Desperdício de água e energia alimenta debate em oficina

Brasília, 20 de julho de 2005.

A forma profissional e didática aplicada para o bom desempenho da 2ª Oficina de Trabalho em Eficiência Energética no Saneamento Ambiental, chamou a atenção do representante do Confea que no último dia 18 participou da oficina, realizada na sede do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro.  Milton Costa Pinto Jr, engenheiro eletricista e conselheiro federal credita à essa metodologia o resultado positivo dos trabalhos.

Milton explica que a oficina é dividida em cinco vertentes: institucional, capacitação/educação, tecnologia, financiamento e comunicação e marketing . Para ele, o resultado mais importante alcançado pelo Grupo de Trabalho Tecnologia – do qual participou ao lado de 20 representantes de universidades, prestadores de serviços e associações de classe –, “foi a identificação das atividades a serem implantadas para os próximos dois anos visando a diminuição das perdas e a conservação de energia e água dos sistemas”.

“A revisão do  plano de ação do Procel Sanear (Programa Nacional de Eficiência Energética no saneamento Ambiental) para o biênio 2006/07, diz Milton, deve buscar acabar ou pelo menos diminuir os 40% de desperdício de água registrado no Brasil, desde a captação até o consumo”. Assustado com a falta de cuidados e controle, o conselheiro federal por Pernambuco afirma que “esse montante daria para abastecer durante um ano um país do tamanho da França, por exemplo. Temos que  radiografar todo o sistema de abastecimento e consumo a fim de desenharmos um ciclo completo de planejamento. Só assim as ações trarão resultados positivos quanto ao controle eficiência dos serviços”.

“O Procel é revisado de dois em dois anos e a decisão de montar um cadastro facilitará a elaboração de um projeto de padrões reais que atendam a necessidade de cada comunidade”, afirma .

A 2ª Oficina de Trabalho em Eficiência Energética reuniu mais de 50 instituições e entre os destaques abordados estão o fortalecimento de parcerias, intensificar a eliminação dos desperdícios e tentar suprir a carência na formação da engenharia brasileira no tocante aos aspectos de planejamento, projeto e aos conceitos de eficiência energética.

Na elaboração das propostas da vertente Tecnologia, o destaque foi o entendimento de que ações efetivas de conservação de energia e água em sistemas de saneamento ambiental só serão eficazes se for elaborado um cadastro técnico de todo o sistema, o que ficou acordado entre os participantes.

Por Maria Helena de Carvalho
Da Equipe da ACOM