Arruda promete parceria para a WEC 2008

Brasília, 25 de janeiro de 2007

"Arruda ressalta a importância de parceria"
O Governo do Distrito Federal fará tudo o que for necessário para que o Congresso Mundial de Engenharia seja um sucesso. Foi com esse entusiasmo que o novo governador do DF, José Roberto Arruda, abriu os trabalhos da primeira plenária do Confea no ano de 2007.

Arruda, que é engenheiro de formação, desempenha pela primeira vez o cargo no executivo local e assegurou amplo apoio à WEC 2008, desde o planejamento até a realização do que promete ser o maior congresso mundial dessa área. “Somos parceiros desde já. O Confea pode contar com a estrutura do meu governo integralmente. Sei que receberemos pelo menos 5 mil engenheiros de todas as partes do mundo e vamos pensar em alguma atividade paralela para somar ao que vocês já estão planejando”, garantiu o governador.

O presidente do Confea, Marcos Túlio de Melo, aproveitou a visita para fazer duas reivindicações: que as obras do Centro de Convenções de Brasília  local que irá abrigar a WEC 2008 em dezembro do ano que vem  estejam terminadas com antecedência para uma inspeção geral; e que o governo invista na criação de um parque tecnológico e científico em Brasília. “Temos uma preocupação profunda com o desenvolvimento científico e tecnológico principalmente no que diz respeito à sensibilização da juventude para a pesquisa e o conhecimento. O fato de o governador ter vindo aqui só reitera o que sempre soubemos: que ele, mais do que político é engenheiro, e se preocupa com os temas que dizem respeito a nossa profissão”, observou Marcos Túlio.

De fato, o governador fez questão de frisar a importância da engenharia em sua carreira, inclusive na vida política. Ele reiterou diversas vezes que, durante seu mandato, não será conivente com a realização de obras e ocupação desordenada do solo, um dos principais problemas urbanísticos de Brasília. “Quem estiver morando ou construindo irregularmente deve estar preparado para ações enérgicas do governo. Todo uso irregular do solo será coibido com medidas enérgicas. O tempo da permissividade passou”, alertou o governador.

Confira algumas das principais declarações de Arruda no plenário do Confea na tarde desta quarta-feira:

Brasília
“Nossa cidade mudou o Brasil, ou pelo menos é símbolo concreto dessa mudança. De Cabral a JK o Brasil foi agrícola, monocultor, colonizado e litorâneo. Foi com a construção de Brasília que começamos a ficar de costas para o Oceano Atlântico e de frente para o nosso país”.

Juscelino Kubitschek
“Foi JK quem fez a nossa verdadeira revolução industrial. Nos anos JK o Brasil começou a acreditar em si mesmo. Foi a partir dali que o Brasil começou a ganhar até Copa do Mundo, e o planeta descobriu que a capital do país era Brasília, e não Buenos Aires”.

Arquitetura
“Não é novidade para ninguém que nossa arquitetura está na linha de frente do que se faz no mundo. Nosso modelo de urbanismo, inspirado na escola de Le Corbusier, está décadas à frente, e é minha missão protegê-lo”.

Patrimônio
“Estou precisando tomar medidas duras e, curiosamente, todas elas têm a ver com engenharia e arquitetura. Esta semana, por exemplo, nós implodimos um prédio que feria totalmente o plano diretor da cidade. O esqueleto está lá há 17 anos e derrubamos em 17 dias. Também fizemos a reintegração de posse de uma área pública que estava loteada”.

Fiscalização
“Vocês que estão aqui sabem tão bem quanto eu que não se constrói sem alvará, ART e um projeto assinado por profissional registrado no CREA. É o mínimo de responsabilidade que se exige e, sem isso, não haverá escritura para nenhuma casa no meu governo”.

Plano Diretor
“Posso assegurar que não admitirei ilegalidade das obras, nem agressão ao plano diretor. O uso indiscriminado do solo e a destruição da cidade planejada serão coisa do passado. Eu posso até não disputar outro cargo público, já que medidas enérgicas fazem a gente perder voto. Mas vou zelar pela manutenção urbanística da nossa capital.”

Escolas técnicas
“Havia 25 escolas técnicas em Brasília, e hoje só existem cinco. Estou com problema de caixa no momento, mas já aproveito para fazer um anúncio: quem quiser construir escola técnica privada, eu dou terreno, incentivo fiscal e ainda compro vagas. Essa modalidade de ensino é fundamental e será valorizada”.

Favelas
“Quem conheceu o Rio de Janeiro há 30, 40 anos, sabe que aquelas encostas de morro poderiam ter sido preservadas. Era a paisagem mais bonita do mundo, mas os administradores não tomaram providências para evitar as invasões por falta de coragem política. Aqui em Brasília, serei mais engenheiro do que político e vou combater as invasões e a favelização do entorno da cidade”.

Por Sandro Farias
Equipe de Comunicação do Confea