Brasília, 1º de fevereiro de 2022.
Eleito no primeiro pleito eletrônico do Sistema para representar o Crea-PI, o engenheiro agrônomo Francisco Lira acredita que esse processo poderá se tornar ainda mais ágil e democrático. Considerando a importância da valorização das entidades de classe e o papel do Confea no diálogo com o Congresso Nacional, ele acumula experiências como professor, gestor do Crea-PI, como superintendente, e de entidades como a Associação dos Engenheiros Agrônomos do Piauí (AEAPI), da qual é presidente em segundo mandato, ocupando ainda função em nível de vice-presidência na Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab). Em seu primeiro ano de mandato no Confea, ocupará a Diretoria Financeira e ainda integrará a Comissão de Articulação Institucional do Sistema (Cais).
Na entrevista a seguir, Francisco Lira analisa o processo eleitoral, discorre sobre a missão de buscar a harmonização entre as profissões do Sistema e fala das suas principais expectativas para o mandato de conselheiro federal. Entre suas principais metas está a federalização do plenário do Confea e o apoio financeiro às entidades de classe.
Site do Confea – O senhor faz parte de um grupo que inaugura uma nova fase do processo eleitoral. Como foi participar das primeiras eleições via internet do Sistema Confea/Crea? Qual sua avaliação do processo?
Eng. agr. Francisco Lira – Havia realmente muita expectativa em relação ao novo processo de eleição. Ao passo que estamos felizes por ver uma demanda antiga dos profissionais ser atendida, tínhamos também certo receio em ver como esse novo processo se daria para esse pleito eleitoral. No final, o que avaliamos é que foi muito positivo, houve realmente poucas queixas e a grande maioria aprovou o sistema de votação. Esperamos que o próximo pleito seja muito mais fácil e, claro, com maior número de colegas participando desse novo processo, muito mais prático, ágil e democrático.
Site do Confea – Como foi o processo da campanha? Como o senhor se comunicava com seus eleitores?
Eng. agr. Francisco Lira – O processo se deu basicamente por telefone e visita aos municípios-polo onde poderíamos contemplar maior número de profissionais e colegas. Infelizmente, não conseguimos visitar todas as regiões que contemplam, por exemplo, inspetorias, mas conseguimos levar pelos canais de internet, como as redes sociais, nossa mensagem e propostas que desejamos trabalhar junto aos nossos pares no Confea.
Site do Confea – Quais são as suas expectativas e metas?
Eng. agr. Francisco Lira – De fato, existe um sentimento de que estaremos enfrentando um grande desafio, algo diferente, em particular pela singularidade da missão. Sabemos em primeiro lugar que o conselheiro federal, embora eleito por uma modalidade, representa o estado e, assim, toda uma complexidade de profissões, mas o que esperamos no final é poder atender ao anseio geral do Sistema, profissionais e sociedade, buscando maior harmonização das profissões e aprimorando o Sistema Confea/Crea e Mútua.
Site do Confea – O que levou o senhor a aceitar compor a chapa com seu suplente, eng. agr. Alan Michel?
Eng. agr. Francisco Lira – Acho que o desafio de enfrentar algo novo e com maior capacidade de articulação, além de regional, também nacional.
Site do Confea – Quais são as suas principais propostas?
Eng. agr. Francisco Lira – Estamos focados em duas grandes metas, a primeira é contribuir para federalização do plenário de forma a contemplar todos os estados e modalidades de forma mais rápida. Precisamos de um plenário completo e representativo para maior desenvoltura nas ações, demandas e desafios de que a Engenharia, Agronomia e Geociências precisam. Outra demanda muito importante envolve o repasse de uma parcela das Anotações de Responsabilidades Técnicas para as entidades. Ambas as demandas estão tramitando no Congresso, então, esperamos contribuir também para avanço dessas propostas.
Site do Confea – Como está vendo a atual gestão do Crea-PI e do Confea?
Eng. agr. Francisco Lira – No Crea-PI, sob a coordenação do presidente Ulisses Filho, tem havido rápida informatização do sistema, ampliação das parcerias com instituições públicas e privadas, além dos acordos de cooperação técnica objetivando mais amplitude da fiscalização do exercício profissional e ainda de maior aproximação da gestão com suas inspetorias, ouvindo de perto as demandas dos profissionais e promovendo maior aproximação com a sociedade e demais órgãos públicos. Na esfera federal, temos observado maior engajamento da gestão do presidente Joel nas ações com o parlamento, buscando interlocuções com as entidades de ensino e intuições como o MEC, além da defesa das conquistas dos profissionais como o Salário Mínimo Profissional. É notório também o maior apoio às entidades de classes. Esperamos nesses três anos contribuir com os avanços necessários para o fortalecimento das profissões, sua integração e maior participação do Confea e dos Creas junto ao seu objetivo maior que é a defesa da sociedade para que ela tenha à sua disposição a Engenharia, Agronomia e Geociências ofertadas por profissionais devidamente habilitados e não por leigos, o que de fato gera enorme risco ao País.
Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea
Foto: Marck Castro/Confea