Curitiba, 26 de julho de 2006.

Globalização e negociação internacional, foi o primeiro tema do seminário preparatório da delegação brasileira e que antecede a XXXI reunião internacional da Ciam (Comissão de Integração de Agrimensura, Agronomia, Arquitetura, Geologia e Engenharia para o Mercosul), que teve início hoje em Curitiba e prossegue até sábado. O professor da Universidade de Brasília (UnB), Ricardo Caldas, desenvolveu o assunto falando sobre como as organizações internacionais funcionam, quais são seus princípios e quem as orientam. 

Segundo ele, o mercado de trabalho está afetando completamente as negociações internacionais, no entanto, “a sociedade em geral não percebeu ainda esse impacto”. Ele falou também sobre o setor de serviços comerciais, que cresceu de acordo com a Organização Mundial do Comércio (OMC), de 1980 a 2000, mais de 8%.

Num segundo momento, o representante do Deser (Departamento de Estudos Socioeconômicos Rurais), Germano Batista Rodrigues, tratou de "Visão da Sociedade sobre os Pactos Internacionais", mostrando a posição e a visão da Rede Brasileira de Integração dos Povos (Rebrip), mantenedora do Deser. Rodrigues critica como as negociações internacionais vêm sendo realizadas. "São pouco democráticas com uma perspectiva liberal que acaba beneficiando um ou outro setor. No caso do Brasil, o beneficiado é o agrícola, sendo que há outros setores que como o da indústria e o de serviços". 

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