Em reunião realizada no canteiro de obras

presenciada pelos engs. Civis Luiz Ronaldo Starling, assessor especial da presidência do Confea, e Arino Oton de Lima, diretor do Clube de Engenharia de Brasília, o Ibama e Ministério Público liberaram até 30 de setembro, as obras de segurança que envolvem o alteamento da barragem de terra até a cota de 829 metros, o avanço da concretagem de calha e da sala de equipamentos e montagem da válvula borboleta (que impede, com o fechamento do túnel de desvio, que a água invada a casa de força). Essas decisões, acompanhadas de pedidos para o fornecimento dos estudos, cronograma e relatório de atividades, além do agendamento de uma nova visita de vistoria para 27 de agosto próximo, garantiram a manutenção do cronograma da obra, os testes das turbinas que gerarão energia elétrica para a subestação da CEB, em Santa Maria - DF, que distribuirá energia suficiente para abastecer 400 mil moradias brasilienses.A decisão judicial de transferir o licenciamento ambiental da Agência Ambiental de Goiás para o IBAMA prejudicou o andamento normal das obras de Corumbá IV, localizado na cidade de Luziânia (GO), há pouco mais de 100 km de Brasília. A razão, alegada pelo Ministério Público é que o lago possui característica de uso múltiplo e poderá abastecer a Capital Federal e entorno de energia elétrica e também de água, portanto o AHE precisaria de uma licença fornecida por um órgão federal, no caso o próprio Ibama.A permissão da continuidade dos serviços até setembro, deverá cobrir o prazo de tempo necessário para que o Ibama receba e analise os novos estudos ambientais solicitados e forneça as licenças necessárias, para que o rio possa ser fechado e iniciados os testes previstos para operação da usina.Já foram investidos no AHE Corumbá IV aproximadamente R$ 300 milhões. A usina terá 127 megawats de potência máxima instalada. A cota máxima da barragem chegará a 844m - em relação ao nível do mar - e sua altura 70m.Maria Helena de Carvalho - Da equipe da ACOM