Confea participa da criação de protocolo para o combate aos gafanhotos

 Brasília, 26 de junho de 2020.

Nuvem de gafanhoto
Foto: Ministério da Agricultura

O conselheiro federal eng. agr. Annibal Lacerda Margon foi convidado a participar na quarta-feira (24) de uma reunião emergencial promovida pelo senador eng. agr. Luiz Carlos Heinze (PP-RS) com as principais entidades do setor agropecuário do Brasil, da Argentina e do Uruguai para definir estratégias de combate aos gafanhotos que, desde terça-feira (23), se aproximam da fronteira do Sul do país.

Segundo o senador, a proximidade da nuvem com cerca de 400 milhões de gafanhotos está preocupando os produtores da fronteira oeste do Rio Grande do Sul. “No possível roteiro dessa praga, temos plantações de oliveiras, trigo, uva, pêssego e milho safrinha, além das pastagens. Precisamos evitar mais esse impacto negativo na nossa agropecuária.”, disse Heinze.

Foto do conselheiro federal Annibal Lacerda Margon
Conselheiro Annibal Lacerda Margon

Durante a reunião virtual, o conselheiro Annibal destacou a capilaridade do Sistema Confea/Crea além da capacidade de orientar as Câmaras de Agronomia, bem como a interação com os diversos setores para oferecer a garantia de serviços de controle de pragas de qualidade e devidamente orientados pelos profissionais que compõem o Sistema. “Esse combate aos gafanhotos é um exercício da Agronomia que envolve receituário agronômico, aviação agrícola, recomendação de combate à praga, enfim, atividades da nossa profissão. Precisamos pensar políticas públicas de prevenção e combate de pragas eventuais”, defendeu o conselheiro.

Estado de emergência 
Com o avanço da nuvem de gafanhotos, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) declarou estado de emergência fitossanitária nas áreas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, estados que podem ser afetados pelos insetos. Segundo a Portaria 201/20, será implementado um plano de supressão da praga Schistocerca cancellata (gafanhotos) nas áreas produtoras e medidas emergenciais, que serão adotadas, terão validade de um ano.

Para os meteorologistas, o avanço da nuvem vai depender da condição climática no Sul nos próximos dias. O percurso dos insetos tem sido monitorado pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O deslocamento da nuvem de gafanhotos pode ser acompanhado por meio de mapas atualizados pelas autoridades argentinas, no site da Senasa


Fernanda Pimentel 
Equipe de Comunicação do Confea com informações do Mapa e da Senasa.