Com evolução permanente, Contecc chega à 10ª edição na 79ª Soea

Contecc

 

Com a proximidade da 79ª Semana Oficial da Engenharia e Agronomia (Soea), a ser realizada de 7 a 10 de outubro, em Salvador, aumenta a expectativa pela participação de estudantes, professores e de profissionais da Engenharia, da Agronomia e das Geociências na décima edição do Congresso Técnico-Científico da Engenharia, Agronomia e Geociências – Contecc. “Após a aprovação do edital e das normas, em 24 de abril, o envio dos trabalhos segue a todo vapor, e o prazo termina em 31 de julho”, comenta o coordenador adjunto da comissão organizadora do Congresso, eng. Luiz Lucchesi. Veja a página do Congresso para maiores informações sobre as inscrições.

Coordenador adjunto da CT Contecc, conselheiro federal Luiz Lucchesi
Conselheiro federal Luiz Lucchesi

“É o Congresso Técnico-Científico, a sigla é TECC, ou seja, aborda a questão técnica e aborda a questão científica. É bem-vindo o trabalho acadêmico, e também o trabalho técnico, a experiência técnica”, afirma o engenheiro Francisco Araújo.

Já em sua primeira edição, realizada em Teresina, em 2014, “debaixo de um pé de manga, não existia espaço”, conforme relata o coordenador da comissão organizadora daquele congresso pioneiro, o ex-conselheiro federal e professor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) José Geraldo Baracuhy, o Contecc mostrava a disposição dos profissionais, docentes e acadêmicos de todo o país para compartilhar e dar visibilidade a suas experiências e pesquisas. “O Contecc superou todas as expectativas”, afirma. Entre os cerca de 24 premiados anualmente, desde aquela 71ª Soea, cerca de quatro mil participantes apresentaram suas propostas e iniciativas em banners e outros formatos de apresentação ao longo das próximas edições.

Especialista José Geraldo Baracuhy
ex-conselheiro federal José Geraldo Baracuhy

“O cara que está no dia a dia com aquela dificuldade constrói a solução. Tem vários macetes que o engenheiro constrói na sua vida profissional e cuja experiência ele não tem oportunidade de divulgar”, aponta o engenheiro José Geraldo Baracuhy como oportunidade para que os profissionais de campo possam também apresentar seus trabalhos.

É o caso do engenheiro mecânico Júlio Surreaux Chagas. Na Soea de Maceió, em 2018, ele apresentou um dos 577 trabalhos selecionados, ao participar pela quinta vez do Contecc, então como conselheiro da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica e Metalúrgica do Crea-RS. O trabalho teve como tema: “Metodologia de Pesquisa de Vazamentos em Redes de Distribuição de Água Através das Pressões Manométricas”. Confira matéria do Crea-RS. Do regional alagoano, resgatamos o registro da participação do estudante José Guilherme Oliveira e do professor Jesimiel Pinheiro, do Instituto Federal de Alagoas – Campus Palmeira dos índios, na Soea anterior, em Belém. O trabalho versava sobre o “Impacto de itens omissos em orçamentos de obras públicas: estudo de caso de creche/escola de educação infantil padrão FNDE”.

“Precisamos mostrar ao profissional que o Contecc é um fórum que permite a integração da sociedade com o Sistema”, reforça Luiz Lucchesi.

Do Ceará, o geógrafo aposentado Raimundo Renato Gomes (In Memoriam) apresentou um estudo sobre a importância de se “Preservar o meio ambiente e garantir a manutenção dos recursos naturais”. De Campo Grande-MS, o então acadêmico de Engenharia Elétrica da UFMS Matheus Alves Floriano apresentou dados sobre a pesquisa “Eficiência Energética em Iluminação de Ambientes: otimização da iluminação pública através do LED”.  Dentre os premiados, os estudantes de engenharia civil da Universidade Anhanguera – Uniderp-MS Paulo Eduardo Teodoro, Diego Antonio e Diego Souza Charbel e ainda os professores Matheus Piazzalunga Neivock (IFMS) e Sidiclei Formagini (UFMS) que apresentaram o trabalho “Cinzas do Bagaço da Cana-de-Açúcar: alternativa para produção de concretos sustentáveis”.

“Esse conhecimento agrega para graduados até pós-doutores e para esses próprios engenheiros chãos de fábrica, reciprocamente”, considera o especialista Jorge Bitencourt.

Veja a relação completa dos participantes do Contecc de Teresina e das demais edições do Congresso. “São quatro mil trabalhos disponíveis no repositório do nosso site entre os quais cerca de 200 trabalhos premiados”, aponta o ex-conselheiro federal e professor eng. Jorge Bitencourt, que também participou da organização do Congresso em anos anteriores. Esses exemplos demonstram a diversidade dos estudos reconhecidos pelo Contecc ao longo desses 10 anos de atividades, interrompidas apenas em 2020, devido à pandemia da covid-19.

Especialista Jorge Bitencourt
ex-conselheiro federal Jorge Bitencourt

“É o único Congresso que dá espaço para esse tipo de conhecimento. Isso é o que faz a diferença no nosso Contecc”, comenta o especialista Francisco Araújo.

Saldo positivo
“São quase quatro mil trabalhos disponíveis no nosso site, que se traduzem em um legado de trabalhos prestados à sociedade. Hoje o Contecc tem sua importância reconhecida, principalmente pelos profissionais”, acrescenta o ex-conselheiro federal Jorge Bitencourt e ex-coordenador do Contecc, hoje convidado como especialista.

A exemplo de Bitencourt, o ex-conselheiro federal José Geraldo Baracuhy ratifica o atingimento dos objetivos iniciais do Congresso Técnico-Científico e que hoje foram ampliados. “A ideia principal, no primeiro momento, foi trazer este importante segmento do Sistema Confea/Crea para participar do Sistema,  a academia a qual necessita ser ainda mais valorizada pelo Sistema, de algo a mais além das participações dos conselheiros federais representantes das instituições de ensino de Engenharia e de Agronomia. Isso representa prestigiar os pesquisadores e futuros egressos da Engenharia oportunizando a estes o início do convívio entre a juventude e as pessoas mais experientes, com profissionais atuantes no mercado sob um ‘conflito’ de gerações muito positivo. Essa convivência tem dado muito certo, rejuvenescendo a Soea e divulgando o Sistema nas escolas e divulgando os trabalhos dos estudantes e dos professores”.

Conselheiro federal, ex-coordenador da Comissão de Educação e Atribuição Profissional (Ceap) e atual coordenador adjunto do Congresso, o eng. agr. Luiz Lucchesi comenta que sua atuação e a dos demais colegas, engenheiros Jorge Bitencourt, Francisco Araújo, Rosembergue Bragança, Geraldo Baracuhy e Joel Kruger, constituem um elo entre o sistema educacional e o sistema profissional da Engenharia, da Agronomia e das Geociências. “Os nomes que atualmente compõem o CONTECC, e que incluem o do ex-presidente do Confea, valorizam a história e fortalece o atual momento pelo qual passa o sistema. Temos tido muitas boas ideias, e ao mesmo tempo temos trabalhado com afinco para concretizá-las. Precisamos  arregaçar as mangas”, sustenta, apontando a perspectiva de realização do 2º Encontro Brasileiro sobre Política Educacional Superior para o Exercício Profissional da Engenharia, da Agronomia e das Geociências, sob o CONTECC durante a realização da 19ª SOEA. O 1º Encontro foi realizado ano passado na Soea de Gramado. “Já iniciamos os contatos com as comissões de educação da Câmara e do Senado. Pretendemos voltar a influenciar a pauta da educação superior do país”, acrescenta.

Reunião da CT Contecc em maio
Comissão Temática Contecc 2024

“Como professor universitário há 39 anos, sempre apoiei e incentivei o Contecc, desde a primeira edição realizada em Teresina. Em 2016, como presidente do Crea-PR que sediou a 73ª edição da Soea, e Foz do Iguaçu, impulsionamos significativamente a produção dos trabalhos e recebemos 701 inscrições, das quais 550 foram selecionadas. Na oportunidade, valorizamos o evento por meio da nossa Revista Técnico Científica, com uma edição especial com os 21 melhores trabalhos escolhidos pela comissão organizadora. Posteriormente, como presidente do Confea, continuamos a apoiar o evento, afinal, o Sistema Confea/Crea e Mútua tem contribuído significativamente com projetos de ensino, inovação e empreendedorismo. É necessário aumentarmos o investimento em educação, alicerce básico de qualquer país desenvolvido, e o Contecc incentiva a produção científica brasileira”, comenta o atual coordenador da Comissão Temática do Contecc, eng. Joel Krüger.

“Estamos certos de que com toda a experiência dos membros da Comissão Temática e especialistas convidados que teremos condições de oferecer um Contecc muito enriquecedor para o Sistema, durante a 79ª Soea, em Salvador, demonstrando toda a capacidade da formação da área tecnológica brasileira. Precisamos incentivar também a expertise dos engenheiros que estão fazendo parte do dia a dia das profissões, mas que muitas vezes estão ausentes dos congressos científicos. A convivência entre os diversos modos de exercer as nossas profissões pode contribuir para sua renovação, sua divulgação e sua permanência junto à sociedade. O Brasil precisa valorizar esse trabalho conduzido pelos profissionais, o que também se manifesta por meio do reconhecimento que incentivamos também por meio da Láurea ao Mérito, onde profissionais, empresas, entidades e instituições de ensino são valorizados anualmente pelo Sistema Confea/Crea e Mútua por suas realizações”, comenta o presidente do Confea, eng. Vinicius Marchese, destacando que esse incentivo deve ser ampliado nos próximos anos. “Vamos valorizar o Contecc”, garante.

Presidente do Confea, Vinicius Marchese

Filtro premiado, Contecc respaldado
No Contecc de 2018, em Maceió, a estudante paraense Ingrid Teles apresentou, por meio de um banner, uma experiência inovadora: um caroço de manga como filtro para água potável, acessível a populações ribeirinhas. “Hoje essa estudante é empresária desse segmento”, considera José Geraldo Baracuhy, um dos especialistas convidados pelo colegiado para a edição deste ano.

“Tinha acabado de sair da graduação de Engenharia de Produção. Foi um divisor de águas. Fizemos um filtro de madeira artesanal, utilizando o caroço de manga como matéria-prima. Hoje, essa tecnologia está em segredo industrial. Virou uma startup e estou trabalhando com o caroço de açaí. Fui premiada em Belém em 2017 pela Mútua e pela Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores), como inovação e empreendedorismo, e ganhei seis meses de incubação no Parque de Tecnologia Guamá, em Belém. E em 2018, fui convidada para estar na Soea, em Maceió. Desde lá, a minha empresa faz parte do Parque onde estamos sediados. Mudou minha vida. Sempre falo do Contecc para outras pessoas”, diz Ingrid, atualmente cursando o mestrado em Engenharia Industrial na Universidade Federal do Pará – UFPA.

Respaldada por seus participantes, em todo o país, a iniciativa do Contecc foi reconhecida inclusive pelo Tribunal de Contas da União (TCU). “Ter o reconhecimento do principal órgão de controle como algo que deixa um legado para a sociedade representa o avanço do Contecc ao longo destes anos”, comenta o ex-conselheiro federal paraibano.

Sinergia técnico-científica
“O grande diferencial do Contecc em relação aos outros eventos científicos são suas contribuições técnicas efetivas. A maioria dos eventos tem o foco apenas científico. A experiência técnica dos engenheiros é bem-vinda”, considera o especialista Francisco Araújo, que, desde 2019, passou a integrar, descontinuamente, a comissão temática do Contecc ou seu grupo técnico responsável pela avaliação das propostas encaminhadas de todo o país. “Valoriza o engenheiro chão de fábrica, que trabalha há 23 anos com a logística de uma máquina. Ele conhece aquele troço mais do que qualquer acadêmico. O acadêmico vai levantar cenários. Ele vive o cenário no dia a dia. E muitas vezes ele tem uma visão sistêmica do que faz que não está hospedada em nenhum evento e fora da academia”, reforça o especialista convidado José Geraldo Baracuhy.

Especialista Francisco Araújo
Especialista Francisco Araújo

Um extensionista com 10, 15 anos de experiência de campo tem muita coisa a apresentar que melhora a produtividade da propriedade rural, o que muitas vezes não é um conhecimento gerado na academia, considera o conselheiro federal Rosembergue Bragança

“É o Congresso Técnico-Científico, a sigla é TECC, ou seja, aborda a questão técnica e aborda a questão científica. É bem-vindo o trabalho acadêmico, com referências bibliográficas, todo o rigor científico, e também o trabalho técnico, a experiência técnica. Nós colocamos no Contecc como experiência profissional”, considera o especialista Francisco Araújo.

“O cara que está no dia a dia com aquela dificuldade constrói a solução. Tem vários macetes que o engenheiro constrói na sua vida profissional e cuja experiência ele não tem oportunidade de divulgar. Como o caso dos extensionistas, que, na Agronomia, são os que mais entendem dos ajustamentos necessários de tecnologias sociais a nível de campo. Então, o Contecc adiantou nisso daí. O engenheiro de chão de fábrica pega na massa, mas escreve pouco, é a sua cultura”, acrescentou Baracuhy, informando que em 2016, 12% dos trabalhos aprovados eram relacionados à experiência profissional. Número que chegou a quase 20% em 2023, segundo dados levantados pela Comissão Temática do Contecc.

“É o único Congresso que dá espaço para esse tipo de conhecimento, que seria rejeitado em um congresso científico. Isso é o que faz a diferença no nosso Contecc”, acrescenta Francisco Araújo. “Esse conhecimento agrega para graduados até pós-doutores e para esses próprios engenheiros chãos de fábrica, reciprocamente”, considera Jorge Bitencourt. “É mais fácil a comunicação com o acadêmico do que com o engenheiro chão de fábrica. O que o Contecc está fazendo é facilitar, demonstrar que ele pode inscrever o trabalho dele e até receber a assessoria do Contecc, se ele tiver dificuldade. O que não pode é deixar de participar dessa vitrine, disponibilizada também pela rede mundial de computadores, mas ainda pouco usada pelo engenheiro”, complementa Baracuhy. “Precisamos mostrar ao profissional que o Contecc é o seu fórum de integração com a sociedade e o Sistema”, reforça Luiz Lucchesi.

“Aí vem a importância da indexação. Porque através da rede mundial de computadores, você só consegue acessar um determinado pesquisador, um determinado engenheiro, um determinado trabalho, se houver indexação, código ISBN (Número Padrão Internacional para Livros, na tradução em português. O Código serve para identificar e individualizar publicações não periódicas)”, aponta o engenheiro Francisco Araújo. As publicações recebem classificações decrescentes A, B e C e atendem a pré-requisitos, determinados pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibicit). “Estamos preocupados em avançar nessa questão para dar maior credibilidade e visibilidade aos trabalhos”, considera Baracuhy.

“Realmente, a experiência adquirida pelo profissional das ciências agrárias, das engenharias em suas modalidades e das Geociências em sua rotina tem muito a contribuir. Um extensionista com 10, 15 anos de experiência de campo tem muita coisa a apresentar que melhora a produtividade da propriedade rural, o que muitas vezes não é um conhecimento gerado na academia. Um ex-aluno meu, produtor de café arábica, César Krohling, hoje extensionista da Emater, falou do que ele fazia na propriedade dele, pesquisas compartilhadas com outros produtores que davam sugestões. Ele se tornou um produtor rural e um grande pesquisador do café arábica capixaba, participando de muitos eventos sobre cafeicultura. Então, a gente tem que dar espaço para estes técnicos participarem porque eles têm muita coisa positiva, muita coisa que a academia muitas vezes não faz”, considera o conselheiro federal Rosembergue Bragança.

Divulgação e rito de inscrição
A divulgação do Contecc é a maior preocupação de Bragança. “Precisamos divulgar mais. Já participei da organização da Soea do Espírito Santo como conselheiro regional e vamos tentar agora aumentar a participação institucional acadêmica para a Soea do ano que vem”, considera Bragança.

Outra preocupação diz respeito a esclarecer a respeito do rito para a participação no Contecc. O acesso cadastrado ao site do Contecc é exigido para a submissão dos trabalhos. É preciso atentar para as normas do Congresso, relacionando sua estrutura; regras como a de inscrição de no máximo cinco autores para a submissão dos trabalhos; detalhes sobre a aceitação dos trabalhos, como sua originalidade; a seleção dos trabalhos por avaliadores cadastrados junto ao Sistema de Cadastramento criado pelo Congresso; detalhes sobre a seleção para a apresentação oral dos trabalhos pela Comissão Temática do Contecc; a responsabilização e outros aspectos sobre a publicação dos trabalhos, além de sua formatação e certificação.

Evolução e evasão
Para o conselheiro federal à época da criação do Congresso, José Geraldo Baracuhy, a criação do Contecc, durante a gestão do presidente do Confea José Tadeu da Silva, deve valorizar as contribuições de todos os conselheiros federais, do chefe de gabinete Paulo Grava e ainda do ex-assessor da Comissão, Roldão Lima Júnior. “Estive como observador em Gramado, o que me deu uma expectativa muito positiva porque o cenário futuro que eu pensava anos atrás teve muito mais avanços do que eu conseguia perceber, superou as expectativas”, considera.

Baracuhy destaca a “sorte” de ter o engenheiro Joel Krüger como presidente do Confea, tocando o Congresso nos últimos anos. “Ele foi o presidente de Crea que mais levou a sério o Congresso, colocando toda a equipe à disposição, talvez por ser da academia. Isso deu uma dinamizada durante sua gestão no Confea”. Ele também ressalta a importância do trabalho do funcionário do Confea eng. Roldão Lima Júnior, lamentando seu falecimento, vítima da covid-19, em 2021. “Roldão foi fundamental na escrita das normas, na organização dos procedimentos, ele construiu a forma do Contecc”, relembra.

O momento da pandemia é destacado pelo coordenador da Comissão Temática do Contecc de então, o engenheiro Luiz Lucchesi. “A pandemia fez com que as atividades cessassem, o Contecc não foi realizado presencialmente, a exemplo da Soea daquele ano de 2020. Já estávamos com as inscrições abertas, mas infelizmente não foi possível dar continuidade às atividades, no entanto, já no ano seguinte realizamos o evento de maneira virtual”, considera. “Grande parte dos trabalhos daquele ano foram incorporados a essa edição de 2021, infelizmente já sem o nosso querido Roldão”, lembra o então coordenador do colegiado, Jorge Bitencourt, que também estivera na função em 2019, além de avaliador desde 2018. 

Funcionário Roldão Lima Júnior é lembrado por sua contribuição ao Contecc
Roldão Lima, funcionário do Confea que cuidou do Contecc por anos antes de vir a falecer, em 2021

Para ele, “o Congresso ultrapassou sua visão técnico-científica, permitindo que o Sistema Confea/Crea contribuísse não só com a divulgação técnico-científica das instituições de ensino, mas hoje também, através dos seus profissionais e empresas coligadas ao Sistema. Esse foi um grande avanço, mostrando o estado da arte da tecnologia do país, dando visibilidade a como está a nossa Engenharia, Tecnologia hoje, marcadas pela inserção de novas técnicas e pelo aprimoramento das obras e serviços prestados à sociedade, especialmente em relação à energia. Isso está aparecendo bem nos trabalhos do Contecc”. Assim, complementa o coordenador adjunto Luiz Lucchesi, o Contecc vem contribuindo inclusive com a política nacional de educação.

Com contribuições para o Contecc como avaliador e ainda como integrante da comissão temática responsável por sua organização, o engenheiro Francisco Araújo considera ainda que o Congresso Técnico-Científico “tem evoluído bastante, mas queremos mais”.  Ele considera ainda que o evento “contribui também para conter a evasão acadêmica, fixando o aluno”. Para o especialista, “abordar o congresso com simplicidade faz com que o aluno se sinta empoderado, orgulhando-se de ter um trabalho aprovado no Contecc”, descreve. “Isso também é uma forma de incentivar a fixação do aluno, reduzindo a evasão”, ressalta. 
 

Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea
Fotos: acervo Confea