CNA participa de discussões da comissão temática de Crédito Rural

Participaantes da reunião da Comissão Temática de Crédito Rural e Assistência Técnica
Participaantes da reunião da Comissão Temática de Crédito Rural e Assistência Técnica

Brasília, 9 de agosto de 2024.

O assessor técnico da Comissão Nacional de Política Agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) Guilherme Rios, participou da terceira reunião ordinária da Comissão Temática de Crédito Rural e Assistência Técnica, nestas quinta e sexta-feira (9/8), no Confea. Contando com uma ampla gama de especialistas convidados, a principal preocupação é em oferecer garantias para a mitigação de riscos no acesso ao financiamento e ao seguro rural. 

“Está superando as nossas expectativas. Partimos do trabalho do ano passado, conduzido pelo conselheiro Daniel Galafassi, que agora atua como especialista, e agora estamos nos direcionando para o resultado prático, buscando incentivar também o aperfeiçoamento profissional por meio das atividades do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – CNA/Senar), que se soma às empresas de assistência privada e ao setor público”, considera o coordenador da comissão, conselheiro federal eng. Álvaro Bridi. Em conjunto com a Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confeab), o Confea e o Senar também vislumbram a possibilidade de formatar a participação dos egressos dos cursos de Agronomia junto ao Programa de Assistência Técnica (ATeG).

“A CNA conhece muito bem como é a demanda, o Senar também presta assistência técnica aos produtores rurais, isso possibilita que quando o financiamento esteja assistido, a possibilidade de sucesso aumente bastante, mitigando riscos. A ideia é fazer um processo mais inclusivo para que um número maior de produtores rurais possa estar tendo acesso ao financiamento. Assim, há uma maior possibilidade de o produtor ter acesso aos recursos que os bancos disponibilizam, inclusive de seguro. O produtor bem assistido oferece segurança aos bancos. A taxa de produtores que recorrem ao Pro-Agro por perdas é alta. De um modo geral, em função, principalmente, da falta de um profissional para dar assistência técnica”, ressalta o conselheiro federal, destacando que a atuação da CNA envolve as federações de agriculturas e sindicatos rurais de todo o Brasil. 

Bridi informa que apenas 20% dos produtores rurais contam com a devida assistência técnica rural. “O mercado tem condições de inserir no mercado cerca de 30 mil novos postos de trabalho de profissionais da engenharia agronômica, florestal, de pesca e engenharia agrícola, conseguindo assim dar assistência técnica a uma massa de produtores rurais desassistidos. Será uma relação de ganha-ganha onde a mitigação de riscos possibilitará que mais produtores possam ter acesso aos financiamentos”, descreve. 

Formada ainda pelos conselheiros federais eng. Nielsen Chistiannni Gomes e José Gomes Fragoso Neto (coordenador adjunto) e pelos especialistas Jackson Damião Pontes e Fábio Freixo Brancato, a Comissão contou como convidados com Maycon Macedo Braga, Eduardo Bianconcini Teixeira e Burguivol Alves de Sousa, a Comissão tem ainda como convidados os engenheiros agrônomos José Renato Catarina Ribeiro, Daniel Galafassi, Clayton Correa de Almeida e José Henrique da Silva.

Conselheiro Álvaro Bridi (à esq.) considera os avanços mantidos pela comissão
Conselheiro Álvaro Bridi (à esq.) considera os avanços mantidos pela comissão


 

“Continuamos avançando no sentido de consolidar os resultados. Produzimos um material para encaminhar para o ministério da Agricultura, entre elas, sugestões aprovadas em plenário para o Plano Safra 2025”, cita Bridi, lembrando que o grupo esteve reunido, em maio, com o diretor de Política de Financiamento ao Setor Agropecuário do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wilson Vaz de Araújo. “Sugerimos contemplar o acompanhamento e assessoramento técnico dos projetos executados pelos agricultores. Isso é importante porque estudos mostram que projetos com esse suporte técnico apresentam maior efetividade e eficiência, atendendo melhor às necessidades do público”, considerou o conselheiro Nielsen Chistianni à época. “Temos ainda um ano para sugerir esses ajustes ao Plano Safra”, acrescentou durante esta reunião mais recente.

ART
Outra proposta de alterar o formulário da ART para incluir o campo Crédito Rural foi apresentada na reunião anterior da Comissão Temática. “A proposta já está sendo conduzida junto à Comissão de Organização, Normas e Procedimentos (CONP), já passou pela Ceap. Seria um grande avanço para especificar, identificando se a ART é de Crédito Rural ou não, o que pode dar mais segurança. Vamos ter condições de identificar se aquela célula é para financiamento ou não, o que representa uma demanda para o profissional da engenharia estar elaborando o projeto”, diz Bridi.

Assessorada pela analista Ana Carolina Brito, a Comissão Temática de Crédito Rural pretende fazer reuniões com o Banco do Brasil e com o Banco do Nordeste, além da rede de cooperativas formada pela Sicob, Sicred e Cresol. “O Banco do Brasil responde por cerca de 60% dos financiamentos agropecuários”, ressalta o coordenação da comissão temática.

Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea

Fotos: Gabriela Arruda/Confea