Carreira pública de profissionais da área tecnológica na pauta do presidente do Crea-PB

Brasília, 05 de fevereiro de 2018.

"Engenheiro civil Antônio de Aragão"

Eleito para assumir o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Paraíba (Crea-PB), o engenheiro civil Antônio Carlos de Aragão tem na bagagem intensa vivência no Sistema Confea/Crea e Mútua, tendo ocupado inúmeros cargos em entidades representativas da Engenharia. Conhecedor do contexto em que irá atuar até 2020, Aragão afirma ser “fundamental fortalecer os fóruns regionais, de modo que estes possam levar as suas demandas ao Confea”. Acredita ainda que essa integração do Sistema demanda “um olhar diferenciado para os Creas ‘menores’”.

Com base nos caminhos percorridos pelo Sistema, Aragão investe na proposta de “intensificar a cobrança dos governantes para a realização de concursos públicos nas áreas tecnológicas, com cumprimento do Salário Mínimo Profissional”. Também promete “articular com instituições públicas, privadas e do terceiro setor para o desenvolvimento de projetos que contribuam com a ampliação do mercado de trabalho”. Outra grande bandeira de sua administração é a educação continuada, com intensificação da agenda de cursos e atividades técnicas com apoio de entidades.

De sua experiência empresarial, o novo presidente leva para a realidade do Crea uma linha de trabalho focada na modernização. Na lista de iniciativas, ganha destaque o projeto de fiscalização cidadã, por meio de aplicativo que permita enviar denúncias acerca de obras irregulares e exercício ilegal da profissão. 

Aragão foi superintendente e vice-presidente do Crea-PB, diretor do Clube de Engenharia da Paraíba, presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Civis/PB (Abenc/PB) e Diretor da Associação Brasileira de Engenheiros Civis (Abenc). Coordenou a Comissão de Ética e de Renovação do Terço do Crea-PB, assumiu a Coordenadoria Nacional das Câmaras Especializadas de Engenharia Civil do Sistema Confea/Crea e foi diretor regional da Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea-PB (Mútua). Conheça mais o novo presidente do Crea-PB lendo a íntegra da entrevista a seguir:

 

"Aragão assume o Crea-PB que hoje abrange 11.809 registrados"

Site do Confea: Neste triênio à frente do Crea, quais os principais desafios já mapeados que demandam esforço e atuação? Eles constam da agenda de prioridades, como serão tratados e quais resultados positivos irão gerar?

Antônio Carlos de Aragão: Nós tivemos, nos últimos seis anos, avanços importantes no Crea-PB, que devem ser não só mantidos, mas ampliados. A nossa agenda de prioridades foi colocada à disposição dos profissionais paraibanos desde o primeiro momento do processo eleitoral. Meu compromisso é cumprir com cada uma das propostas que apresentei. No âmbito da valorização profissional, nossas prioridades são: intensificar a cobrança dos governantes para a realização de concursos públicos nas áreas tecnológicas, com cumprimento do Salário Mínimo Profissional; articular com instituições públicas, privadas e do terceiro setor para o desenvolvimento de projetos que contribuam com a ampliação do mercado de trabalho; intensificar junto às entidades a defesa do  piso salarial e atualização dos PCCRs na administração pública, além da criação de um projeto de fiscalização cidadã, por meio de aplicativo que permita enviar denúncias acerca de obras irregulares e exercício ilegal da profissão. 

Em relação à modernização administrativa, já iniciamos uma série de ações, como instalar e fortalecer o colégio de inspetorias como fórum consultivo da gestão e otimizar os processos administrativos e do sistema corporativo. Construir as inspetorias de Itaporanga e Pombal, realizar concurso público para ampliação da fiscalização e atualizar o PCCR dos servidores do Crea também estão entre as nossas prioridades. 

Além disso, objetivamos fortalecer as parcerias existentes e criar novas, com os órgãos de controle, por exemplo, na promoção de eventos de capacitação; com conselhos da sociedade civil; ampliando, ainda, a celebração de convênios junto às prefeituras municipais, buscando mercado de trabalho para os profissionais e a segurança da população. 

Finalmente, investir na educação continuada dos profissionais é uma das nossas grandes bandeiras. Intensificaremos a agenda de cursos e realizaremos atividades técnicas por meio das entidades, fortalecendo as organizações das nossas profissões. Vamos buscar mais benefícios para os profissionais por meio de convênios com instituições de ensino e empresas para obtenção de descontos na aquisição de bens e serviços; e também pela Mútua, ampliando a interiorização da Caixa de Assistência (a Paraíba é o único estado que tem um escritório da Mútua fora da capital) e inovando nos procedimentos que permitam os acessos dos profissionais aos benefícios ofertados pela Caixa.

 

Site do Confea: O senhor acredita que o Sistema Confea/Crea e Mútua demanda uma readequação de seus procedimentos? Por quê? Se sim, qual tipo de reestruturação é necessária e como a gestão do senhor irá atuar neste sentido?

Antônio Carlos de Aragão: Uma ação basilar é a revisão dos normativos do Confea de modo a eliminar aqueles que não têm mais eficácia e, se for o caso, substituí-los por outros que se adequem à realidade atual, do Brasil, da Engenharia e do Sistema Confea/Crea e Mútua. O mesmo deve ser feito no âmbito do Crea. 

 

Site do Confea: Acredita que a integração dos Creas dentro da região geográfica e de forma nacional é importante? Se sim, quais caminhos possíveis, dos pontos de vista institucional e político? Quais vantagens esse movimento pode gerar para o Sistema e para os profissionais do setor?

Antônio Carlos de Aragão: A realidade dos Creas é completamente diferente. Temos discrepâncias relevantes entre os Regionais de cada região, e as mesmas devem ser levadas em conta. Não se pode tratar de maneira igual contextos tão distintos. Naturalmente, não há que se estabelecer privilégios, nem mesmo ir de encontro a nenhum normativo de abrangência nacional. No entanto, é preciso sim ter um olhar diferenciado para os Creas “menores”. Neste sentido, é fundamental fortalecer os fóruns regionais, de modo que estes possam levar as suas demandas ao Confea, cujo papel deve ser permitir que todos os Creas atuem em igualdade de condições, para que possam garantir, de maneira cada vez mais eficaz e transparente, a valorização profissional, a segurança e qualidade de vida da população. 

 

Site do Confea: Muito se fala na responsabilidade e habilidades dos profissionais registrados no Sistema Confea/Crea como contribuições diretas para o desenvolvimento do Brasil e para a implantação de políticas públicas que levem à retomada do crescimento nacional. Qual a opinião do senhor sobre essa viabilidade?  

Antônio Carlos de Aragão: A engenharia está presente em tudo o que nos cerca e não há controvérsia sobre a importância de uma agenda consistente, que contribua para o desenvolvimento econômico e social do País a partir do conhecimento tecnológico, tendo como referência a Engenharia e a inovação a serviço da competitividade, da responsabilidade social e da sustentabilidade ambiental. 

 

Leia mais:

Confea entrevista presidentes de Creas que assumem mandato 2018-2020


Julianna Curado
Equipe de Comunicação do Confea