Brasília, 14 de novembro de 2024.
A comitiva do Sistema Confea/Crea marcou presença na Green Zone da COP29, em Baku, Azerbaijão, na quarta-feira (13). Em parceria com o Ministério do Turismo, os representantes do Sistema conduziram um painel que discutiu o papel crucial dos engenheiros, agrônomos e geocientistas na mitigação das mudanças climáticas e na promoção de práticas sustentáveis.
A engenheira civil Adriana Falconeri, presidente do Crea-PA, iniciou o painel falando sobre a necessidade de a engenharia ocupar uma posição de destaque nas discussões climáticas. “Nós precisamos estar no palco de decisão. A engenharia está presente em muitas áreas, na internet, comunicação, eventos, mobilidade, transporte, segurança alimentar e qualidade dos produtos do agronegócio. Como o maior conselho profissional da América Latina, não poderíamos deixar de estar presentes no maior evento climático do mundo”, afirmou Adriana. Sua fala ressaltou, a abrangência do trabalho dos profissionais do Sistema Confea/Crea e a relevância de suas contribuições para um futuro sustentável.
No painel, o conselheiro da Sociedade Brasileira de Meteorologia (Sbmet) Lúcio Souza compartilhou sobre a importância da meteorologia na adaptação e resiliência climática, destacando como essa ciência é essencial para prever e abrandar eventos climáticos extremos. O meteorologista enfatizou que o setor de Engenharia e Ciências Geográficas tem uma função estratégica ao proporcionar dados e soluções técnicas, que auxiliam políticas de adaptação às mudanças climáticas.
Já o conselheiro federal e engenheiro florestal Nielsen Christianne focou em como a engenharia florestal contribui para o equilíbrio ambiental e a proteção da biodiversidade. “Nossas intervenções devem ser cada vez mais pautadas na sustentabilidade”, ressaltou, reforçando a responsabilidade dos engenheiros e geocientistas em adotar práticas que respeitem o meio ambiente. Ele destacou ainda que a participação em eventos, como a COP29 é uma oportunidade para os profissionais do setor entenderem a magnitude da crise climática e a necessidade de soluções integradas.
O vice-presidente do Crea-PA, engenheiro de controle e automação Everton Rugerri, abordou a ação da engenharia elétrica e do setor energético na transição para uma economia de baixo carbono. Ele mencionou que o Brasil tem avançado na geração de energia distribuída, regulamentada pela Lei 14.300/2022, mas alertou que o país precisa progredir na legislação para incorporar novas tecnologias, como o hidrogênio verde. Everton ressaltou que “enquanto o Brasil está preparado para sediar eventos sustentáveis com energia renovável, países como Noruega, Dinamarca, França e Alemanha já estão adiantados na transição para o hidrogênio verde.” O vice-presidente enfatizou que um dos principais tópicos da COP29 é o financiamento climático, para implementar tecnologias renováveis, com trilhões de dólares sendo investidos globalmente.
O painel promovido pelo Sistema Confea/Crea reforçou a importância da atuação dos engenheiros, agrônomos e geocientistas brasileiros na arena climática global. O evento na Green Zone da COP29 foi uma oportunidade para o Brasil se alinhar às práticas sustentáveis e entender as demandas internacionais, buscando estratégias para cumprir os acordos bilaterais e multilaterais sobre mudanças climáticas.
Assessoria de Comunicação do Crea-PA