Presidentes de Creas aprovam implantação do Perfil Profissiográfico Profissional

Cuiabá (MT), terça-feira, 24 de junho de 2003. Pesquisa realizada pelo Crea-MT com nove presidentes de Creas mostra o apoio integral à implantação, pelo Ministério da Previdência Social, do Perfil Profissiográfico Profissional (PPP). O sistema, que deveria entrar em vigor em 01 de julho, somente será cobrado a partir de 01 de novembro. O objetivo é sistematizar a cobrança de normas de segurança e meio ambiente no trabalho e, fundamentalmente, acabar com a chamada "indústria do laudo". Como conseqüência, a Previdência Social pretende reduzir o volume de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais e, logicamente, ter menos gastos neste setor.Palestra proferida durante o 3º Colégio de Presidentes, em Cuiabá, mostrou o quanto a Previdência Social aposta no novo modelo para acabar com fraudes e, ao mesmo tempo, obrigar empresários a regularizar o atendimento às normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho. Segundo o presidente do Confea, Wilson Lang, o PPP tem o diferencial de estabelecer um compromisso formal entre empresa e governo federal, fortalecendo o poder público na sua função fiscalizadora. Quem ganha é a sociedade.Na pesquisa com os presidentes dos Creas, o benefício do PPP mais destacado foi o fortalecimento da eficácia na fiscalização no ambiente de trabalho, bem como a restrição às dificuldades para que empresas burlem a legislação. Para o presidente do Crea-AM, Afonso Luiz Costa Lins Júnior, o PPP vai contribuir principalmente com os trabalhadores, que vão contar com um perfil individualizado para garantir seus direitos no ambiente de trabalho. O presidente do Crea-SC, Rogério Novaes, ressaltou que o PPP representa o "direito à cidadania pelo trabalhador".Foram pesquisadas as opiniões dos presidentes dos Creas do Amazonas, Santa Catarina, Maranhão, Rondônia, Ceará, Roraima, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso. Todos defenderam o PPP. Graciele Leite e Caroline Rodrigues