Propostas sobre o tema do evento, cidade- sede e elementos da infra-estrutura e logística devem estar parcialmente estruturadas até o congresso da China que, conforme a comissão, será o ponto de partida dos trabalhos para o 3º WEC. Segundo o engenheiro alemão Peter Hermann, consultor para a organização do evento, é preciso dar uma atenção especial ao congresso que vai preceder o de 2008.
"O Brasil precisa contar com uma boa delegação na China - se possível - a maior dos países estrangeiros", afirmou. Isso porque parte importante da exposição técnica sobre o evento e da articulação política acontecerá em Xangai. Para ele, a presença de representantes do alto poder executivo é, assim, imprescindível. "Fortalecer este primeiro contato depende de uma atitude governamental também. Contar com o presidente Lula ou com ministros na China seria muito importante", ressaltou.
Hermann declarou que o 3º WEC não pode ser visto apenas como um congresso: "Vamos mostrar ao mundo o que os engenheiros estão fazendo em todos os continentes. E o Brasil será o foco das atenções de todos". Ele reiterou que, para que tudo corra conforme o esperado, é importante que a próxima etapa da organização seja a consolidação de uma comissão encarregada de definir itens primordiais do programa a ser apresentado em Xangai. "O evento será uma plataforma de atração para o desenvolvimento do país", reiterou.
O presidente da Federação Mundial das Organizações de Engenheiros (FMOI), engenheiro Jose Medem, declarou que é necessário um comprometimento grande de todos os atores envolvidos na organização do evento. "Temos que trabalhar juntos, deixando de lado quaisquer diferenças", reforçou. Medem disse que a tarefa é apaixonante, porém muito difícil: "Dizer sobre o rompimento das barreiras é simples. Complicado é colocar em prática todas as medidas necessárias para que tudo flua corretamente".
Apesar de não ser o objetivo primeiro da reunião, alguns temas possíveis para o congresso foram levantados. Em geral, as sugestões dos membros da comissão giraram em torno da questão social: a engenharia como ferramenta para o desenvolvimento e o combate às exclusões foram alguns dos temas lembrados. Em Hannover, durante o 1º WEC, o assunto-mestre foi a relação entre tecnologia, humanidade e meio ambiente. Já em Xangai, a pauta é a engenharia dando forma ao futuro sustentável. "Precisamos pensar e agir com a consciência de que a engenharia é uma mola-mestra para o desenvolvimento mundial", lembrou o presidente da Federação Brasileira de Engenheiros (Febrae), José Ramalho Ortigão Filho.
Durante a reunião, também falou a gerente de Captação e Promoção de Eventos da Embratur, Vaniza Schüller, sobre o apoio do Ministério do Turismo ao evento. Ela contou um pouco sobre o modelo que poderá ser adotado em termos de promoção e disse que, para que recebamos os estrangeiros da melhor maneira possível, é imprescindível deixar claras nossas capacidades nas áreas de infra-estrutura, técnica e logística.
"Vamos atuar, em Xangai, com a promoção não apenas da questão tecnológica e da engenharia: precisamos apresentar a força do país na área de eventos, aspectos técnicos e principalmente sob a abordagem política", explicou Vaniza. Ela lembrou que a Embratur poderá contribuir com stands, produtos promocionais e participação na criação da identidade visual, além de consultoria no tocante às questões turísticas.
A reunião contou, ainda, com a participação dos engenheiros civis e conselheiros federais Walter Logatti e Anjelo Costa, bem como o coordenador da Comissão de Assuntos Nacionais (CAN), eng. mecânico Francisco Machado da Silva. Além destes, representaram o Sistema Confea/Crea o eng. Civil Marcos Túlio de Mello, o eng. eletricista Paulo Bubach, a arquiteta e engenheira Carmem Eleônora C. Amorim Soares, o arquiteto Osvaldo Pontalti e o eng. eletricista Rabah Mohamed.
Gustavo Schor - Da equipe da ACOM