Debate sobre gestão hídrica em Colatina (ES) irá contribuir para saúde e bem-estar da população

Brasília, 7 de julho de 2017.

"Prefeito de Vitória (ES), Luciano Rezende"

“A compreensão do ciclo hidrológico faz com que tenhamos a possibilidade de renovação, por isso é que podemos planejar e gerenciar a água para o uso sustentável”. É a partir dessa visão que o prefeito de Vitória (ES), Luciano Rezende, aposta no trabalho dos profissionais da área tecnológica para o enfrentamento dos desafios atuais da humanidade, como a crise hídrica e o aquecimento do planeta. “Esse profissionais são os mais indicados para garantir, por exemplo, uso adequado da água no meio rural com manejo responsável do solo”, complementa.    

Médico por formação, Rezende reconhece que a garantia de saúde e bem-estar da sociedade passa pela execução de projetos desenvolvidos por engenheiros e agrônomos. Para ele, são esses os especialistas capazes de encontrar saídas técnicas que equilibrem o meio ambiente e forneçam água para todos. Nesse sentido, o prefeito de Vitória valoriza a realização do Preparatório da Engenharia e da Agronomia para o 8º Fórum Mundial da Água, na próxima semana, em Colatina, município capixaba cortado pelo Rio Doce, um dos afetados pelo rompimento da barragem de Mariana em 2015, que causou danos ambientais em parte do Espírito Santo. “É uma iniciativa absolutamente positiva”, avalia. 

O preparatório será promovido pelo Sistema Confea/Crea e Mútua entre 10 e 12 de julho no campus do Instituto Federal do Espírito Santo, onde será promovida série de debates sobre estratégias de manejo e preservação dos recursos hídricos e energéticos, com a presença de 300 lideranças profissionais, gestores públicos e pesquisadores. A proposta do Sistema é levar os resultados dessa agenda para o Fórum Mundial da Água, que será realizado pela primeira vez em Brasília, em 2018. 

Confira a seguir entrevista concedida ao Confea.   

 

Site do Confea: Para o senhor, qual é a importância de engenheiros, agrônomos e demais profissionais da área tecnológica participarem ativamente do Fórum?

Luciano Rezende: A escassez de água, a busca por uso de energia limpa renovável e o aquecimento global – para citar apenas três desafios da humanidade – colocam o setor acadêmico como de fundamental importância para encontrar saídas técnicas que equilibrem esse cenário. Naturalmente, os engenheiros agrônomos, técnicos agrícolas e outros profissionais da área são os mais indicados para garantir, por exemplo, um uso sustentável e adequado da água no meio rural, principalmente com o manejo responsável do solo.

 

Site do Confea: Como esses profissionais podem contribuir efetivamente? 

L.R.: A engenharia pode cuidar de educar e orientar de forma técnica os produtores rurais e mesmo os centros urbanos para a valorização do setor agrícola. Uma terra ambientalmente equilibrada, e que mantenha o ciclo hidrológico em funcionamento, garantirá água para todos.

 

Site do Confea: A economia do estado tem como destaque o cultivo e a exportação de café. O senhor acredita que este será um momento para debater sobre a agricultura no Espírito Santo?

L.R.: Claro que sim. O cultivo e a exportação de café são de fundamental importância para a economia capixaba e uma das bases do nosso alinhamento cultural histórico de relação com o Brasil e com o mundo. Nosso interior depende da cultura do café pra tocar todo um sistema econômico e corporativo. Naturalmente, o bom uso da água e manejo adequado são imprescindíveis para o futuro.

 

Site do Confea: Qual sua avaliação sobre a iniciativa de o Sistema Confea/Crea e Mútua promover esse ciclo de palestras com foco principalmente nas soluções para a crise hídrica?

L.R.: Absolutamente positiva. Não há possibilidade de evoluirmos para um modelo agrícola, com efetividade sustentável, sem o uso adequado da ciência e da tecnologia e da educação ambiental.

 

Site do Confea: Que reflexos os debates do Preparatório de Colatina poderão ser gerados para o Espírito Santo?

L.R.: Espero que sejam reflexos positivos, já que a região Norte/Noroeste do estado é a parte do perímetro capixaba mais árida e que mais necessita de cuidados especiais quando o assunto é a crise hídrica.

 

Site do Confea: Que contribuições o senhor acredita que os profissionais do Espírito Santo poderão dar ao Fórum Mundial de 2018?

L.R.: As experiências no setor agrícola capixaba, além do extrato técnico e científico a ser colhido nesse encontro, com certeza haverão de ser muito bem utilizados nas discussões nacionais até chegar ao Fórum Mundial, ano que vem. A compreensão do ciclo hidrológico faz com que tenhamos a possibilidade de renovação, por isso é que podemos planejar e gerenciar a água para o uso sustentável.

Equipe de Comunicação do Confea