Equipe Star Bots Votu se prepara para torneio mundial de robótica

Brasília, 14 de março de 2025.

fllcoletiva.jpeg
Equipe Star Bots Votu


Considerado o maior torneio de robótica do mundo, a FIRST® LEGO® League Challenge (FLL) acontece em mais de 90 países e, no Brasil, é realizado em duas fases: etapas regionais e a etapa nacional, que ocorrerá de 15 a 17 de março no CICB, em Brasília (DF).  Neste ano, a equipe Star Bots Votu, de Votuporanga (SP), conta com o apoio do Crea-SP e do Confea para disputar a competição. O time tem um diferencial importante: é o único projeto social de robótica presente na FLL.

Nos dias que antecederam o evento, os participantes utilizaram as instalações do Confea como base para treinamentos, o que permitiu ao site do Federal conhecer mais sobre a trajetória do projeto.
 

otavio.jpeg
Otávio Martins Candeiro


A equipe nasceu da iniciativa da professora Isabel Motta e dos então alunos Otávio Martins Candeiro e João Lucas Passos Mota, que hoje, aos 25 anos, atuam como mentores do grupo. Otávio relembra que, aos 15 anos, estudava no Sesi, onde Isabel lecionava. "Ela tinha os contatos necessários para dar início ao projeto, e eu tinha o conhecimento técnico em robótica para ensinar. Assim, formamos essa dupla para colocar a ideia em prática", conta.

Para ele, a participação no projeto foi determinante para sua trajetória profissional. "O projeto me trouxe aprendizados valiosos, não apenas técnicos, mas também humanos, como o trabalho em equipe. Ele vai muito além da robótica, é algo multidisciplinar e inclusivo”, destaca.

Robótica transforma vidas

João Lucas Passos Mota


João Lucas lembra que seu primeiro contato com a robótica aconteceu no ensino fundamental, aos 11 anos. “Eu achava a escola monótona, não tinha amigos, e a robótica despertou meu interesse. Além de aprender, ela me ajudou a socializar e fazer amizades. Hoje, atuo como monitor do projeto, compartilhando meus conhecimentos e acolhendo novas crianças”, relata.
Ele também destaca como o projeto influencia os participantes. “A grande maioria dos ex-integrantes seguiu carreira na engenharia. Estar na etapa nacional motiva ainda mais os jovens a colocarem os conhecimentos em prática”, diz.
 

Matheus Bianchini 


Atualmente, a equipe é liderada por Matheus Bianchini , que está no projeto há sete anos. “Sou muito grato por tudo o que a robótica me proporcionou. Graças a ela, conquistei uma bolsa de estudos em uma escola particular e adquiri uma bagagem significativa em áreas como programação e montagem. Isso foi fundamental para minha decisão de seguir carreira na engenharia mecânica”, conta.

Inspirando futuras gerações
 

Letícia Camargo da Silva


Letícia Camargo da Silva, 17 anos, também encontrou sua vocação na Star Bots Votu. “Antes, eu não tinha certeza sobre qual carreira seguir. A robótica me ajudou a entender mais sobre automação e eletricidade, e hoje decidi prestar vestibular para engenharia aeronáutica”, revela.Quando questionada sobre suas inspirações, Letícia destaca as mulheres que participam das competições de robótica. “Ver como elas conciliam faculdade, carreira e campeonatos me motiva a seguir em frente”, afirma.
 

mariana.jpeg
Mariana Padilha Caporaline


Já Mariana Padilha Caporaline, 12 anos, começou no projeto há três anos, movida por sua paixão pelo Lego. “No primeiro dia, já construí o robô base e ficou claro que gosto de montar, projetar e estudar o centro de massa. Certamente vou seguir na área de engenharia na graduação”, diz.

Com o apoio do Crea-SP e do Confea, a Star Bots Votu leva ao torneio mais do que robôs: leva histórias de superação, aprendizado e transformação social, provando que a tecnologia pode mudar vidas.

Leia mais:
Confea apoia jovens talentos de robótica rumo à competição nacional