Belém, 9 de agosto de 2017.
Citando dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) que apontam que o índice de coleta de esgoto no Brasil, hoje, é de apenas 58,8%, Calazans destacou que “grande parte dos rios brasileiros passam por situação de degradação extrema, sobretudo os rios urbanos, tanto pelo assoreamento, quanto pela disposição irregular de resíduos sólidos”.
Exatamente por esta razão, a integração entre as políticas de recursos hídricos e planos de gerenciamento de resíduos sólidos. Aprovado em 2006 e acompanhado pelo próprio Ministério do Meio Ambiente, o Plano Nacional de Recursos Hídricos tem esta preocupação, segundo aponta o analista. “Tanto a elaboração quanto as execuções do Plano Nacional de Recursos Hídricos envolvem o princípio de participação social. A ideia é que haja sempre uma sinergia, integração entre todos esses planos”.
Dentre os desafios apontados para a melhoria dos mananciais urbanos está a falta de infraestrutura de saneamento, o desmatamento, a expansão da ocupação urbana muito próxima de nascentes e a falta de conscientização da população quanto à importância da destinação correta dos resíduos. “Tudo o que acontece em relação à qualidade das águas nos rios, sempre vai ser sentido pela população”, alertou Antônio Calazans.
Cintia Magno
Equipe de Comunicação do Confea/Crea e Mútua