Seminário reúne centenas de participantes em debates sobre ética profissional em licitações e meio ambiente

Campo Grande, 18 de novembro de 2015.

Com a participação de centenas de profissionais e estudantes da capital, do interior e de outros Estados, a Comissão de Ética Profissional do Crea-MS promoveu no dia 10 de novembro, o Seminário de Ética Profissional na Engenharia e Agronomia. Foram três palestras que abordaram o Código de Ética Profissional da Engenharia, Agronomia, Meteorologia, Geografia e Geologia, princípios éticos nas relações contratuais e processos licitatórios e ética nas questões ambientais.

O seminário integrou as ações desenvolvidas neste ano pela Comissão de Ética com o objetivo de fomentar o conhecimento e debates sobre o Código de Ética Profissional da Engenharia, Agronomia, Geografia, Geologia e Meteorologia.

Ética no Sistema Confea/Crea foi a primeira palestra ministrada no encontro pelo coordenador nacional das Comissões de Ética, eng. eletr.  e de Seg. do Trab. Jovanilson Faleiros Freitas. Código de Ética,  procedimentos para condução de processo ético e o trabalho desenvolvido pela Comissão Nacional foram apresentados pelo coordenador. “A ética é um conceito único e essencial dentro de nossa formação. Bons profissionais é que dão credibilidade à sociedade”, disse o coordenador em sua apresentação, ao afirmar ainda que o objetivo da ética é valorizar o bom profissional.

Outro ponto bastante  atual envolvendo obras e serviços da Engenharia e que foi abordado pelo bacharel em direito, Nilvaldo Azevedo, diz respeito a  princípios éticos nas relações contratuais e processos licitatórios. Neste contexto, Azevedo diz que a ética profissional é um processo público e de responsabilidade de todos. O homem é sempre responsável por suas ações e omissões.

A última palestra abordou um tema bastante atual: ética nas questões ambientais e  foi ministrada pelo engenheiro agrônomo e superintendente de Ciência e Tecnologia  da Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação Renato Roscoe. “Nós, enquanto sociedade, decidimos que o meio ambiente é importante e, por isso, devemos preservá-lo”, disse Roscoe ressaltando que a questão ambiental está como pressuposto das ações profissionais no Código de Ética.

Ele destacou a responsabilidade dos profissionais na desmistificação de temas atuais, como por exemplo, a aplicação de agrotóxicos.  “Há todo um trabalho técnico e científico e normas de utilização desses produtos que fazem com que a gente tenha segurança para que esse alimento chegue seguro na mesa das pessoas. Por isso, como profissionais, devemos utilizá-los da forma tecnicamente aceitável  e, ainda como técnicos,  temos que esclarecer a sociedade sobre os riscos que ela está exposta”, disse, afirmando que a produção de alimentos precisa crescer 60% até 2050 e, que isso não ocorrer, a escassez de alimentos deverá ocasionar mortes. “Eticamente podemos deixar isso acontecer? -  questionou.  Há sempre esse conflito em questões antagônicas, mas que caberá a sociedade decidir e, uma vez decidido, passa a ser um princípio ético”, pontuou.

De acordo com o coordenador da Comissão de Ética, eng. agr. Bruno Tomasini, a adesão de centenas de participantes foi bastante surpreendente e, em parte, creditado à atualidade dos temas abordados nas palestras.

Ainda segundo ele, a população está cada dia mais consciente de seus direitos e, portanto, profissionais que infringirem o Código de Ética estão sendo cada dia mais denunciados. “Durante este ano, nossa missão foi disseminar a discussão sobre ética, saindo do âmbito institucional e fazendo-a chegar até as instituições de ensino de todo o Estado. Somente neste ano, ministramos palestras para mais de 1.500 pessoas. Acreditamos ainda, que desta forma, possibilitamos o conhecimento não apenas sobre o  Código de Ética, mas de todo o Sistema Profissional”, ressaltou.

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Janine Gonzalez de Paula | Setor de Comunicação do Crea-MS