Maceió, 16 de março de 2011.
À partir do que escutou e do que viu, a equipe de profissionais que compõem a ONG começou a montar o dignóstico urbano social de cada município e que já está sendo considerado como um material extremamente eficiente e que vai comprometer o governo na reconstrução e refazimento das cidades que margeiam os vales do Mundaú e Paraíba.
A arquiteta Thaís Polydoro, que supervisionou os trabalhos do Instituto, mostrou a metodologia empregada com a utilização do processo de envolvimento das pessoas que falaram das suas necessidades. “Foram feitos vários encontros comunitários para saber das idéias da população que foi vitimada pela enchente e a possível realização dos seus sonhos”, explicou. Segundo a arquiteta, o grande referencial para a maioria dos moradores é não voltar a morar próximo às áreas atingidas pela cheia.
Durante a apresentação do relatório, a ONG mostrou slides com impacto da enchente e os pontos degradados das cidades. Outro detalhe considerado importante foi a falta de comunicação entre os gestores do município e a população uma vez que alguns projetos realizados pela prefeitura não tem conhecimento popular. Após a apresentação dos diagnósticos, representantes das cidades de Quebrangulo, Paulo Jacinto, Capela e Cajueiro, receberam os relatórios entregues pelo presidente do Crea-AL, Aloísio Ferreira, com a recomendação de que os municípios alagoanos precisam montar suas equipes técnicas para nortear as demandas e concretizar projetos em benefícios dos moradores.
Estavam na platéia acompanhando a exposição do relatório o deputado Judson Cabral(PT) e o engenheiro agrônomo Guilhermo Hernandez, representando a Secretaria de Desenvolvimento e Planejamento do Estado. Hernandez confessou que ficou assustado com a quantidade de ritos e exigências que o Estado é obrigado a seguir para a captação de alguns recursos vindos dos Ministérios para dar continuidade às obras de reconstrução. Elogiou o diagnóstico e disse que o caminho, a diretriz e o alicerce já está construído.
Fonte: Crea-AL