Encontro sobre política educacional discute formação de profissionais

A formação profissional foi mais uma vez abordada durante a Soea
A formação profissional foi mais uma vez abordada durante a Soea

Salvador (BA), 10 de outubro de 2024.

O II Encontro Brasileiro sobre Política Educacional Superior para o Exercício Profissional da Engenharia, da Agronomia e das Geociências reuniu especialistas para debater o futuro da educação superior e as necessidades de formação dos profissionais dessas áreas. O evento foi realizado na quinta-feira (10), durante a 79ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), em Salvador (BA).

Vice-presidente do Confea, eng. Luiz Lucchesi, moderou a debate
Vice-presidente do Confea, eng. agr. Luiz Lucchesi, moderou o debate


Moderado pelo eng. agr. Luiz Lucchesi, o encontro foi aberto pelo presidente do Confea, eng. telecom. Vinicius Marchese, que destacou a relevância do debate para que haja profissionais mais capacitados e eficientes no Sistema Confea/Crea e Mútua. “A formação dos nossos profissionais é a chave para o desenvolvimento do país. Precisamos garantir que o ensino superior esteja alinhado às demandas do mercado e às inovações tecnológicas, capacitando engenheiros, agrônomos e geocientistas a liderarem o progresso em suas áreas. Este encontro nos permite discutir esses desafios e buscar soluções para fortalecer ainda mais nossas profissões”, afirmou Marchese.
 

A qualidadade da educação superior foi abordada pelo engenheiro civil Carlos Longo
A qualidadade da educação superior foi abordada pelo engenheiro civil Carlos Longo


O painel teve início com a apresentação do eng. civ. Carlos Longo, que abordou a qualidade da educação superior e questionou qual seria o perfil ideal para os profissionais de engenharia, agronomia e geociências no Brasil. Em seguida, o eng. quím. Erick Braga Ferrão Galante trouxe reflexões sobre o papel do engenheiro no futuro no ambiente de defesa.
 

Engenheiro químico Erick Galante também contribuiu com o debate
Engenheiro químico Erik Galante também contribuiu com o debate


Dando continuidade às apresentações, o eng. agr. André Vicente de Sanches abordou a formação profissional frente às demandas do agro brasileiro. Sanches enfatizou a importância de métodos híbridos de ensino, que combinem práticas presenciais e à distância, especialmente em cursos voltados ao setor agropecuário, afirmando que é onde o ensino à distância tem mostrado resultados significativos.

Engenheiro agrônomo André Vicente de Sanches discorreu sobre o ensino híbrido na formação da área
Engenheiro agrônomo André Vicente de Sanches discorreu sobre o ensino híbrido na formação da área



O painel seguiu com Rinaldo César Mancin discutindo como as demandas setoriais da economia podem ser norteadoras das diretrizes curriculares da engenharia, agronomia e geociências. Mancin também trouxe uma análise sobre a gestão curricular e a necessidade de adaptação das instituições de ensino às novas exigências do mercado.

Influência das demandas da economia e a análise da gestão curricular foram tratadas por  Rinaldo Mancin
Influência das demandas da economia e a análise da gestão curricular foram tratadas por  Rinaldo Mancin 



Encerrando o encontro, Luiz Roberto Liza Cury, ex-presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE)/Ministério da Educação (MEC), apontou o elevado número de desistências entre cada etapa da educação básica e no ingresso no ensino superior. Cury explicou que esses fatores ocasionam o aumento do desemprego, prejudicando o desenvolvimento nacional.
 

Ex-presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Luiz Roberto Liza Cury fez um panorama sobre a formação do profissional da tecnologia no país
Ex-presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Luiz Roberto Liza Cury fez um panorama sobre a formação do profissional da tecnologia no país


“Precisamos refletir sobre a trajetória educacional no Brasil. Precisamos de ações concretas tanto para enfrentar a resistência à transição do ensino fundamental para o ensino médio e depois para o ensino superior, quanto para garantir que a educação profissional e tecnológica seja valorizada, com infraestrutura e recursos adequados. Agir agora é crucial para evitar mais exclusão e desemprego no Brasil”, enfatizou Cury

Reportagem: Brenda Moraes (Crea-MT)
Edição: Julianna Curado (Confea) 
Equipe de Comunicação da 79ª Soea
Fotos: ArtFoto Produtora/Confea