Manaus, 04 de dezembro de 2009.
No painel principal - Alternativas para o Desenvolvimento da Amazônia, realizado às 10h30, do dia 03/12, da 66ª SOEAA, o engenheiro agrônomo, ambientalista e chefe e gabinete do Ministério da pesca e Aquicultura, Cleberson Carneiro Zavaski, apresentou o Plano de Desenvolvimento Sustentável Amazônia Aquicultura e Pesca do governo federal junto com os estados, municípios e organizações que atuam na piscicultura na região e após sua apresentação concedeu entrevista ao Confea para detalhar essa inovadora polícia ambiental.
Repórter - Na região das águas o negócio é o pescado. Como vem sendo desenvolvido esse comércio?
Zavaski - A região amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo. O grande potencial tanto no ponto de vista das águas da União dos reservatórios de hidrelétricas como dos lagos, várzeas naturais, faz que seja a região que tenha um dos maiores potenciais para a produção de proteína animal, que é o pescado, sem desmatar, sem ampliar as áreas de desmatamento, porque o pescado preserva a floresta. Essa é a tese principal que defendemos no Ministério da Pesca e Apicultura.
Repórter - Diante da grande quantidade de água, como pode ser utilizada no desenvolvimento da Amazônia?
Zavaski - O que temos agora é buscar tecnologias alternativas para a produção de ração que ainda vem de outras regiões o que encarece a relação o custo e produção, para termos condições de levar o produto da pesca dessa região para outras consumidoras, a exemplo de São Paulo e Rio de Janeiro Brasília e outros grandes centros.
Repórter - Existe uma política sustentável para a pesca e aqüicultura para a região amazônica?
Zavaski - A política que o Ministério da Pesca e Apicultura está apresentando é o Plano Amazônia Aquicultura e Pesca de desenvolvimento sustentável que vem atender tanto a esse clamor dessa população que vive nessa região por uma alternativa de renda por uma ocupação para a sua família como uma alternativa a real de mudança cultural do próprio Brasil de consumir mais o pescado, uma proteína saudável de carne branca e que tem um clamor do ponto de vista da própria saúde da população .
Repórter - Existem recursos garantidos para o Plano?
Zavaski - Nós temos uma previsão de aporte orçamentário de R$ 2,9 bilhões até 2015, dividindo em diversos programas e ações, principalmente focados na logística e na cadeia produtiva.
Repórter - Como beneficiar essa cadeia produtiva?
Zavaski - Nós precisamos dotar os estados da região amazônica de entrepostos, de terminais pesqueiros de unidades de gerenciamento de fábricas de gelo , de postos de abastecimento que possam fazer com que o pescado chegue com uma melhor qualidade e que o menor desperdício, ações de agregação de valores para que possa diminuir o preço final ao consumidor.
Repórter - Quais os s grandes desafios na área do pescado dentro de uma Amazônia sustentável?
Zavaski - Um dos grandes desafios é o ordenamento e a aplicação dessa política. É importante destacar que não haverá resultados efetivos se não houver o comprometimento dos governos estaduais, dos governos municipais e das organizações que atuam na organização da piscicultura na região. Esse complexo com a colaboração do governo federal é necessário. Nos estados e nos municípios referente a extensão pesqueira e agrícola, assistência técnica, pois o governo federal possui recursos. Temos hoje diversas linhas de crédito que se adaptam às atividades de pesca e apicultura, já que é preciso oferecer um pescado de melhor qualidade.
Repórter - O que pode ser melhorado na relação pecador, água e floresta de forma sustentável?
Zavaski - A questão da produção da aqüicultura em tanque e rede alternativa de atividade produtiva. A própria questão da pecuária e da agricultura fazendo que seja mais economicamente viável produzir o peixe do que desmatar floresta para criar áreas de pastagens.
Repórter - Quais os parceiros do O Plano Amazônia e o que já foi feio para sair do papel?
Zavaski - Esse plano é o resultado de uma grande colaboração entre os entes do governo federal, como dos estados e municípios. Agora passamos para a aplicação em vista que já feio o seu lançamento. Temos articulação e assinatura de compromisso com os diversos estados e com os governos municipais. Agora é colocar o barco para andar -como a gente fala- , para fazer com que consiga realmente atingir as metas propostas.
Repórter - Quantos pescadores serão beneficiados e qual a proposta para garantia de renda dessa categoria?
Zavaski - Hoje temos na região amazônica em torno de 350 mil pescadores regularizados com carteira profissional e 20 mil embarcações distribuídas nas mais diversas frotas, nas mais diversas pescarias e existe uma preocupação de garantir que essas famílias tenham renda e que não causem destruição dos estoques , a diminuição dos peixes e principalmente que haja através da aqüicultura, alternativa de renda para esses trabalhadores das águas, dos pequenos prestadores ribeirinhos atingidos por barragens, quilombolas, indígenas e outras comunidades que vivem na região da Amazônia.
Confea - Quais os avanços que pode destacar?
Zavaski - Destaco que nós tivemos um orçamento em 2003 de R$ 11 milhões e passamos para um orçamento de 370 milhões esse ano e devemos chegar a mais de R$ 700 milhões em 2010. A consolidação do Ministério de Pesca, a aprovação da nova Lei de Pesca e aqüicultura e a realização das questões relativas ao licenciamento ambiental deram essas condições para que o governo se preparasse para transformar essa política num a política de Estado que perpassasse os governos e perpassasse quem esteja à frente desse governo no próximo ano e nos próximos 20, 30 anos ou mais.
Repórter - Existe outros avanços na piscicultura brasileira?
Zavaski - O Brasil já produz piscicultura marinha e já têm fazendas instaladas principalmente na costa de Pernambuco e já retiraram esse ano a primeira produção de peixes marinhos nativos aqui no Brasil que chegaram de seis a sete quilos em oito meses de estocagem no caso, a espécie Jupirá em que o Brasil tem um grande potencial.
Osmario Santos
Assessoria de Comunicação do Crea-SE
- Quem Somos
- O que fazemos
- Serviços
- Carta de Serviços
- Resoluções e Decisões Normativas
- Registro de Profissional
- Anotação de Responsabilidade Técnica - ART
- Registro de Obras Intelectuais
- Certidão de Acervo Técnico - CAT
- Registro de Atestado
- Registro de Entidade de Classe
- Registro de Instituição de Ensino
- Cadastro de Instituição de Ensino e seus Cursos
- Registro de Pessoa Jurídica
- Informe-se
- Fale Conosco
- Transparência e Prestação de Contas