Fundação: 1974
Localização: Foz do Iguaçu (PR)
Indicação: Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR)
A Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional – considerada um ícone das engenharias – é resultado da cooperação entre brasileiros e paraguaios que, juntos, venceram o desafio de converter em energia elétrica as águas do Rio Paraná, um dos mais caudalosos do mundo, fazendo da usina hidrelétrica um bem-sucedido símbolo da integração e amizade entre os dois países.
A construção da usina é resultado de intensas negociações entre Brasil e Paraguai, iniciadas ainda na década de 60. Em 26 de abril de 1973 foi assinado o Tratado de Itaipu, instrumento legal para o aproveitamento do potencial hidráulico do Rio Paraná. Em maio de 1974 foi criada a empresa Itaipu Binacional, para construir e gerenciar a usina. Nesse mesmo ano, as primeiras máquinas chegaram ao canteiro de obras. Dez anos depois a hidrelétrica começaria a gerar energia.
Os números associados à Itaipu são sempre grandiosos. No auge da construção havia mais de 40 mil operários no canteiro. Outros números também impressionam: o concreto utilizado poderia construir 210 estádios como o Maracanã e o aço seria suficiente para erguer 380 torres Eiffel. Com 14 mil m egawatts de potência instalada, a usina detém o recorde mundial de produção de energia anual, com 103.098.366 megawatts/hora (103,1 milhões de MWh) gerados em 2016. Itaipu é também a hidrelétrica que mais gerou energia na história, com 2,6 bilhões de MWh produzidos desde 1984. A usina, que é líder mundial na produção de energia limpa e renovável, atualmente é responsável por cerca de 15% do abastecimento de eletricidade do Brasil e por 86% do fornecimento ao Paraguai.
Atualmente, a abrangência de Itaipu Binacional transpassa a produção energética de qualidade, pois se tornou uma das principais molas propulsoras do desenvolvimento econômico e social da região de fronteira entre esses dois países. Desde o início de sua operação, a Itaipu Binacional já pagou em royalties mais de US$ 11 bilhões para o Brasil e o Paraguai (metade para cada país). O valor é calculado de acordo com a energia gerada ao longo de cada ano.
A partir de 2003, a missão da empresa passou a incorporar a responsabilidade social e ambiental, o que se traduz em inúmeros programas voltados ao meio ambiente e às comunidades localizadas no entorno da usina. Itaipu também é signatária de diversos compromissos nacionais e internacionais, como os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), Carta da Terra e Princípios do Empoderamento das Mulheres, entre outros.
Esses compromissos são expressos em ações que fazem da hidrelétrica – vencedora do prêmio Water for Life, da ONU Água, em 2015 – um modelo para novos projetos do setor elétrico e que comprovam que a hidroeletricidade pode caminhar no mesmo passo da inclusão social e da preservação da natureza.
A adoção de uma política de gênero figura entre as prioridades para a empresa, tanto que é referência para o governo brasileiro e o setor elétrico. Itaipu aderiu e promove a campanha HeForShe, da ONU Mulheres, no Brasil, e no Paraguai. O movimento busca o envolvimento de homens e meninos na remoção das barreiras sociais e culturais que impedem as mulheres de atingir seu potencial, bem como ajudar homens e mulheres a modelarem juntos uma nova sociedade. A empresa ainda foi reconhecida com dois prêmios internacionais: Women´s Empowerment Principles WEPs – (2013) e Oslo Bussiness for Peace Award (2013) e com todos os cinco Selos Pró-Equidade de Gênero e Raça, promovidos pelo governo brasileiro, entre 2005 e 2015.
No turismo, Itaipu vem liderando uma série de iniciativas para promover o Destino Iguaçu, como a campanha que ajudou a eleger as Cataratas do Iguaçu uma das Novas Sete Maravilhas da Natureza, além de colaborar em diversos projetos que contribuem para divulgar e melhorar a infraestrutura turística da região. Em 2016, o Complexo Turístico Itaipu foi o vencedor na categoria Pesquisa, Tecnologia e Inovação do Prêmio de Excelência e Inovação do Turismo, concedido pela Organização Mundial do Turismo.
Para auxiliar na execução desses projetos e para servir como um centro educacional e de produção de novas tecnologias, foi criado o Parque Tecnológico Itaipu, que hoje abriga o campus de ciências exatas da Unioeste, o campus provisório da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, além de laboratórios e centros de referência na pesquisa de energias renováveis, segurança de barragens e muitos outros.
E assim Itaipu, uma das sete maravilhas do mundo moderno, de acordo com a Associação Norte-Americana de Engenheiros Civis (Asce) para a revista "Popular Mechanics", dos Estados Unidos, caminha para se consolidar como a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional.
Por sua significativa contribuição para o desenvolvimento não só do Paraná, mas do Brasil como um todo e até do Paraguai, a Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional recebe a mais alta honraria do Sistema Confea/Crea e Mútua.