1º Seminário de Fiscalização dos Creas da região do Matopiba teve início nesta terça

Salvador, 16 de novembro de 2021.


Foi iniciado na manhã desta terça-feira (16), o 1º Seminário de Fiscalização em Agronomia dos Creas da região do Matopiba, em Barreiras. O evento acontece até esta quarta (17), onde estão sendo discutidas as experiências das fiscalizações dos Creas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. O evento conta ainda com representantes dos Creas Goiás, Pará e Distrito Federal.

O presidente do Crea-BA, engenheiro agrimensor Joseval Carqueija, afirmou que o seminário tem como objetivo promover a troca de expertises para garantir maior produtividade da fiscalização entre os Creas. “Um empreendimento de agronegócio, por exemplo, tem muito mais informações do que aquelas apenas relacionadas à agronomia. Então nesta oportunidade serão discutidos os procedimentos de fiscalização de cada estado, pois o nosso objetivo é alinhar para que a fiscalização seja orientativa e os produtores não tenham receio em receber nossas equipes. Reunindo os Creas do Matopiba, temos a possibilidade de padronizar essa fiscalização, mantendo contato constante”, observa.

A abertura do evento contou com a presença de Oziel Oliveira, diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), que destacou a importância do trabalho conjunto com os Creas, ” o evento é fundamental para o Oeste pois o Matopiba tem um potencial muito grande para  o agronegócio brasileiro.  Temos uma parceria muito forte com o Crea, fazendo uma articulação com os  técnicos e  engenheiros que fazem toda a parte de fiscalização e, desta forma, tanto a ADAB quanto o Crea podem dar uma grande contribuição para o desenvolvimento regional”, destacou.  Ele ressaltou também  a importância do agronegócio para economia da Bahia e, especialmente, da região Oeste onde é feita o que chamou de uma “indústria de campo aberto”. Oziel considerou ser fundamental  a participação desenvolvida pelo  Crea seja no campo ou na construção das  unidades industriais e na modernização das  cidades. “Estou pronto para realizar, juntamente com o Crea, as parcerias necessárias para consolidar a fortalecer cada vez mais o Matopiba, essa região que vem contribuindo muito para o desenvolvimento do Brasil”, finalizou Oliveira.

Já Moisés Schimidt, vice-presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA), destacou a importância do agronegócio para a geração de emprego e renda, além de ser responsável por alimentar a população. Outra presença na mesa foi de Maurício Mayer, inspetor-chefe do Crea-BA em Barreiras e presidente da Associação dos Engenheiros do Oeste (Asseob), que destacou caráter mais participativo e mais próximo dos profissionais da atual gestão do Conselho. O segundo diretor financeiro do Crea-PI, eng. agr. Antônio José Sales também compôs a mesa representando o presidente Ulisses Filho.

Mauricio Mayer, Izabel Ceron, Joseval Carqueija, Oziel Oliveira, Moises Schimidt e Paulo Baqueiro
Mauricio Mayer, Izabel Ceron, Joseval Carqueija, Oziel Oliveira, Moises Schimidt e Paulo Baqueiro

Palestras

Dando um panorama geral do funcionamento da região, o engenheiro agrônomo e ex-conselheiro do Crea-BA, Paulo Baqueiro, iniciou a rodada de palestras explicando a importância socioeconômica e cultural do Matopiba para o Brasil: “De acordo com o IBGE, em 2010 já tínhamos cerca de 6 milhões de habitantes. As pessoas enxergam essa região como promissora”.

Ele explicou que 19% da área é legalmente voltada para a agronomia, que impulsiona todo o Matopiba, “por isso, o fluxo migratório para essa região é tão forte. São 337 municípios, que hoje contém em sua formação desde comunidades indígenas e quilombolas a grupos que viram nesse espaço a possibilidade de ingressar na agronomia e melhorar a qualidade de vida de suas famílias”, destacou.

Na oportunidade, Moisés Schimidt apresentou o trabalho da AIBA, que tem 31 anos de formação.  A associação tem como objetivo fomentar e fortalecer o agronegócio baiano, “trabalhamos em favor dos profissionais do agronegócio no estado da Bahia, mantendo a forma de produção nessas áreas alinhadas com a sustentabilidade. É preciso entender que que o produtor está esperando orientação para o próximo passo. Queremos trabalhar junto ao Crea para isso”, reforçou Schimidt.

O fiscal agropecuário da ADAB, Genildo Ribeiro, fez um rápido panorama da Agência, destacando seu papel na região do Matopiba, “a Adab trabalha ativamente no controle e inspeção de produtos de origem agropecuária”.

Estudo de Caso
Daniel Mota, supervisor de Fiscalização da Região Oeste do Crea-BA, iniciou os trabalhos no período da tarde, falando sobre a importância da parceria entre os estados e na uniformização de procedimentos. “Neste evento, a ideia é destacarmos as semelhanças e diferenças para fazermos os devidos ajustes e poder realizar um trabalho melhor, unificado”, enfatiza.

A primeira etapa do estudo de caso constitui, segundo Mota, na construção e revisão do checklist do Produtor rural. “Faltaram itens que já estão sendo revistos para que disponibilizemos o conteúdo no nosso site para conhecimento de todos”. Ele também falou sobre a importância de instruir o produtor rural, destacando o papel importante da Aiba.

Mota destacou ainda o trabalho em campo previsto para 2022 e a utilização do checklist do produtor nas operações, “faremos forças tarefas, treinamentos com os fiscais para que possam se inteirar sobre o que está sendo proposto”, revela. Ao final da palestra, o fiscal separou os participantes em grupo para análise do estudo de caso apresentado. Ao final, cada Crea apresentou suas considerações.

Relatórios de Fiscalização
Os relatórios de visita referentes aos produtores rurais da região do Matopiba em 2021 foram discutidos durante o encontro. Segundo Pedro Vaz, agente de fiscalização do Crea-PI, algumas ferramentas são fundamentais para a informatização dos dados coletados, de forma a otimizar o processo de identificação e comprovação das irregularidades que envolvem as atividades técnicas pertinentes a empreendimentos. “Nós do Crea-PI montamos uma delegação dentro do nosso Conselho de Fiscais para que pudéssemos informatizar as informações colhidas em campo. Além daquela fiscalização rotineira e de verificação das atividades de Engenharia e Agronomia, é necessário realizar o cadastramento das empresas, tendo em vista que esse material coletado também será útil para realizarmos o mapeamento do ciclo de atividades que serão realizadas em cada região.”

Para Daniel Mota do Crea-BA, os Conselhos Regionais precisam desenvolver novas estratégias para otimizar as ações de fiscalização. Na oportunidade, ele exemplificou a dificuldade existente na utilização do Sitac pelos Creas na coleta de dados e informações referentes às atividades e/ou serviços que estão sendo realizados de forma infratora. “A nossa preocupação é gerar documentos que são efetivos e regularizados.”

Ainda sobre o assunto, Viviane Riveros, gerente de fiscalização do Crea-TO, colocou em pauta o desenvolvimento de relatórios através de aplicativos como o Collector e pela utilização de ferramentas digitais como tablets. Ela ainda ressaltou a importância sobre captar dados dirigidos ao segmento agronômico de propriedade rural, além das evidenciar as dificuldades que são enfrentadas pelos agentes fiscalizadores. “O Crea-TO busca com esses relatórios sanar algumas das dificuldades que são identificadas por esses agentes, a exemplo da falta de informação ou até mesmo de fornecimento dos documentos necessários para identificar irregularidades.”

 Coordenador, supervisores e fiscal do Crea-BA em destaque
Coordenador, supervisores e fiscal do Crea-BA em destaque

Comunicação Crea-BA