Brasília, 22 de agosto de 2023.
Com a participação do presidente em exercício do Confea, eng. eletric. Evânio Nicoleit, do presidente em exercício do Crea-PE, eng. eletric. Clóvis Segundo, e do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, foi aberto na noite desta segunda (21/08), o XXII Congresso Brasileiro de Engenharia de Pesca – Conbep. Até a próxima quinta-feira (24/8), 610 participantes inscritos até o momento (as inscrições prosseguem aqui) ocupam o Armação Convention Center, na praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca-PE. Promovido bianualmente pela Federação Nacional dos Engenheiros de Pesca do Brasil (FAEP-BR) e patrocinado pelo Confea, o evento retoma suas atividades, após a interrupção, em 2021, decorrente da pandemia da covid-19, com o tema “Desenvolvimento Sustentável e Segurança Alimentar: diálogos para o futuro”.
Em sua participação na abertura do evento, Evânio Nicoleit destacou que o Congresso envolve pesquisa, ciência, tecnologia, inovação e empreendedorismo. “A gente constata aqui profissionais que labutam e pesquisam na área da pesca e também futuros profissionais. E a gente tem aqui a conexão entre governo, academia e indústria para desenvolver o desenvolvimento sustentável, a segurança alimentar, enfim, a utilização dos recursos da pesca, bem como a manutenção da sustentabilidade do nosso ecossistema aquífero. Então, é uma honra para o Confea apoiar este evento e desejamos expressar nosso compromisso de que a Faep esteja representada no Cden (Colégio de Entidades Nacionais do Sistema Confea/Crea)”, disse desejando sucesso ao evento.
Já o coordenador do Cden, presidente da Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab), Kleber Santos, saudou as presenças do presidente Evânio e do ministro André de Paula no evento. “O Brasil tem um grande desafio sobre esse tema, integrando com os demais ministérios, Mapa, MMA (ministério do Meio Ambiente) etc. Em nome das 23 entidades da Agronomia, da Engenharia e das Geociências, dizer da nossa grande satisfação. O setor das ciências agrárias é um setor fortíssimo. Se a gente integra os nossos profissionais, acho que a nossa contribuição a essa nação é muito grande”, disse o engenheiro agrônomo, saudando ainda o presidente da Faep-BR e lembrando que atuaram juntos à frente da coordenadoria nacional da coordenadoria nacional de câmaras especializadas de Agronomia (CCEAGRO), em 2019. “Fizemos muito naquela época”.
O ministro da Pesca e Aquicultura citou o presidente Luís Inácio Lula da Silva. “Ele disse que não se conformava que em um país com a costa que nós temos, com as reservas de água doce, como não conseguimos dar na prática a dimensão que esta atividade tem. E foi o presidente Lula que há 15 anos criou a secretaria nacional de Aquicultura e Pesca, subordinada à presidência da República, e depois ele criou o ministério da Pesca e Aquicultura. E agora em um gesto de compreensão da importância que essa atividade tem, ele volta a criar o ministério. Por mais sensível que possa ser o ministro da Agricultura e Pecuária, quando ele senta diante do presidente, a pauta é Agricultura, é Pecuária, não é Pesca. Mas quando eu sento diante do presidente Lula, eu trato das questões que dizem respeito a vocês. Há duas semanas nós lançamos seis programas com a presença de 1800 pescadores artesanais com interface com pelo menos quatro ministérios, em pé de igualdade. E o ministério fomenta a criação de secretarias em todo o país”, afirmou André de Paula.
Importância do evento
Para o presidente da FAEP-BR, eng. pesca José Carlos Pacheco dos Santos, as principais preocupações da entidade são de aumentar a fiscalização para a produção de alimentos, garantindo a segurança alimentar. “Só se consegue garantir isso com o Congresso. Também é nosso papel garantir a segurança ambiental, produzir de forma sustentável para garantir o ambiente saudável. A segurança alimentar tem a ver com a qualidade do produto. Se for para produzir de qualquer jeito, não precisa do engenheiro”, afirmou, ratificando a contribuição que a entidade pode oferecer para o Cden, mencionada pelo presidente Evânio e pelo coordenador Kleber, junto à representatividade já significativa do Colégio de Entidades Nacionais para o fortalecimento do desenvolvimento nacional.
A importância do Congresso Brasileiro de Engenharia de Pesca, para ele, está relacionada à integração entre os profissionais, a extensão com pescadores e a academia. “Tivemos mais de 470 trabalhos selecionados para serem apresentados em formato de E-poster e integrarem os anais do Evento no site do evento, ao final do Congresso. Essa preocupação em atender às políticas de redução de resíduos integram uma experiência que vi pela primeira vez no Contecc (Congresso Técnico Científico da Engenharia, Agronomia e Geociências)”, disse, informando que a Federação reúne 1850 engenheiros agrônomos registrados em todo o país.
Para Pacheco, o patrocínio do Confea, além do valor financeiro de R$ 30 mil por meio de locação de estandes, representa um suporte institucional dos mais expressivos. “Recebemos o apoio de todo o Sistema, o que é fundamental. A gente se sente reconhecido, pois demonstra que o Sistema acredita que o evento vai colaborar com o tema proposto. Profissionais podem trabalhar com esses temas. Dá credibilidade ao evento, inclusive para outros patrocinadores. É uma chancela. O financeiro ajuda bastante, mas a credibilidade da marca Confea demonstra acreditar nos profissionais”, diz, informando que os prejuízos causados pela pandemia serão um dos temas abordados durante o Congresso, cumprindo seu principal papel, segundo ele, o de agregar os profissionais e de discutir as profissões.
Além do Confea, do Crea-PE e da Mútua, o evento conta com o patrocínio do CNPq, Capes, Banco do Nordeste, Porto de Suape e ministério da Pesca e Aquicultura – MPA, e ainda com o apoio da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e de outras instituições como a Embrapa Pesca e Aquicultura, ICMBio – MMA e a Fundação Joaquim Nabuco.
Ex-coordenador adjunto da Coordenadoria Nacional de Câmaras Especializadas de Agronomia (CCEAGRO) em 2019, o engenheiro José Carlos Pacheco considera que “a inserção da Engenharia de Pesca no Sistema está indo muito bem, sempre com liberdade de espaço para que os nossos entraves sejam discutidos”. Para ele, essa atuação conjunta se deu de forma natural na história da profissão, destacando a parceria com a modalidade da Agronomia. “Sempre tivemos espaço, tanto do ponto de vista de ocupar as atividades, como colaborando para a produção de alimentos, em parceria com a Agronomia”.
Parte desta integração se deve ao fato de a modalidade haver surgido graças à atuação de profissionais engenheiros agrônomos, que, na década de 1970, constituíram o primeiro curso da área. “A primeira turma é de 1975, e desde 1983, estamos no Sistema. Paralelamente, promovemos sempre o Congresso, interrompido apenas em 2021”, descreve. Segundo José Carlos Pacheco, até 2005 havia apenas cinco cursos de Engenharia de Pesca no país, número que hoje chegou a 26 cursos. “Todos eles são presenciais. De 2015 para cá, houve um grande avanço por conta da demanda incremento desta área de produção de alimentos. Apenas um deles é particular, que ainda está formando sua primeira turma”, informa.
Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea
Com a colaboração de Alessandra Porto (Setor de Patrocínio - Sepat)