Gramado, 9 de agosto de 2023.
Participante na Querência Contecc, em programação do Congresso Técnico Científico da Engenharia, Agronomia e Geociências, nesta quarta-feira (9/8), na 78ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia, no Serra Park, em Gramado (RS), Lee Briese, Masters Degree in Soil Science and a Doctorate of Plant Health, natural de Dakota do Norte, nos Estados Unidos, explica como funciona o trabalho do agrônomo e a certificação no país.
“O agrônomo fala diretamente com o produtor, não vende produtos e faz as visitas e consultas com eles periodicamente. Implantamos um programa de certificação voluntária e para conseguir o profissional segue uma série de exigências, começando pela realização de uma prova com conteúdo de agronomia geral e outra que aborda um conteúdo do trabalho local. Além disso, deve ter muitos anos de experiência e a confirmação dos produtores locais com quem já trabalhou. Após ter a certificação o profissional tem que comprovar que busca melhorar sua formação, apresentando um mínimo de 40 créditos em cursos em dois anos”, comentou.
“É essencial ganhar a confiança dos produtores rurais para que eles aceitem trabalharem aliados ao conhecimento cientifico, aceitem práticas como o sequestro de carbono, entendam a sustentabilidade e que eles mesmos podem crescer com isso. Dou bons conselhos a eles para suas operações”, declara.
Breise explica que o seu “trabalho é traduzir a ciência para o produtor rural, explicando de maneira clara para eles entenderem e com isso uma das minhas principais tarefas é reduzir os riscos, sabendo o que pode acontecer conforme as questões climáticas, biológicas de novas práticas e atingir a produção”.
Desta forma, os produtores entendem que devem sempre estar próximos do que diz a ciência conforme as pesquisas e práticas, e também os cientistas devem se aproximar destes produtores locais, pois eles têm a vivência diária e a experiencia. Outro ponto é a interação entre os próprios produtores rurais, a troca de experiencias das práticas realizadas. “Você pode fazer cursos, assistir vídeos, mas para aprender a fazer tem que praticar, até mesmo falhar e refazer”, diz.
Ele define que tem grande responsabilidade com os produtores rurais e também está preocupado com o desenvolvimento nosso planeta na questão ambiental. “Por todo esse cenário a cerificação diferencia o profissional e ajuda a construir confiança”, conclui.
Em seguida o espaço foi aberto para perguntas.
Reportagem: Débora Irene Pereira (Crea-PR)
Edição: Henrique Nunes (Confea)
Equipe de Comunicação da 78ª Soea
Fotos: Stúdio Feijão & Lentilha