Crea-AP planeja serviços online e mais fiscalização para próximo triênio

Brasília, 8 de dezembro de 2020.


Em seu segundo mandato à frente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amapá (Crea-AP), Edson Kuwahara pretende modernizar a instituição, disponibilizando serviços 100% online. “Somos um Conselho Profissional que tem como essência a tecnologia, acreditamos que ainda precisamos nos aproximar dela para promover novas melhorias para o Sistema”, comenta na entrevista a seguir o engenheiro civil que em janeiro próximo assumirá o triênio 2021-2023.   

Formado pelo Centro de Estudos Superiores do Pará (Cesep), atual Universidade da Amazônia (Unama), Kuwahara atuou na década de 1990 como responsável técnico e empresário na área da construção civil, com destaque para construção de escolas, praças e órgãos públicos. Também foi responsável por pavimentação e drenagem de avenidas, bem como pela execução de obras de saneamento e pontos turísticos. No Sistema Confea/Crea e Mútua, iniciou a trajetória como conselheiro regional, sendo um dos representantes de maior atuação no processo de criação do Crea-AP, em 1992. Em 1999, assumiu a cadeira de conselheiro no Confea. Entre 2000 e 2017, retornou ao Regional como conselheiro, ocupando diversas funções, como de tesoureiro, vice-presidente, coordenador de câmara especializada e de comissões permanentes.
 

Site do Confea:  Neste triênio à frente do Crea, quais os principais desafios já mapeados que demandam esforço e atuação? Eles constam da agenda de prioridades do próximo mandato? Como serão colocados em prática e quais resultados positivos irão gerar?

EK:  Em nosso primeiro mandato à frente do Crea-AP, conseguimos aprovação de recursos no Confea para a reforma da sede do Conselho e a construção da inspetoria de Santana (AP), que eram demandas de muitos anos dos profissionais e usuários dos nossos serviços. Essas obras representarão um marco na história do Crea-AP, pois refletirão positivamente na prestação de serviços do Regional. Destacamos também que, na próxima gestão, temos como agenda prioritária a ampliação de nossa fiscalização, de forma a cobrir as diversas modalidades que compõem nosso Sistema, bem como a regularização de todos os profissionais afetos ao Sistema Confea/Crea que desempenham suas funções no serviço público. Por fim, em nossa agenda de prioridades, temos a modernização de todos os procedimentos, como oferecer 100% de nossos serviços online e desburocratizar os serviços do Conselho, nos termos das Resoluções Confea.


Site do Confea: Na sua avaliação, o Sistema Confea/Crea e Mútua demanda uma readequação de procedimentos? Por quê? Se sim, qual tipo de reestruturação é necessária e como sua gestão no próximo mandato irá atuar nesse sentido?

EK: Somos um Conselho Profissional que tem como essência a tecnologia, acreditamos que ainda precisamos nos aproximar dela para promover novas melhorias para o Sistema, como efetivar as eleições de forma online e desenvolver um sistema nacional entre todos os Creas. Além disso, precisamos federalizar o Plenário do Confea, para que possamos efetivar a representatividade de todos os estados no pleno do Conselho Federal. Em nosso primeiro mandato, fomos incisivos em acompanhar, por meio das ações parlamentares promovidas pelo Confea, as principais pautas que dependem do Congresso para que se efetivem. Em nosso próximo mandato, continuaremos contribuindo junto ao Confea na busca de efetivar pautas políticas em benefício do Sistema.


Site do Confea: Neste pleito, seis mulheres foram eleitas para os Creas do Acre, Alagoas, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Antes, apenas quatro Regionais eram presididos por engenheiras. Qual a sua análise sobre esse crescimento da representação feminina e qual a importância de se fomentar a pauta equidade de gênero no Sistema?
 
EK:
É fundamental a ampliação da participação das mulheres no Sistema Confea/Crea e Mútua, principalmente em cargos e funções de lideranças. O Confea, por meio do Programa Mulher no Sistema Confea/Crea, vem fomentando ações e estratégias para que a equidade de gênero seja uma realidade na prática.

 

Site do Confea:  Acredita que a integração dos Creas dentro da região geográfica e de forma nacional é importante? Se sim, quais caminhos possíveis, dos pontos de vista institucional e político? Quais vantagens esse movimento pode gerar para o Sistema e para os profissionais do setor?

EK: É extremamente importante a integração regional e nacional dos Creas, pois partimos da ideia de que somos um único sistema e de que é necessário integrar ações e compartilhar boas práticas de gestão, em busca de um Conselho cada vez mais próximo dos anseios de seus profissionais e da sociedade. A atuação política é relevante, sob o ponto de vista de que o Sistema Confea/Crea precisa acompanhar pautas políticas, bem como manter um canal de diálogo com os poderes.


Site do Confea:  Muito se fala na responsabilidade e habilidades dos profissionais registrados no Sistema Confea/Crea como contribuição direta para o desenvolvimento do Brasil e para a implantação de políticas públicas que levem à retomada do crescimento nacional. Qual sua avaliação sobre essa viabilidade?

EK: É inquestionável que os profissionais da Engenharia, da Agronomia e das Geociências contribuem para o desenvolvimento da nação. Neste sentido, é importante que todos possam desempenhar suas atividades, tanto no âmbito da iniciativa privada, como na administração pública, no sentido de contribuir, na sua parcela, para a retomada do desenvolvimento regional e nacional, pois os esforços desses profissionais refletem em crescimento para o Brasil.

 

Julianna Curado
Equipe de Comunicação do Confea
Fotos: Arquivo pessoal