Mobilidade em Balneário Camboriú

Florianópolis, 19 de fevereiro de 2013.

Sou morador de Balneário Camboriú e manifesto minha posição frente ao ocorrido no dia 05/02, quando a Polícia Rodoviária Federal tentou fechar o acesso sul daquela cidade. O município é cortado pela BR101, com mais de 65% de seu território localizado ao lado leste da rodovia. A ideia de concentrar o acesso, especialmente ao lado leste, por um único caminho, me parece um tanto equivocada, sendo contra o conceito de mobilidade tanto discutido e sonhado por todos os habitantes de centros urbanos minimamente desenvolvidos.

Por outro lado, não podemos esquecer o aumento do fluxo de veículos na região nos meses de novembro a março e, consequentemente, o aumento nos acidentes de trânsito. É necessário pensar em uma alternativa para aquele ponto da rodovia.

Na condição de engenheiro civil e de segurança do trabalho, sinto-me habilitado para sugerir uma solução: mão única na Rua 3300, da 3ª avenida para marginal leste. Assim, os veículos que saíssem da BR101 obrigatoriamente seguiriam pela marginal e só mais à frente, com o trânsito já organizado, acessariam a cidade por outra rua, ou ainda seguiriam até o viaduto da 3ª avenida. Ao mesmo tempo, o acesso da marginal leste para rodovia, naquele trecho, deveria ser fechado e o veículo passaria do viaduto para acesso ao sentido norte da BR.

Essas duas medidas eliminariam os cruzamentos que acontecem naquele ponto e certamente reduziriam os acidentes. A Autopista Litoral Sul poderia também alargar o acostamento ou construir uma 3ª pista, já na ponte sobre o Rio Camboriú.

Penso que a belíssima cidade, por sua importância para economia e turismo do estado, precisa e merece uma solução adequada de acesso. Na condição de presidente, aproveito a oportunidade para colocar o CREA-SC à disposição para buscar soluções que resultem no bem estar da sociedade.

Eng. Civil e Segurança do Trabalho, Carlos Alberto Kita Xavier
Presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina - CREA-SC