Engenheiro civil classista e engajado em causas sociais, Francisco Assis Portela (4/10/1922 – 17/11/2011) foi um profissional que se dedicou à Engenharia por 57 anos, dos 89 vividos.
Filho de Pedro Nolasco Portela e Ana Maria Portela, Francisco nasceu e foi criado em Salvador (BA). Casado com a economista Maria Gonçalves Guimarães Portela, criou e educou dois filhos: Ana Maria Portela, hoje pedagoga, e Francisco Assis Portela Filho, que seguiu a mesma profissão do pai.
Na capital baiana, iniciou carreira no magistério em 1947, ministrando aulas no Ensino Industrial, da Escola Técnica Federal de Salvador. Na década seguinte, já em Manaus (AM), cidade na qual viveu e trabalhou, Francisco atuou no setor público como engenheiro do 1º Distrito Rodoviário do DNER-Amazonas. Entre 1956 e 1967, chegou à diretoria do Departamento de Estradas de Rodagem do Amazonas (DER-AM).
Ainda no serviço público, o especialista em Pavimentação Rodoviária, pelo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, assumiu a Secretaria Municipal de Obras da Prefeitura de Manaus, entre 1971 e 1972, chegando à Secretaria de Estado e Obras do Governo do Estado do Amazonas no ano de 1973.
Já no setor privado, esteve à frente, enquanto sócio, da fundação da Certam Comércio e Engenharia, empresa pioneira no Estado do Amazonas na construção de empreendimentos habitacionais, em conjunto com o extinto Banco Nacional de Habitação (BNH). Com a criação da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), a Certam executou obras de grandes galpões industriais para atender demandas da época. Outra empresa fundada pelo engenheiro civil foi a F.A. Portela & Cia Ltda., do segmento de distribuição e comercialização de materiais de construção.
Paralelamente à atuação profissional, Francisco desenvolvia atividades associativas. No Sistema Confea/Crea, foi sócio-fundador em 1967 da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Amazonas (AEAA), que tem por objetivo incentivar o progresso da Engenharia, congregar profissionais dos diversos ramos e defender os interesses da classe. “Ele era atuante nas reuniões da associação”, conta Francisco Assis Portela Filho, ao lembrar que o pai sempre esteve engajado no desenvolvimento de atividades técnicas, divulgando os avanços da Engenharia na região.
Como agradecimento à contribuição do engenheiro civil para o fortalecimento do Sistema, o Crea-AM prestou homenagem ao profissional em 2004, durante as comemorações dos 30 anos do Conselho Regional.
Reconhecido também pelo perfil de cidadão comprometido com ações sociais, Francisco trabalhou na fundação da Filial da Cruz Vermelha Brasileira no Estado do Amazonas na década de 1980. “Além de sócio-fundador, ele também foi presidente da instituição. Era um trabalho completamente voluntário”, lembra, com orgulho, Francisco Filho.
Equipe de Comunicação do Confea