrentes da paz interna, das estabilidades econômica e política como alavancas de desenvolvimento do País e exortou os brasileiros a fazerem de Angola a entrada para a África Central e Austral.Pelo Brasil, o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furland, lembrou que o Brasil foi o primeiro a reconhecer a independência de Angola. Apontou que este País representa 8% de toda exportação brasileira para a África. Conclamou os dois países a reduzirem suas burocracias no comercio exterior que impõem custos desnecessários ao setor produtivo e impedem o amplo desenvolvimento destas relações.Segundo Lang, Furland lembrou ainda o programa de formação profissional que o Brasil desenvolve em Cosenga, o financiamento da hidroelétrica de Capanga pelo Proex e o fato de o Brasil já ter equacionado a dívida externa que Angola tem com o pais.O Embaixador Mário Vilalva, diretor Geral de Promoção Comercial do Ministério de Relações Exteriores, indicou que o Brasil pensa seriamente em adotar tratamento tributário diferenciado para Angola. Saudou a criação da Associação de Empresários Executivos Brasileiros naquele País e informou que o Banco do Brasil está abrindo um escritório de negócios em Luanda para posterior abertura de uma agencia comercial. O presidente da Agência Nacional de Investimentos Privados (ANIP), eng. Carlos Fernandes, explicou o funcionamento da Agência e suas funções. Mostrou que para investimentos superiores a US$ 500 mil existe isenção de impostos e que os investimentos na faixa de US$ 50 mil a US$ 500 recebem descontos de 50 %. Bety Rita Ramos - Da Equipe da ACS
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