Vitória (ES), sexta-feira, 3 de setembro de 2004.


A formação profissional para atender as novas demandas geradas pelo crescimento econômico brasileiro foi a principal abordagem da palestra "Mercado de trabalho e sustentabilidade das profissões", que aconteceu na tarde de ontem (2/9) durante o 5º Congresso Capixaba de Profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia - Concea.

Segundo o palestrante, o presidente do Crea-

MG, Eng. Civil Marco Túlio de Melo, a retomada do crescimento econômico no Brasil aumentará a demanda por profissionais da Engenharia. Para ele, o crescimento econômico do país pode criar 1,2 bilhões de oportunidades de emprego e a área mais favorecida será a Engenharia, uma vez que o crescimento econômico gerará, por exemplo, questões relacionadas à logística de transportes e ao novo modelo do setor energético e de saneamento ambiental.
Para suprir essa nova demanda, Marco Túlio ressaltou a necessidade de uma formação profissional sólida com responsabilidade social e ambiental. "Sem um desenvolvimento científico e tecnológico, o Brasil será sempre um exportador de produtos primários. É preciso criar no país uma lógica de mercado que busque também a sustentabilidade no mercado interno", completou. De acordo com o palestrante, para recuperar o atraso científico e tecnológico, o governo deveria investir 4,5% do PIB, ao invés dos 1,5% investidos hoje.
Marco Túlio lembrou a questão da defasagem da grade curricular dos cursos de Engenharia em relação a demanda exigida hoje no mercado. Também ressaltou que a sustentabilidade profissional passa pela competência criativa e pela atualização permanente do conhecimento.
O primeiro dia do 5º Concea foi finalizado com a realização das oficinas "Fiscalização Preventiva integrada", "Saneamento Ambiental", "Petróleo e Gás" e "Desenvolvimento Urbano".
O Congresso continua hoje (3/9) e está aberto a participação dos profissionais da Engenharia, Arquitetura, Agronomia e áreas afins, além de estudantes.
Equipe de Comunicação do Crea-ES