Petrobrás mostra seus projetos de responsabilidade social e ambiental

Vitória (ES), 30.11.2005

O conferencista Jorge Luiz Nogueira, que participou das atividades da manhã de ontem na SOEAA, trouxe para o público um pouco das experiências que presenciou na Petrobrás, apontando estratégias e projetos desenvolvidos pela empresa. Segundo ele, a partir de 2003, com a revisão do Plano Estratégico, a visão da companhia mudou. As questões relacionadas à responsabilidade social e ambiental assumiram papel de destaque na companhia. “As experiências da empresa mostram que a organização pode e deve sair do seu casulo e gerar empregos, renda e inclusão social, garantindo a sustentabilidade financeira através das suas próprias tecnologias. É um trabalho onde há a união dos interesses das empresas, do país, dos aspectos sociais e ambientais. Se as empresas não investirem nas comunidades que estão em seu entorno, podem colocar em risco um trabalho de anos, às vezes até de décadas”, sentenciou. Para o representante da Petrobras, investir no social não é assistencialismo, nem benevolência, é questão de sobrevivência no mercado. Ele defende a idéia de que as empresas têm que dar atenção aos seus públicos - sociedade, empregados, fornecedores, clientes e acionistas -  pois são eles que dão sustentação aos negócios da organização. Durante sua exposição, o conferencista destacou dois grandes programas da Petrobrás. Confira:

Petrobras Fome Zero – Tem foco na responsabilidade social. Envolve projetos de geração de emprego e renda nas regiões mais carentes do país, inclusive em locais nos quais a empresa não possui atividade.

Petrobras Ambiental – A primeira fase do programa, que é voltado para o desenvolvimento ambiental, terminou em 2004. Foram realizados cerca de 30 projetos com investimento aproximado de R$ 40 milhões.  

Mudança na concepção das empresas e dos profissionais
Hoje, as empresas que se preocuparem apenas com o lucro, estão sujeitas aos passivos ambientais e a aniquilação do mercado. A afirmação do conferencista sinaliza para a idéia de que as empresas têm que reconhecer que o lucro não é o único motor do seu desenvolvimento. É preciso enfocar o desenvolvimento social e ambiental para, no mínimo, conseguir preservar o mercado.

Nogueira também alertou para outro desafio a ser superado: humanizar a tecnologia para a maior parte das pessoas. Nesse caso, ele destacou a necessidade de humanizar os currículos das profissões da área tecnológica. “Os profissionais dessas áreas tem uma visão utilitária e são mais preocupados com o resultado primário do produto, com o uso imediato dele. A tendência das ciências exatas é encontrar respostas absolutas para todas as perguntas enquanto as ciências humanas tira o racionalismo da decisão. O profissional da ciência e tecnologia não foi preparado para conviver com as características humanas do resultado do seu trabalho”, reafirma.

Atribuições importantes para empresas que buscam a Inclusão Tecnológica e Social :
- Assumir sua co-responsabilidade pelo presente e futuro do planeta
-Mudar o modelo de pensar e de gerir o negócio, buscando o equilíbrio entre as variáveis econômicas, sociais e ambientais
-Canalizar o grande poder das organizações para acelerar o processo de transformação social reduzindo desigualdades e promovendo inclusão
-Atuar numa perspectiva inter-institucional – comunidade científica, governo e instituições da sociedade civil, empregando a tecnologia a serviço do desenvolvimento social
-Contribuir para a difusão de tecnologias social e ambientalmente sustentáveis
-Fomentar o desenvolvimento de tecnologias sociais

Fonte: Informações do conferencista