ABIPTI será parceira do 1º Fórum da Mulher

Brasília (DF), quinta-feira, 30 de setembro de 2004.

A Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (ABIPTI), entidade tem como missão a promoção da participação das instituições de pesquisa e desenvolvimento tecnológico no estabelecimento e execução de políticas de desenvolvimento nacional, será uma das parceiras do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) na divulgação das ações do 1º Fórum da Mulher. O Fórum ocorrerá durante a 61ª Semana Oficial da Engenharia, Arquitetura e Agronomia (SOEAA) e V Congresso Nacional de Profissionais (CNP), entre os dias 30 de novembro e quatro de dezembro, em São Luís (MA), com a discussão de temas referentes às atividades das mulheres que atuam nos campos ligados ao Sistema Confea/Crea.

O assunto esteve em pauta nesta quarta-feira (29), em reunião na sede da ABIPTI, em Brasília, com a presença do presidente do Confea, eng. Wilson Lang, da eng. Mecânica Deodete Packer, organizadora do Fórum da Mulher, do presidente da Associação, Luís Madi e do secretário executivo, Lynaldo de Albuquerque. "Pretendemos ampliar essa discussão na reunião da diretoria e avaliarmos como poderemos criar uma interação no sentido de colaborar automaticamente e fazer o nosso papel", ressaltou Madi. O secretário executivo destacou a possibilidade de se estabelecer parceiras entre o Confea e a ABIPTI, órgão que reúne 150 instituições associadas na área tecnológica, em outras ações sobre tecnologia nacional.

A sugestão foi considerada relevante pelo presidente do Confea. "Como a ABIPTI tem uma atividade que tangencia, não em termos de organização profissional, mas que está profundamente envolvida com toda a produção científica e tecnológica, é importante analisar como poderemos interagir de forma positiva", observou Wilson Lang.

Sobre o Fórum da Mulher, o engenheiro demonstrou preocupação não apenas com o declínio da formação de engenheiros no país, mas também com a pequena inserção das mulheres nas profissões da área tecnológica, atualmente estimada em 15% no Brasil. De acordo Lang, embora esse percentual seja quatro vezes maior se comparado ao que ocorre na Europa, é necessário um amplo debate sobre a questão. "Queremos encontrar mecanismos capazes de estimular a presença das mulheres na área tecnológica. Já temos um Fórum Virtual e vamos fazer o Fórum presencial em São Luís. Também queremos ter uma participação feminina no Congresso Mundial de Engenheiros, em novembro, em Xangai", ressaltou. Coincidentemente, dos cinco melhores estudantes de Engenharia que estarão no Congresso, na China, destacou Lang, três são mulheres.

Presença feminina - De acordo com a eng. Mecânica Deodete Packer, consultora do Confea, o Fórum da Mulher não discutirá a questão de gênero e sim meios de tornar a profissão e o trabalho na área tecnológica mais atrativo para as mulheres. "A mulher leva um perfil diferente para a profissão", comentou.

O espaço de debate permanente com relação à participação feminina nesse setor foi instituído pelo Confea em julho, por meio do fórum virtual, interativo e colaborativo, aberto também a todos os interessados. Pela Internet podem ser feitas sugestões, bem como questionamentos, relatos de experiências profissionais e incluídos currículos. O fórum funciona virtual funciona ainda como um e-group. Dessa forma, os participantes podem fazer propostas para o evento que será realizado em São Luís. Mais informações: deodete@confea.org.br ou camone@confea.org.br.

Adriana Baumgratz - Da equipe da ACOM