Crea-RJ, Serla e Feema vão fiscalizar lagoas para apurar as causas de espuma tóxica

Brasília, 25 de janeiro de 2007

Representantes do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro (Crea-RJ), da Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (Serla) e da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema) vão fazer uma fiscalização nos rios que desembocam nas lagoas da Barra e Jacarepaguá (Zona Oeste do Rio) para apurar as causas da espuma que fez parte da praia da Barra ser interditada nesta quarta-feira (24). A espuma e alga tóxica continuam a avançar e a Secretaria estadual de Ambiente disse que pode interditar outros trechos da praia da Barra.

Na lista dos rios que são fiscalizados hoje estão Arroio Fundo e Anil. Os três órgãos inspecionaram o Canal de Marapendi na manha desta quarta-feira e constataram vários pontos onde o esgoto já havia começado a se espalhar.

Segundo o assessor de meio-ambiente do Crea-RJ, Adacto Ottoni, o esgoto da região seria uma das causas da mortandade de peixes na lagoa de Marapendi.

A Secretaria estadual de Ambiente vai pedir ao Governo Federal ajuda financeira para os pescadores que estão impedidos de trabalhar. Eles podem ser pagos para trabalhar na despoluição. A pesca está proibida no Quebra Mar e nas lagoas da Zona Oeste.

Algas podem ser tóxicas
Segundo especialistas, as algas são comuns nas lagoas de Jacarepaguá, mas, por causa da degradação ambiental, elas se multiplicaram. Enquanto vive, a planta não é tóxica, mas, depois de morta, libera uma toxina que pode causar problemas na pele, no estômago e no intestino.

As algas chegaram à praia pelo Canal da Joatinga, vindas das lagoas do Camorim e Jacarepaguá. Elas surgem em conseqüência dos esgotos lançados nas lagoas. As chuvas dos últimos dias agravaram a situação.

Fonte: G1