Cnceee propõe proibição para registro de técnicos de ensino a distância e semi-preferencial

Brasília, sexta-feira, 15 de março de 2002. Os cursos técnicos realizados por ensino a distância (EAD) e semi-preferencial foram uma das preocupações levantadas pelas Coordenadorias de Câmaras Especializadas de Engenharia Elétrica (Cnceee), no último dia da reunião nacional realizada em Brasília desde 13 de março. A Coordenadoria encaminhará uma recomendação aos Creas, para que nenhum deles conceda registro de atribuições a qualquer técnico da área de Engenharia Elétrica formado por esses dois sistemas.A Coordenadoria recomendará aos Creas que aguardem o posicionamento do Confea através de resolução ou decisão normativa sobre o registro das escolas que ministram esses cursos e formam esses técnicos, incluindo a composição e qualificação de seus quadros de professores, existência de laboratórios e a realização de estágio profissional definindo as respectivas atribuições.Outra discussão abordada pela Cnceee foi o exercício profissional do tecnólogo e seu registro nos Creas. A Coordenadoria solicitará à Comissão de Exercício Profissional (CEP) que prorrogue o período para a análise do anteprojeto de resolução de 14 de dezembro de 2001, que dispõe sobre o assunto. Com a dilatação do prazo será solicitado às Câmaras Especializadas de Engenharia Elétrica (Ceee) dos Creas que apresentem suas sugestões de alteração para esta proposição. Eleições 2002- Preocupado com a operação e manutenção das quase 300 mil urnas eletrônicas que serão instaladas em todo o país em virtude das eleições, em todos os níveis, que acontecerão em outubro de 2002, o engenheiro eletricista e coordenador da Ceee do Crea-DF, Vitor Couto Cavalcanti, solicitou à Coordenadoria nacional que se posicione sobre este assunto devido a sua importância para a sociedade já que a responsabilidade técnica garantirá a transparência e segurança deste processo. Esta discussão foi remetida para a próxima reunião que acontecerá em 25, 26 e 27 de julho próximo.A Cnceee vai recomendar às Câmaras Especializadas de Engenheira Elétrica dos Creas que entrem em contato com seus respectivos Tribunais Regionais Eleitorais para que estes definam os responsáveis técnicos pela instalação, operação e manutenção das urnas. Com isso será garantida a execução da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e a transparência deste pleito, segundo Vitor Couto.Para o coordenador da Cnceee, Carlos Bakker, o atual sistema de eleição por urnas eletrônicas é bastante confiável e como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem a obrigatoriedade de ter responsáveis técnicos por este sistema, não é necessário que o Confea/Creas crie novas normas neste sentido. Socorro Aquino - jornalista convidada