Curitiba, 22 de março de 2011.

As águas de março chegaram sem trégua no Paraná e, de acordo com informações da Defesa Civil do estado, mais de 16 mil moradores estão desabrigados ou desalojados. “Estamos sem contato com os portos e com as ferrovias, praticamente ilhados, sem água e em um completo estado de calamidade”, descreve o presidente do Crea-PR, Álvaro Cabrini Jr.
Um relatório elaborado pela Defesa Civil e prefeituras, apontou prejuízos de R$ 87,9 milhões provocados pela chuva, que causou quedas de pontes, danos em ruas e estradas, danificou prédios públicos e casas e destruiu plantações. As cidades mais afetadas foram Antonina, Morretes, Guaratuba e Paranaguá. “Esta situação reflete o completo desamparo do Estado e a falta de planejamento das cidades. Foram dados alertas, mas em vão. Infelizmente, assistimos a um momento de ausência do Estado”, alerta Cabrini.

Segundo um boletim da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, já são 30.968 os atingidos por chuvas, cheias, enxurradas e deslizamentos nos oito municípios que sofreram estragos consideráveis no final de semana. “Nesse momento, o conjunto da sociedade deve se organizar e a engenharia protagonizar o debate sobre a importância de um planejamento urbano e, principalmente, na formulação de políticas públicas. Não vamos resolver o problema de imediato, mas podemos amenizar as consequências”, conclui Cabrini.

Com informações da Fisenge, por Camila Marins

Fonte: Crea-PR